Capítulo 37

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LIZA

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LIZA

Nosso felizes para sempre

Abri os olhos lentamente, com a visão ainda turva. Pisquei algumas vezes, tentando me situar. Aos poucos, os sons ao meu redor começaram a se tornar nítidos: o zumbido de máquinas, passos distantes, vozes abafadas...

Havia um monitor ao meu lado piscando ritmicamente com um barulho irritante. Meu olhar pairou entre ele e a figura de uma pessoa sentada a alguns passos da cama de hospital onde eu estava.

Nicholas.

Ele levantou-se assim que me viu acordada.

— Meu amor — beijou minha mão repetidas vezes. — Meu amor...

— O que aconteceu? — Minha voz saiu rouca.

— Nosso banho no mar, eu não devia ter sugerido...

Meneei a cabeça lentamente. Seus olhos tinham uma ponta de arrependimento. Eu não queria que ele se sentisse assim.

— Nick, não foi isso.

— Claro que foi, Liza. Você estava bem e...

— Não foi. Para com isso — soltei sua mão. Então um nó começou a se formar em minha garganta. Sentei-me na cama e ajeitei as cobertas sobre minhas pernas, na tentativa de ganhar tempo naquele diálogo.

Meu marido ficou me olhando sem entender.

Era claro. Ele não sabia do que eu sabia. Nem tinha noção do medo que me atormentava. Cobri o rosto por alguns segundos, tentando me recompor.

— Está me escondendo alguma coisa, Liza?

Ouvimos as batidas na porta do quarto. Uma médica entrou sorridente, em meio a nossa tensão. Carregava uma prancheta e uma caneta em mãos. Eu tinha medo exatamente do que estava ali.

— Boa noite, desculpem a demora.

Nicholas balbuciou, ainda com os olhos fixos em mim:

— Boa noite.

— Então, — a mulher abriu mais um peculiar sorriso. — senhora Elizabeth e senhor Nicholas? — quis confirmar nossos nomes. — Não há nada de preocupante com você — olhou-me. — Mas nossos exames constataram uma situação.

Vi meu esposo atentar-se à fala da médica.

— Parabéns, vocês vão ter um bebê.

O bug do rosto de Nicholas teria sido engraçado se eu já não soubesse da notícia antecipadamente. Não consegui fingir surpresa e nem faria, pois nada me tirava da cabeça que aquilo poderia acabar brevemente como da última vez.

Eu tinha medo de perder outra criança. Tinha medo de não conseguir segurar meu próprio bebê no ventre. Tinha medo de ser fraca demais para mantê-lo.

Até que te encontreiOnde as histórias ganham vida. Descobre agora