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Turin, Itália, Abril de 2017.

Giulia deu graças a Deus por ter um chuveiro sobrando na academia, o treino havia sido o mais forte desde então

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Giulia deu graças a Deus por ter um chuveiro sobrando na academia, o treino havia sido o mais forte desde então. Seu professor, um sueco que parecia ter vindo da série Vikings, era uma pessoa muito gentil, porém bem dedicada, fazendo todos os ossos dos seus alunos gritarem por misericórdia. Mas a brasileira botaria a mão no fogo por ele, estava apaixonada pela forma da aula que Stellan dava. 

Depois da ducha, ficou desesperada ao ver que só tinha uma blusa esportiva e uma regata branca dentro da mochila. Levando as mãos á cabeça, rezou para que Mario não a levasse em um local sofisticado e colocou a roupa, passando um batom só para disfarçar o rosto cansado.

Se arrumando para me lascar todinha, que dia. — Pensou, enquanto sorria para o professor, que havia oferecido uma carona para casa segundos atrás.

— Estou com carona hoje, obrigada!

Pensou em pegar o telefone, assim que saiu da academia mas, ao ver o carro já familiar em frente ao estabelecimento, guardou o mesmo na mochila, se aproximando do carro para ver o maior dos seus problemas.

E que problemas.

Mario estava impecável do seu jeito, deixando Giulia, como sempre, sem palavras. Olhou-o atentamente e sorriu fraco, enquanto entrava no carro e colocava a mochila na parte de trás do carro. 

— Quanto tempo. — Mario a cobriu com os olhos, também impressionado em como a brasileira podia ser tão bonita. 

— Você não mudou nada, hein. — Giulia retrucou, enquanto se arrumava com o cinto de segurança.

— Só cresceu ainda mais o meu nariz. —  Riu, enquanto dava partida no carro. 

— É, eu acho que sim. — Respondeu querendo rir.

—  Você também não mudou. Claro, o cabelo está menor e... bom, está linda de qualquer forma.

—  Por que quer conversar comigo? Agora, depois de tanto tempo?

— Podemos discutir isso enquanto comemos uma boa pizza, não acha?

—  Pega leve, Mario. Estou com roupa de academia. Não me leve em locais muito sofisticado, pelo amor de Deus!

—  Mas por quê? Está linda assim! Roupas esportivas sempre são sexys e...

Giulia deu um tapa no braço de Mario, fazendo-o rir. 

—  Olha, olha hein. Posso me jogar do carro!

— Faça o que você quiser, não vou parar de dirigir. —  Piscou, agora virando a esquerda da avenida. 

— Já estou com o dedo na trava. 

— A escolha é sua, Lanzianni. Pelo menos a culpa não será minha dessa vez.

— Seu idiota. 

— Por que está no carro com esse idiota, então?

— Talvez eu seja tão idiota quanto ele.

— Preciso discordar disso. Acho que temos muito o que conversar.

— É, dois idiotas tentando conversar. Mal posso esperar no que isso vai dar.

Logo os dois deram início ao silêncio. Silêncio apenas de palavras, pois tanto Giulia quanto Mario esbanjavam saudades em seus olhares, que sempre se encontravam quando observavam um ao outro. Durante esses olhares, Giulia queria realmente sair dali, pois sabia que não era uma boa ideia reviver aquilo de novo.

Mas uma parte também gritava por aquilo, por querer saber o porquê. E já sabemos quem tinha vencido.

Mario parou em frente ao local, pedindo para o manobrista cuidar do seu veículo. Giulia pegou apenas o celular e a carteira e enfiou no bolso, enquanto fechava a blusa um pouco mais, o vento era constante naquela hora da noite. O manobrista abriu a porta para ela, que agradeceu, enquanto Mario cumprimentava o funcionário. Ela amava o jeito humilde do croata, não hesitava em observar seu jeito descontraído de ser.

Esperou Mario e entraram juntos na pizzaria, que estava ligeiramente cheia. Giulia observou as pessoas que estavam comendo e respirou aliviada, pois nada era tão sofisticado. Tinha crianças correndo no pequeno playground e pessoas conversando, enquanto uma banda tocava algumas músicas da região.

— Eu gosto muito daqui. — Mario cochichou, enquanto iam até a mesa reservada, no andar de cima do estabelecimento. — Para mim, é um dos melhores locais para se comer uma boa e velha pizza, acompanhada de um vinho tinto.

— Parece ser muito bom. — Disse enquanto se sentava na cadeira puxada pelo atacante. — Obrigada.

Enfim, estavam os dois sentados na mesa, finalmente. Mario retirou os óculos escuros e os posicionou ao lado do celular, pegando em seguida o cardápio. Giulia fez o mesmo, vendo a variedade de sabores que poderia escolher, sabores que ela nem tinha ouvido falar.

— Acho que a boa e velha marguerita sempre salva a gente.

— Tem toda razão. Ela é maravilhosa. Eu gosto da de pepperoni também. 

— Aqui vende massas também, não é? 

— Sim, sim. As massas são maravilhosas. Não está a fim da pizza?

— Como pizza quase todo dia, preciso aprimorar meu paladar, sabe. — Sorriu amarelo, enquanto olhava para o local que indicavam as pastas.

— Acho que vou na sua também. Um spaghetti parece ser ótimo, agora.

— Eu vou de fugilli. Esse queijo derretendo parece ser dos deuses.

— Bom, acho que de bebida a gente pode pedir...

Mario parou de falar e olhou para algo atrás de Giulia. A brasileira se virou para ver o que era e quando viu, sentiu seus batimentos cardíacos pararem de uma só vez.

Você não me parece tão cansada assim, querida.

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Capítulo pequeno significa atualização rápida! 

E como diz o capitão nascimento: Eu falei que isso ia dar merda.

XOXO

Odredište • Mario MandžukićOnde histórias criam vida. Descubra agora