capítulo vinte e um

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Or Nah.

—Sim, Pérola. -eu sussurro devolta e toco a sua cintura.

—Onde você esteve nesses sete dias? -as suas palavras são ditas pausadamente no meu ouvido, fazendo com que uma onda de arrepios se espalhem por todo o meu corpo.

—Você sabe, reunião em Miami. -eu limpo a garganta para disfarçar o engrossar da minha voz.

—Resposta errada.

Então os seus dentes se conectam com força no lóbulo da minha orelha. Deveria doer, mas só faz com que o tesão que eu estava sentindo aumente significativamente.

—Droga, Pérola. -ela solta o lóbulo da minha orelha e me encara. A sua pupila está dilatada, como um reflexo da minha. Os seus olhos castanhos estão escuros, quase negros. Os seus lábios incrivelmente cheios e avermelhados são um convite tentador para que eu mate a saudade de sete dias.

—Você sabe que mente. -ela desvia os olhos dos meus e leva o rosto para a curvatura do meu pescoço.

—Não. -ela morde levemente a área sensível.

—Não? -a sua língua suave sai e escova o meu pescoço onde ela mordeu. Meus olhos caem fechados com o prazer que se alastra cada vez mais.

—Sim. -eu suspiro e arregalo os olhos. —Não! Não. Isso. Não. -eu respiro fundo e tento, mais uma vez, me afastar do seu corpo curvilíneo.

—Contradições, baby?

—Você está me confundindo. -eu mordo o lábio e passo a língua entre o mesmo.

Os seus olhos seguem o movimento da minha língua, então ela pressiona os seus lábios suavemente contra os meus. Eu aperto a sua cintura com força e a puxo mais perto para aprofundar o beijo, mas os seus lábios se desligam dos meus.

—Contente-se. Saiba que isso vai ser tudo o que você vai ter até que me conte a verdade. Eu disse que só perguntaria uma vez.

Eu fico estático vendo o seu corpo se afastar. As minhas mãos caem da sua cintura e eu observo ela caminha em direção ao corredor.

Ela para na porta.

—Ah, e vê se limpa o leite que você derramou. -então ela desaparece. 

Suspiro frustrado e pego o pano de chão.

Porra.

*

—Droga, Pérola. -eu sussurro enquanto fecho a porta da varanda e subo as escadas.

Ela decidiu sumir. Passo pelo nosso quarto mais uma vez e olho no banheiro para ver se ela já apareceu por ali. O meu coração acelera, quando mais uma vez, constato que ela realmente não está no nosso quarto.

Uma olhada rápida no closet é o suficiente para eu saber que ela não pegou nenhuma das suas roupas. Uma pontada de alívio me toma. Eu pego o meu celular no criado-mudo e disco o seu número. Toca três vezes até que eu ouça o som abafado de música vindo do corredor. Encosto a porta do quarto e sigo o som. Quando eu passo por um dos quartos de hóspedes o som fica mais audível, assim como outro. O seu choro.

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