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Cristina, como uma boa amiga/irmã resolve levar Callie, para um passeio ao shopping. Callie não parecia muito animada, a mesma preferia ficar em casa e apreciar um bom vinho. Era o que sempre fazia quando era o dia de Arizona ficar com as crianças.

- Credo, Callie, tudo isso é falta de sexo? -perguntou a coreana empurrando a latina com os ombros

Callie riu fraco ajeitando o gorro na cabeça. Antes de sairem de casa Yang deu uma de cabeleireira, porém o tiro saiu pela culatra.

- Eu só queria está em meu confortável sofá, bebendo um bom vinho, assistindo um bom filme - argumentou se sentando em uma das mesas do pátio de alimentação do shopping

- Filme pornô, né?! - disse a coreana dando uma gargalhada alta, e Callie a acompanhou atitude que chamou algumas atenções.

O local estava lotado de pessoas, pais com os filhos, jovens, e idosos. Ambas tamparam a boca com as mãos reprimindo o riso. Fizeram os seus pedidos, hambúrguer, batata frita e milkshake de morango e ovomaltine.

- Como anda a vida de solteira? -Yang estalou os dedos da mão levantando uma sobrancelha

- Estranho...eu estou solteira, mais não me sinto como uma -gesticulou tentando se explicar.

- Isso é normal, eu acho -Cristina torceu os lábios em dúvida -Vocês ficaram por sete anos juntas, compreensível

- E você, não pensa em namorar de novo? -perguntou Callie

Cristina ajeitou os cachos que caiam para frente.

- Não, eu curto fazer sexo diferente, com pessoas diferente,posições e horas diferentes -a coreana sorriu

O jovem garçom que aparentava ter os seus dezessete anos, coçou a garganta envergonhado. Sua pele pálida ficou vermelha destacando as suas espinhas fácil. O mesmo pediu licença deixando os pedidos na mesa, e se retirou rapidamente.

As morenas riram com o nervosismo do jovem. Depois de comerem e pagar a conta voltaram a caminhar, assistiram um filme de terror, a pedido de Cristina -óbvio-, e passaram em um salão de cabeleireiro para consertarem o pequeno erro de Cristina Yang.

Callie não podia negar que aceitar (mesmo sendo obrigado a aceitar) a sair com sua amiga a fez bem, a fez sentir viva novamente. Pode se distrair, e dedicar um pouco o tempo a si mesma, e não apenas ao trabalho, casa e filhos. Não que ela não gostasse de fazer essas coisas, mas tem horas que precisamos dedicar um tempo a nós mesmo.

Por volta das oito de vinte passaram em um restaurante antigo da cidade. Precisavam jantar, e o que elas mais sabiam fazer de melhor era comer.

- Sejam bem-vindas senhoras -uma garota de cabelos vermelhos ondulados disse as levando até a mesa - Aqui está o menu, quando estiverem prontas para pedirem é só me chamarem

Antes de sair a garota se virou para Callie e disse:- Isso pode soar estranho, mais eu amei o seu sorriso

Cristina prendeu o riso, e Callie apenas agradeceu, se perguntando se a garota estava flertando com ela.

- É Calliope Iphegenia está de volta a pista -provocou a CEO

- Ela só estava sendo simpática -revirou os olhos -eu acho -sussurrou

O pedido não demorou a ser feito, e muito menos a ser entregue. Ambas desfrutavam de suas refeições entre risadas e lembraças da época em que se conheceram. Callie disfarçava toda vez que a jovem garçonete lhe sorria de longe.

Cristina viu um de seus antigos funcionários adentrarem pelo restaurante acompanhando de uma bela morena magra alta, seus cabelos eram castanho claro na altura dos ombros, com alguns cachos solto. O homem que era seu funcionário a anos acenou para a coreana sorrindo, e a mesma sorriu de volta. O homem e a acompanhante foram levados à uma mesa do lado de fora.

- Obrigado, Cristina. Eu realmente me diverti muito hoje -disse a latina sincera tirando o cinto de segurança

- Isso está parecendo final de um encontro gay -disse divertida -e então decidiu o que vai fazer com o número da garçonete ?

Callie sorriu ao se lembrar da garota correndo até elas no estacionamento, apenas para lhe dar o seu número, e ressaltar que Callie tinha mesmo um sorriso muito lindo

- Eu não vou ligar pra ela -a morena disse o óbvio -a garota é muito nova, deve está na escola ainda

- Vale lembrar que a sua ex-esposa era uma baby de sorriso de covinhas

- ldiota -empurrou a coreana pelos ombros. Assim que se despediram, Callie entrou na casa silêncio e vazia. Tomou um banho e vestiu um moletom quentinho e confortável, não demorou a pegar no sono depois de mandar uma mensagem para Arizona perguntando se as crianças estavam bem.

....

- MOM!! - gritou Eloise descendo do carro de Arizona. A garotinha correu até a latina que se ajoelhou para receber a menina

- Meus deus eu estava morrendo de saudades -disse Callie beijando o rostinho angelical da filha

Harry abraçou a morena forte, e beijou o seu rosto. Os olhos de Callie foram de encontro com a ex que vinha pelo caminho de pedras com o caçula dormindo nos braços.

Arizona não pode deixar de reparar nos fios escuros, que antes eram cumpridos, cortado acima dos ombros. Logo analisou o corpo, que era capaz de deixar qualquer um no chinelo, bem marcado por um short jeans curtinho claro, e uma camiseta de mangas compridas caídas no ombro, deixando o mesmo exposto

- Arizona?! -chamou Callie pela terceira vez

- Oi?! -a loira sorriu sem graça por ter sido pega secando o corpo da ex. -Eu vou indo, tenho que trabalhar hoje

- Certo! - Callie tentou pegar o caçula no colo com cuidado. O menino se remexeu no colo da loira se agarrando ainda mais ao seu pescoço choramingando baixinho - venga con la mom querido

Theo final se soltou de Arizona, e se agarrou a Callie voltando a dormir nos braços da latina

- Ele esta com um pouco de febre, o remédio e os horários estão na bolsa dele

Callie assentiu segurando a bolsa. Harry e Eloise se despediram da mama e entraram correndo para dentro da casa.

- As crianças disseram que ainda querem acampar. Eu estou disposta a ir e você? -Arizona colocou a mão no bolso da calça jeans

- Por mim tudo bem. E vai ser bom para eles -sorriu Callie

- Ótimo -a outra sorriu de covinhas soltando fogos de artifícios por dentro - Vamos nos falando então. Tchau

Sem pensar Arizona se inclinou deixando um beijo na bochecha da morena. Cada uma foi para o seu lado, sem dizer mais nenhuma palavra. Arizona estava otimista em começar o seu plano de reconquistar a mãe de seus filhos, e ela não estava sozinha nessa, digamos que três fofuras estavam disposto a ajudar a sua mama na missão "reconquistando a latina".

THE GIRL NEXT DOOR 2 Where stories live. Discover now