Capítulo 32...

Começar do início
                                    

A pessoa marcou um dia, um horário e um local para a entrega do dinheiro. O pedido foi astronômico, mas para tê-la de volta, eu daria até minha vida... e sei que Vítor também faria o mesmo.

O maior problema é terem marcado para daqui a três dias. Como eu ficaria mais três longos dias sem ela? É óbvio que não ficaria e não ficarei.

Monitoramos a ligação e identificamos de onde foi feita. PUTA MERDA! O local da ligação e do “mini terço” coincidiam. Eles realmente estão com ela! Lógico que a PORRA da pessoa que estava com ela sabia que tínhamos outra pista (pois está mais perto que imaginávamos - ninguém vai tirar isso da minha cabeça).

Minha linda já tinha sido removida do local anterior. Esse “ser” deve estar enlouquecido por não saber como encontramos os lugares... ou pode ter pensado que simulamos, que mentimos, antes de acharmos “Liz”, dizendo que tinha mais de um localizador.

Sei que são muitas especulações, mas a “pessoa” pode pensar que aquela outra joia era um outro item “perdido”, mas de qualquer forma resolveu mudar o cativeiro (ninguém sabia exatamente onde a outra equipe ia chegar). Outra possibilidade é que esse bandido não estava nas rotas externas, tinha ficado em um dos dois QGs... estava alheio aos nossos destinos. MERDA! Não sei e não quero saber de porra nenhuma agora. Meu foco está nela, em achá-la.

Comecei a andar “desgramentalhando” meu cabelo, tentando colocar meu lado racional em ação, mas estava difícil, muito difícil, quase impossível. Sim! Eu estou muito dramático e foda-se se alguém acha isso boiolice.

Suspirei frustrado e cansado. Sei que seria muito difícil pregar o olho com a minha linda em perigo... e o pior, agora com um bebê. Na realidade nada foi dito sobre o bebê. Onde será que está o Gabriel? PORRA! Será que essa merda não acaba nunca?

De qualquer fora fui tomar um banho e tentar descansar com os pelancudos (dividi com o Vítor novamente e invertemos os cachorros).

Por falar em Vítor, ele ainda vai se abrir para mim. Tenho certeza que a Clarissa já o laçou. Ele é tão transparente quanto a irmã de coração, ele não me engana.

***

Tudo aconteceu muito rápido.

A monitoração foi feita desde o momento do telefonema até a hora marcada para o resgate, de nós a resgatarmos. É hoje... estamos tensos, mas tenho fé que falta muito pouco para ter minha vida restabelecida, ao lado do meu amor.

Fiquei impressionado com a estrutura que a polícia e minha equipe prepararam em tempo recorde. Eles deram todo o suporte que a polícia precisou. Tinha helicóptero, ambulância, um sem número de policiais, atiradores de elite devidamente posicionados... CARALHO! Espero que esses últimos não precisem ser acionados.

Eu estava em uma das bases montadas mais ao longe, mas não tão longe. Tinha uma boa visibilidade, mas mesmo que corresse, demoraria um pouco para chegar. Estava fora do perímetro de isolamento.

A pequena casa no meio do nada estava cercada. Eu nem sei ao certo como tudo começou, só sei que depois de a casa estar toda cercada, foi feita a invasão, que foi iniciada com barulhos ensurdecedores (acho que de bombas).

Um carro saiu em disparada pela garagem, arrancando o portão, e foi iniciada uma perseguição cinematográfica. Eu reconheço... a PORRA daquele veículo! Também não é muito difícil, pois é meio raro de se ver. Não acredito que é ele! Merda! Como eu pude ser tão burro? Ele que não caia em minhas próprias mãos ou eu não me responsabilizo. A minha vontade agora é de socá-lo e esmurrá-lo até ele “bater”. Talvez eu estivesse enganado, mas não, verifiquei o monitor e vi que a placa confirmava minhas suspeitas. Dei um piti (muito gay eu sei) e saí desferindo soco e chutes no ar como se cada golpe o atingisse. Que desgraçado! Por que?

Transformados pelo amor (Livro 1: Tinha que ser Você) -  disponível até 30/09Onde as histórias ganham vida. Descobre agora