Capítulo 28 (Parte 1)...

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LIZ

"Você é quem decide o que vai ser eterno em você, no seu coração. Deus nos dá o dom de eternizar em nós o que vale a pena, e esquecer definitivamente aquilo que não vale..."

Padre Fábio de Melo

Acordei de mau humor, algo muito raro vindo de mim, mas hoje eu definitivamente não me sentia bem ao acordar.

Olhei meu céu estrelado e ao me mexer ouvi grunhidos desaprovadores vindos de ambos lados. É! Acho que “não está mole pra ninguém”, como diria minha amiga Gabi. Parece que o dia não começou bem para a Lolla e para o TUF também. O bom é que quase que instantaneamente eles voltaram a dormir, emitindo pequenos roncos, que soaram como uma mensagem subliminar de “não me incomode”. E eu respeitei a vontade deles, mesmo com vontade de usar meu lado FeLÍZia fosse grande.

Fechei os olhos por alguns instantes e rezei.

Pensei no Rafa... em nós... na gente com nossos filhos gordinhos e pelancudos.

Chorei baixinho de saudade. Chorei porque ele não deve ter gostado da carta que escrevi com tanto carinho, já que não falou nada sobre ela. Chorei porque hoje eu estou muito chata e eu não me gosto quando estou assim.

Claro! Lembrei! “Bendita TPM” + viagem do meu MEU = Liz em estado lastimável.

Queria ligar para ele agora, mas ainda está muito cedo. Eu preciso ouvir a voz dele. Eu preciso dele.

Uma angústia toma conta de mim. É aquele pressentimento horroroso de novo. Comecei a inspirar e expirar com força, a fim de tentar me controlar.

Saltei da cama, fiz minha higiene matinal e troquei de roupa em uma rapidez impressionante. Queria correr rapidamente para a cozinha para ganhar colo do Dito e da Bá.

Meu amigo-irmão, minha Binha e Leiloca estavam assentados e conversavam animadamente quando entrei parecendo um tufão. Não precisei dizer nada para ganhar um abraço coletivo dos três. Até a Leila percebeu meu estado e participou pela primeira vez do “nosso momento”.

Um pouco mais calma e recomposta, depois de literalmente me jogar nos braços da minha família, chorar como uma menininha indefesa e tomar um café da manhã reforçado, partimos para um treino ao ar livre com a Gabi.

Fazia um belo dia de sol e me senti levemente revigorada. TUF e Lolla sempre se tornavam a sensação nesses passeios e não perdemos a oportunidade de deixar tudo registrado. Depois vou mandar várias “fotinhas” para o meu amor! Ainnnn.... como ele faz falta!

O esquema de segurança está “pesado”, mas tão pesado que ainda nem conheço toda a equipe. Eles são muitos e ficam espalhados, o que deve dar um certo “alívio” para o Rafa. Eu também nunca saio sem os meus “rastreadores”. Que seja assim, não me importo.

Foi um treino gostoso e revigorante. Intenso e exaustivo.

Enquanto todos ficaram na grama para observar o “ir e vir” das pessoas, fui a uma das barraquinhas comprar água de coco. D. Maria me recebeu com o sorriso de sempre e conversamos brevemente até que um dos seguranças se aproximou e pediu que o acompanhasse. Quando ele disse que tinha uma encomenda do Rafa, meu coração se encheu de alegria. Joguei o coco na lixeira e não hesitei em correr para saber qual a mais nova surpresa preparada por meu lindo. Pensei em avisar ao Dito e à Gabi, mas meu celular estava no bolso do dele e de onde estavam não me viam.

- Onde está o carro? – perguntei sem aguentar a curiosidade.

- Está logo ali. – respondeu e apontou para o carro do meu amor.

Transformados pelo amor (Livro 1: Tinha que ser Você) -  disponível até 30/09Onde as histórias ganham vida. Descobre agora