Episódio 11

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Enzo

Terminamos nosso amor gostoso enquanto a luz do luar iluminava parcialmente nosso quarto. Julian estava em cima de mim quando eu o senti derramar-se dentro de mim. Abracei suas costas largas e musculadas enquanto nossas respirações pesadas, ofegantes voltavam ao normal. Eu encarei-o, vi seus olhos brilharem.

Ficamos assim até nossas respirações ficarem calmas.

― Enzo... Eu te amo. ― me confessou enquanto segurava meu rosto e seu corpo forte prensava o meu em sua cama.

― Julian... eu não sei o que sinto..., porém, meu corpo também o ama. Minha mente ainda não amadureceu por completo, mas meu coração também o ama.

Ele me pegou no colo e me levou até a piscina salina, mergulhamos lá e ficamos trocando carícias em nossa forma tritão.

Deitei de barriga para baixo em cima dele, depois fiquei o beijando até mergulhar ao fundo, entrelaçar nossas caudas, beijarmos mais, por fim, enrolarmos em nossas próprias caudas e dormir.

Demorei algumas dormindo, até que abro os olhos, vejo Julian dormindo ao meu lado tranquilamente. Saio do lado dele nadando devagar até sair da piscina com todo o cuidado possível. Saio de lá, minha cauda volta a ser as pernas, me seco, visto minha cueca junto do roupão, o amarro, saio do quarto e vou até a cozinha. Aquela vontade louca de me entregar a Julian parecia ter acabado. Eu estava normal. Feliz, mas normal. Porém, nervoso. Eu era menor de idade. Não deveria ter insistido tanto. Ficar provocando meu alfa não deu muito certo.

Vai ser a primeira e última vez que me relacionei sexualmente ainda menor de idade. Isso é errado. Mesmo consentido dentre nosso povo. Então fico nervoso e preocupado. Ninguém poderia saber que eu me despertei e já dei logo meu rabo ômega para o alfa ainda "de menor".

Foi um erro. Foi um erro que eu e Alexei Jr vamos esconder e os nossos alfas vão ficarem calados.

Peguei uma chaleira, enchi de água, a pus no fogo e peguei algumas ervas ― erva-doce, hortelã e maracujá em pó― as coloquei dentro d'água, deixei fervendo, mas, minha cabeça foi logo nas cenas eróticas de algumas horas atrás.

"― Ahmmmmm, Julian..... Ahmmmmm... isso..... Ahhhhhh... me coma assim... isso! ― eu gemi igual uma puta no cio. Credo.

Delícia.... isso.... rebola mais vai.... rebola.... isso... ― a voz grave daquele homem ainda reverberava dentro de mim."

Nossa. Mas Julian soube me possuir na cama. Soube como me dar prazer. Foi carinhoso, macho, alfa selvagem e amável nas horas certas. Ele fez muito mais do que sexo. Ele nos conectou através do modo em que estocava, me beijava, me acariciava e as declarações amorosas que me fazia aos ouvidos. O modo como me pegava, apertava e aproveitava-se de mim era maravilhoso. De costas para a porta da cozinha, enfim, eu respirei fundo com um sentimento nostálgico. Aquilo realmente foi bom. Um sorriso involuntário formou-se no meu rosto.

― Relembrando de momentos bons? ― eu quase gritei ao tomar aquele susto de Alexei.

― Que susto, Alexei! Quase morri agora! ― me virei a ele e o vi com uma cara fechada já sentando-se num dos banquinhos próximos a bancada da cozinha.

― Não rolou.

― Não rolou o quê?

― De eu perder a virgindade hoje. Igor disse que só vamos transar quando eu tiver pronto. Que estamos indo rápidos demais depois do despertar. Porra! Eu estou desperto. O fogo no meu rabo só faz aumentar! ― ele ralhou baixando sua voz e aproximando de mim para que ninguém ouvisse o que ele ia falar. ― Eu não aguento mais, Enzo. Eu quero muito apagar este fogo. E você?

Karemi Yawopã (Série Hotel Cassindrina) (2ª Temporada)Where stories live. Discover now