Antonella Rizzi

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Por Antonella;

Já perdi as contas de quantas vezes rodei pelo jardim. Depois de todo tiroteio surpresa eu deveria estar no quarto, mas a situação não me permite sentir vontade de descansar.

Isso tudo é bastante irônico, pois há algumas horas eu provavelmente ainda estaria mantendo uma larga distância de tudo que envolvia Lucca, e agora a única coisa que me define é a total preocupação com ele.

Foi uma situação desesperadora, já que em nenhum momento, desde que o conheci, eu o imaginei sendo levado algemado para longe da minha vista. E tudo isso logo depois de toda roupa suja que lavamos. Aliás, eu me sinto péssima por muitas coisas que eu disse.

Rapidamente me desfaço dos pensamentos, agora já não é hora para arrependimentos. Sinto que ainda terei de suportar mais coisas, talvez boa parte sozinha. Eu não sei o que realmente está acontecendo, mas por ora decido me agarrar às suas últimas palavras — e sua expressão pouco preocupada com a prisão — para manter o controle.

— Ele fará alguma coisa. — a voz de Paola surge repentinamente no jardim. Seu rosto tranquilo preenche meu campo de visão, e rapidamente mudo meu foco para o ombro enfaixado.

— Acho que isso não é o suficiente, mas... Desculpe. — continuo parada, observando-a relaxar e sentar. — Suponho que isso meio que seja minha culpa.

Eu estive no escuro por muito tempo, não fazia ideia do rebuliço que a morte de Mateo causaria. E apesar de toda intriga que estamos vivendo eu jamais desejaria que a família dele, ou de qualquer um, passasse por todo esse drama.

— Não se preocupe com isso. — ela responde risonha, abanando o ar. — Eu ainda não sei o que realmente aconteceu para chegarmos a isso, mas tenho certeza que o Lucca vai dar um jeito em tudo. Ele sempre deu, mesmo sendo do jeito que é. — um riso contido preenche meu rosto e eu finalmente me permito sentar.

Um silêncio confortável — para mim — se instaura entre nós, mas Paola parece tentada em quebrá-lo. Ela cruza suas pernas e balança o pé suspenso rapidamente, da mesma forma como faz quando quer perguntar sobre algo que talvez não lhe diga respeito.

— Meu irmão realmente te ama. Sei que você deve estar irritada com o Lucca, mas acredite, ele não te usou. Ele realmente tinha os seus problemas, sabe? Mas não te usou. O Lucca sempre foi o irmão qual esteve ao meu lado, sei que com um tempo e o estresse que tomou conta dele, ele não foi mais o mesmo, mas o Lucca sempre estava là quando eu precisava dele. Seja nas lições de matemática ou me ensinando de bicicleta. Olha, è a primeira vez que o vejo tão feliz e empenhado por alguém. Você operou um milagre nessa família, com o Lucca e a relação explosiva dele com a mamma e comigo.

— Foi o meu trabalho Paola, è o meu trabalho. Ajudar pessoas a conhecer o seu próprio potencial e se libertar de algumas coisas.

— Encontrei o meu. Hoje sou uma mulher livre, decido a minha vida.

— Ficou feliz em ouvir essas palavras Paola. — falei. — Quando você chegou para mim, era uma menina assustada, hoje è uma mulher, e o mérito è todo seu. Você que lutou, assim como o Lucca.

— Obrigada. Para uma família de mafiosos, somos bem emocionais e problemáticos.

— Como todas as famílias possuem problemas.

— Ah, por favor, não conte ao Lucca que o elogiei sabe. — sorri. — Ele se acha demais, è um macho metrossexual dos irritantes e brigar faz parte da nossa relação.

— Eu fiquei impressionada como você acertou o drone. Hm, você pratica tiros, certo?

— Sim, è o meu esporte.

Divã (Concluída)Where stories live. Discover now