Capítulo dois

443 50 12
                                    

Olá anjinhos.

Boa leitura...

                                      🐰*💜*🐯

As mãos de Jungkook tremiam enquanto ele colocava a chave na ignição. Ele não sabia por que os motoqueiros o deixava tão desconfortável. A única conclusão que chegou, era que eles tinham incorporado todos os vícios que seu pai havia o advertido.

Os pais de Jungkook eram nascidos e criados em Busan. Seu pai Jeon Hyunsuk tinha sido o pregador local e seu outro pai Park Seungmon dedicado ao trabalho de seu esposo. As expectativas deles sobre si tinham sido altas, e a comunidade tinha mantido seus olhos sobre ele, contando ao seu pai cada infração que achavam ser contra os ensinamentos. Ele tinha respondido com horas de sermões e dias de olhares com censura, fazendo com que Jungkook se sentisse muitas vezes inadequado e mau. Experiências como as que garotos jovens apreciavam frequentemente, como danças e namoros, tornaram-se sentimentos associados com descontentamento para seu pai. Jungkook tinha duas escolhas, ser rebelde ou submeter-se as exigências da posição que o seu pai tinha na comunidade.

Ele não era um lutador, tinha cedido as exigências de seus pais por causa de seu irmão. Para mostrar um exemplo de caridade, seus pais haviam adotado um garotinho, Jimin. Ele era tudo o que Jungkook não era, meigo, fofo e radiante. Bonito, por dentro e por fora. Quando você olhava, você não podia tirar os olhos dele, e se fizesse, parecia que você perdia algo de vital importância.

Olhando para os seus quase dezenove anos de idade, você nunca saberia o inferno que seus pais o tinham feito passar. Jimin tinha sido pequeno para sua idade e sua mãe biológica havia burlado a lei por nunca o ter colocado na escola. Depois de adotá-lo, os pais de Jungkook tinham dito a todos que ele na verdade, era dois anos mais novo, assim não estaria tão atrasado na escola. Jungkook amava seu irmão e, quando seus pais morreram durante uma missão de caridade, ele voltou para casa pra cuidar do irmão até que ele terminasse o colégio.

Jimin era agora um sênior no ensino médio, com a formatura marcada para dali a alguns meses. Ele tinha se desenvolvido fisicamente, mas eles decidiram manter a sua idade real desconhecida. Tinha sido a decisão de seu pai; A escola sabia da verdade. Era a comunidade que estava mantida no escuro acreditando que ele tinha apenas dezessete anos. Não tinha sido difícil cuidar de Jimin, enquanto Jungkook se sentia sufocado pelas regras de seus pais, Jimin tinha as abraçado. Para ele as regras tinham fornecido segurança e estrutura para um menino traumatizado.

A mente de Jungkook se afastava das memórias de seu primeiro encontro com o garotinho e era verdadeiramente agradecido a seus pais por ter resgatado o seu irmão de coração, muito além do sangue.

Jungkook parou em sua garagem, vendo a luz na varanda. Jimin estava esperando ele chegar em casa do trabalho. O cheiro de comida lhe atingiu quando entrou na casa aconchegante.

- Oi mano, você está atrasado. - Jimin o saldou e o acusou ao mesmo tempo.

- Eu sei. Eu teria ligado, mas eu sei como você fica falando sobre usar o telefone enquanto dirijo. - Jungkook tirou os sapatos e aliviou os temores de seu irmão, a compreensão de como traumatizante foi a morte inesperada de seus pais.

- Tudo bem. - Jimin perdoou instantaneamente o irmão. - Vamos comer, estou morrendo de fome.

Jungkook riu da figura magra de seu irmão. - Você sempre está, eu não sei como você não ganha peso comendo da maneira como come. Deve ser bons genes. - No mesmo instante, Jungkook lamentou suas palavras com a dor nos olhos do irmão.

Pegando-o rapidamente pelo braço e levando Jimin de volta para cozinha, ele mudou de assunto.

- O que há para o jantar? 

OS ÚLTIMOS CAVALEIROS e O passeio da Navalha (TAEKOOK)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora