Don't wait

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I care for you, I talk to you
In my deepest dreams, I'm fortunate
We got a friendship, no one can contest it
And not to mention, I respect you with my all
If it wasn't for you, I'd be alone
If it wasn't for you, I'd have to hold my own
[...]

A frequência cardíaca de Arabella desacelerava

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A frequência cardíaca de Arabella desacelerava. Em contra partida, ela sentia sua amplitude respiratória aumentar.

Sabia que passava por uma sensação de choque. Surpresa.

Uma reação causada por algo imprevisto, inédito ou estranho. Um estímulo despertado em uma situação que o sujeito não contempla em suas previsões. As mãos suavam e ela simplesmente não sabia o que fazer.

Grávida. Ela estava grávida.

Era o que os três testes, que Isis trouxe para ela, indicavam.

Céus, teria um bebê.

E então mil sentimentos pareceram preenchê-la de uma vez, a sensação de incerteza junto a um estado em que tinha a sensação de ter a mente em branco.

Todas as suas inseguranças estavam ali, escancaradas, fragéis, lembrando-a de ter medo. Ela era capaz de ser uma boa mãe? E se não fosse? O que faria a partir de agora?

— Arabella? — ouviu a voz de Isis chamar através da porta. — Você está ai já tem meia hora, estamos preocupados...

Foi como acordar de um transe, não podia ficar trancada ali para sempre e não enfrentar a realidade, por mais que sua vontade no momento fosse se esconder. Não podia.

Lavou o rosto e os pulsos rapidamente, na esperança de se sentir mais viva, já que tinha consciência de que sua pressão parecia oscilar.

Deixou os três testes no lugar em que estavam, antes de destrancar a porta e se deparar com Paulo andando de um lado para o outro no quarto e Isis sentada em silêncio na cama.

A atenção dos dois logo fora voltada para a mulher, que parecia quase desnorteada. Perdida.

— E então? — o jogador perguntou incerto, se aproximando da amiga.

Arabella apenas assentiu, já sentindo as lágrimas inundarem seus olhos. Ela tentou ao máximo segurá-las.

— Eu avisei que não era minha comida! — Paulo brincou, tentando arrancar um sorriso da italiana.

E ao passo que ela foi sorrir, não conseguiu conter as lágrimas que vieram de uma vez só.

Logo o argentino estava abraçando a mulher, que já não sabia se chorava de desespero, ansiedade ou... uma quase felicidade? Sim, felicidade. Ela estava recebendo um dos melhores abraços do mundo, enquanto o homem comemorava gritando "Eu serei padrinho, não acredito!".

EpiphanyWhere stories live. Discover now