Arabella não gostava de relacionamentos sérios, muito menos de se envolver com jogadores. Era sonhadora, mas seus grandes sonhos geralmente não envolviam um parceiro.
A vida lhe ensinou que relacionamentos eram fadados ao fracasso. Até que ela o en...
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Fim de jogo no Santiago Bernabéu. A Espanha vencera de 3x0 em cima da Itália. Pela primeira vez em sessenta anos, a tetracampeã não participaria do Mundial.
Arabella estava completamente furiosa.
Algumas lágrimas caiam dos olhos da mulher e se ela pudesse dar um soco em alguém naquele momento, provavelmente o faria.
Arabella levava o esporte a sério, cresceu em uma família apaixonada e aficionada. Assistira sua seleção ser campeã quando tinha dezessete para dezoito anos, e a emoção que sentiu foi inexplicável.
Em pouco menos de uma década eles passavam de campeões do mundo para nem estarem classificados para o torneio.
A italiana ficaria feliz em estapear algum espanhol naquele momento. Estava arrependida de ter ido até o estádio assistir aquela humilhação.
Juan a olhava apreensivo, amava futebol mas sabia como a irmã provavelmente estava brava.
- Arabella? - a chamou cauteloso. Italianos cabisbaixos saiam do estádio, inconformados.
A mulher o olhou e nada falou, logo estava em seu celular falando um italiano muito rápido, irritadíssima. Provavelmente estava xingando, o espanhol pensou.
Foram para casa em silêncio, com a morena emburrada. O irmão achava engraçado esse jeito dela, era muito geniosa, ainda mais se tratando de futebol. Ele entendia, pois também era assim.
Arabella continuou em silêncio até chegar em seu quarto. Sozinha. Era o que precisava. Podia até parecer drama na visão de muitos, mas a mulher parecia mais apegada à Itália após deixá-la.
Agora entendia quando os jogadores diziam que morar em outro país, aflorava o nacionalismo pelo seu de origem.
Deitou em sua cama agradecendo aos céus o ar condicionado presente.
Aquela semana não estava boa.
Tivera seu primeiro pequeno desentendimento com Sergio, quando ela comentou algo sobre seu irmão e o homem alegou de maneira descontraída que queria conhecê-lo. Aquilo a deixou extremante desconfortável.
Será que estava deixando transparecer ao homem que aquilo era ou tinha potencial para se tornar algo sério?
Ela gostava da companhia de Sergio, se davam imensamente bem e suas conversas fluíam de maneira absurda. Entravam em conversas, que geralmente, ninguém entendia.
Como a vez em que começaram a falar sobre como seria se fosse permitido trocar partes do nosso corpo por partes robóticas e personalizáveis. Quando se deram conta, estavam formulando uma teoria da conspiração sobre antigos ataques terroristas e pesquisando coisas sobre o Pentágono.
