vinte e nove

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Eu andei em torno do campus por duas horas, apenas pensando e olhando para o anel em meu anelar, já que ainda estava em meu dedo. Ele disse que era apenas um anel, um anel de pedido de desculpas, mas era muito mais do que isso. Anéis eram simbólicos e tinham formatos de círculos. Círculos nunca terminam, e era por isso que eles eram símbolos da eternidade. Não tinha um começo e nem um fim.

Deus, era tão bonito. Como ele sabia? Tudo bem que eu tinha uma tonelada de coisas de pavão, nada maneira que ele tinha que montar era apenas perfeição. Ele estava planejando isso a um tempo.

Quanto tempo? Outra questão que pensei em lhe perguntar enquanto dava meu passei pelo lugar.

O campus estava deserto, vendo como já era tarde demais para a maioria das aulas e estava chovendo.

A chuva não me incomodava. Baekhyun sim. Meus sentimentos por ele me incomodavam ainda mais.

Não queria acabar chorando, mas estava muito perto. Não conseguia me livrar da última vez que eu chorei. Eu nunca tinha sido muito de chorar, e depois de tudo o que havia acontecido, foi como se alguém tivesse desligado a válvula  meus dutos lacrimais. Eu queria dar um soco nele novamente. Queria quebrar as coisas e gritar, então, ao invés, continuei andando. Fiz isso, dando no mínimo duas voltas pelo Campus, e só parei quando me dei conta que meus sapatos estavam encharcados. Nem sequer pensei em pegar minhas botas de chuva para isso.

O anel já pesava um milhão de quilos pelo tempo que levei de volta para o apartamento. Olhei para ele mais uma vez. Uau. Apenas uau.

Eles estavam jantando quando entrei. — Ele não está aqui. Ele foi ficar com Kyungsoo essa noite. — Chanyeol falou antes de eu fechar a porta. — O que ele fez pra você?

— Isso. — falei, mostrando a mão. O único som presente no local foi um ruído de algo quebrando quando o próprio Park deixou o prato cair de suas mãos.

— Tá na mão direita, trouxa. — Jongin apontou.

— Ah. — Chanyeol disse, se inclinando para pegar as partes do prato com cuidado. — Então, eu quebrei um prato por nada?

— Não é exatamente nada. — falei enquanto tirava meus tênis e meias totalmente encharcados, e coloquei meu guarda chuva para secar ao lado da porta.

— Me deixa ver. — Chanyeol falou, pegando em minha mãos. — Merda. Isso é alguma pedra cara  Tenho certeza de que é a mesma que afundou com o Titanic.

— É lindo, Hun. — Kai falou.

— Eu não sei o que deveria fazer com ele.

— Duh, usá-lo e fazer o resto da população morrer de inveja? Byun Baekhyun não compra anéis para qualquer pessoa. Isso é não algo que acontece. — Channy falou.

— Como você sabe?

— Não há razão. — ele continuou, enquanto olhava para o anel.

— O que você sabe?

— Ah, apenas que ele é um playboy. Uma das meninas da minha turma tinha uma amiga que ficou um pouco queimada por ele. Ela estava um pouco amarga.

— Eu aposto que é um eufemismo. — eu perguntei se ela era uma das meninas cujos números ainda estavam em seu telefone. Talvez fosse Sunhee. — Qual era o nome dela.

— Binnie, Bang? Algo assim, que começa com B.

Maldição, isso era um anel, certamente era. Não, imagina Oh Sehun, é um elefante.

— Tem certeza que você não quer ele? Porque eu ficaria feliz em tirá-lo de suas mãos. — Chanyeol falou, ainda segurando minha mão. — Certeza absoluta.

— Certo. — forcei um riso e puxei minha mão. — Já olhou demais, Park.

— Na primeira oportunidade que eu tiver, ele vai sumir, Oh.

— Veremos. — ri negando.

Eu não vi Baekhyun até a noite do dia seguinte, quando ele voltou da aula. Eu ainda estava com o anel. Tinha recebido muitos elogios das pessoas do sexo oposto na aula de feminismo. Elas devem se perguntar o que dois marmanjos estão fazendo lá. Tenho meus motivos para isso. Elas haviam perguntado se eu estava em algum relacionamento. Tive que engolir seco e dizer que não.

Além disso, Baekhyun havia dito que não acreditava em relacionamentos, casamentos, essas coisas. E eu não tinha visto que era algo tão grande assim também.

Meus pais se divorciaram como metade da população casada. A ideia de que havia uma pessoa perfeita destinada pra cada um de nós parecia demasiado perfeita.

Era um conto de fadas, e não a realidade.

Não que eu não quisesse entrar em um conto de fadas ocasional delicioso de vez em quando. Eu só sabia que eu deveria voltar pra realidade.

— Devo assumir que por você ainda estar usa do isso, você gosta e aí não quer que isso vá embora?

— Sim, eu gosto. Mas isso é desnecessário, só te pedi chocolates.

— Eu tinha um monte de idiotices para compensar.

— Isso é verdade, mas eu não acho que custariam milhares de dólares.

— Você não sabe quanto custou o anel.

— Não, mas eu não sou idiota. Posso fazer uma pesquisa na internet, como qualquer outra pessoa. Posso descobrir o quanto cada uma dessas pedrinhas valem, e depois a configuração do trabalho, e aí por diante. O quê? você não vai me dizer mesmo.

— Você é uma das pessoas mais curiosas que eu já conheci. Que acha que tem que saber de tudo.

— A curiosidade não é um pecado.

— Muito ruim. — ele falou. e eu lutei contra o desejo de mostrar minha língua pra ele, porque isso era algo infantil, e eu já sou um adulto. — Não se esqueça, temos a mediação esta noite às sete.

— Merda. — tinha esquecido.

— Poderíamos fazer um pacto para ir até lá, se sentar e não dizer nada, como um gênio indomável.

— Eu pagaria um bom dinheiro para ver você ficar em silêncio por uma hora inteira. Apenas sobre o quanto o anel vale a pena.

— Eu não quero o anel de volta. Somente se eu perder a aposta, só assim eu aceito o anel de volta.

— Por que, Baekhyun? Segundo a minha pesquisa este anel vale mais do que Tibby. Se você não conseguiu encontrar habitação, onde diabos você conseguiu dinheiro?

— Bem, senhor Oh, prefiro discutir estas questões na nossa mediação. Eu acho que é um ambiente mais adequado, você não acha? — ele disse, com um sorriso. Huh, ele era tão irritante. — Eu vou tomar um banho. Se certifique de tirar o anel antes de se juntar a mim.

— Nunca. Isso nunca vai acontecer! — gritei quando ele foi para o quarto. — Ah, mas podia. Poderia ser uma coisa que poderia acontecer, se eu deixasse.

Fiquei olhando para o anel. Não sabia se era minha imaginação, mas ele parecia ficar maior quanto mais eu usava. Na próxima semana eu ia acordar e estaria do tamanho de uma bola de futebol e todos os ossos do meu dedo teriam sido esmagados por ele  Então eu teria de fazer uma cirurgia e provavelmente nunca seria capaz de obter meu dedo de volta ao normal, e eu teria um dedo ferrado para o resto da minha vida e uma história maluca para pensar.

Eu estava pensando demais sobre isso.

My Best Mistake (sebaek)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora