Treze

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O resto de nossas horas de trabalho foi sem acidentes,e se você poderia chamar de "acidentalmente" quando Baekhyun escorregou a mão na minha bunda diversas vezes enquanto Namjoon nos mostra a as pilhas no terceiro andar da biblioteca, onde a maioria dos documentos eram mantidos, e ensinando a nós os rudimentos do sistema de número de chamada sem intercorrências.

— Mais uma vez e irei arrancar seus dedos com um estilete. — falei discretamente para Baekhyun, depois que pela terceira vez consecutiva deslizou a mão em mim quando chegamos de volta no elevador para descer ao primeiro andar.

Namjoon foi até nossos horários e escreveu em um quadro branco. Fiquei aliviado ao descobrir que Baekhyun e eu só tínhamos dois turnos juntos, assim pelo menos eu teria o resto do tempo livre de Baekhyun.

— Bom,estamos todos felizes de os ter a bordo e nos vemos amanhã. — Namjoon falou enquanto Baekhyun e eu juntavamos nossas coisas.

— Mais uma vez, obrigado,eu realmente aprecio isso. — falei.

— O vejo amanhã. — Baekhyun falou, se curvando minimamente ao Kim. — Primeiro os mais novos. — ele disse sorrindo ladino enquanto gesticulava para eu sair.

Revirei os olhos e passei por ele. Podia sentir seus olhos em minha bunda. Não disse uma palavra até estarmos na parte pública da biblioteca. Me virei e dei-lhe um sorriso doce, me aproximando de si e mordisquei meu lábio inferior.

— Então, hm... Eu estava pensando... — Baekhyun arregalou os olhos por meio segundo antes de sorrir. Peguei em sua mão e o arrastei para um canto atrás das enormes estantes de livros, onde as pessoas não nos vissem. Ri e me aproximei dele. Ele chegou mais perto... E eu lhe bati com minha bolsa. — Inferno! Você realmente tá me perseguindo? Tantos lugares pra você arrumar emprego, você escolhe justamente o lugar onde eu vim tentar vaga? SÉRIO?! — voltei a agredir ele com a bolsa, mas ele já estava preparado.

— Ei! Ei! Eu não sabia, ok? — lutamos pelo controle da bolsa, só Deus sabe da onde aquele baixinho mequetrefe tirou força, e venceu batalha tirando a bolsa das minhas mãos. — Jesus! Para de me bater. Alguém já falou que você tem sérios problemas com raiva? — ele falou passando a mão em seu braço que provavelmente estava dolorido por conta das bolsadas.

— Além dos meus quatro terapeutas? Muitas pessoas. — falei, puxando minha bolsa de sua mão.

Mas ele foi mais rápido, e puxou seu braço pra trás, e segurou a bolsa fora do meu alcance. — Da pra você se acalmar?

— Não me diga o que fazer.

— Tudo bem, tudo bem. Enlouqueça então. — ele segurou a bolsa em minha frente, e então eu a puxei bruscamente arrancando de sua mão. Apenas pela terceira vez eu vi um olhar que não fosse arrogante em seu rosto. Eu odiava o olhar de preocupação até mesmo mais do que o de confiante.

— Ah, foda-se. — falei, me virando para ir embora. Eu o odiava. Eu odiava como ele chegava na minha pele. Eu odiava como, por um segundo, eu pensei sobre empurrar ele contra aquela estante e beijar até minha boca ficar dormente. Eu o odiava. Eu o odiava. Como eu poderia provar isso antes que fosse tarde demais e eu realmente estivesse o beijando? Eu não poderia me apaixonar por Baekhyun. Eu não podia me apaixonar por qualquer um.

  (…)

— Então ele apareceu no seu trabalho? Hunnie, isso é estranho. Tem certeza que ele não tá te perseguindo? Olha se você quiser eu conheço uns caras da pesada que podem dar um trato nele.

— Seunghee! Não! Tá louca mulher? Tá querendo ser presa? — estava no meu quarto, meus livros e canetas estavam espalhados pela cama. Baekhyun tinha saído com Kyungsoo, para comprar pizza, por isso tomei a decisão de ligar para minha irmã e colocar os acontecimentos recentes pra fora. — Ele fala que não está, mas eu não consigo entender como ele continua a se mostrar em toda parte. É estranho. Chanyeol diz que é o universo nos dizendo que temos que ficar juntos.

My Best Mistake (sebaek)Where stories live. Discover now