Nove

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- Eu já te disse que não acredito em destino, eu acredito na sorte. Então eu pensei, por que não ter toda a sorte que eu posso junto a mim?

- Quantas você tem?

Ele virou o braço e me mostrou o número, que era o 7. - Uma. - ele disse, então puxou a orelha esquerda e eu consegui ver uma outra pequena. - Duas. - ele se virou, e apontou para uma que ficava entre suas omoplatas. - Três. - ele pegou o próprio pé e me mostrou outra que eu não tinha visto antes, era uma pequena estrela. - Quatro. - e então ele apontou para uma que ficava em seu peito. - Cinco. Eu quero ter sete quando eu terminar tudo, mas eu só faço uma quando tenho motivo, então faz meses que eu não faço alguma.

- O que elas são? Eu não consigo ver daqui. - falei, mas não esperava que ele viesse mais perto do que o atual, pelo menos não no estado que ela estava. Ele só vestia uma bermuda larga que estava um pouco pra baixo demais deixando o elástico de sua box preta a mostra.

Ele se levantou devagar de sua cama e andou até mim. O olhar dele não era confiante, era aberto, como se ele estivesse me mostrando um pedaço que ele raramente divide. Eu sabia que era um momento precioso é delicado,e que poderia ser quebrado com facilidade.

- Essa aqui como você pode ver é um sete. É um número da sorte, em muitas culturas. Essa... - ele se inclinou na minha frente. - É uma ferradura de cavalo. Os marinheiros costumavam cravá-las nos mastros do navio para os ajudar a ficar longe do caminho das tempestades. - então ele se virou de costas. E eu pude ver finalmente o que estava tatuado ali. Se eu não tivesse feito um projeto sobre mitologia egípcia, eu provavelmente não saberia que era um escaravelho. Os besouros que conseguem mudar de pele, carapaça, e os egípcios acreditavam que isso era um símbolo de renascimento, e que com isso esses besouros eram imortais.

- Você tá misturando todas as mitologias aí Byunzinho.

Ele olhou para mim por cima de seus ombros, e revirou os olhos pela maneira que o chamei.

- Eu gosto de diversidade. - ele respondeu secamente.

Me levantei da cama e andei para mais perto dele, para poder olhar mais de perto. Era maravilhosa, as cores quase brilhavam na pele dele. Quem quer que fosse o tatuador que ele escolheu para fazer isso realmente era um artista. Eu resisti a urgência de ficar mais perto e poder tocar pra ver se era de verdade.

- Então, aí está. - ele falou se virando. - E tem também a pequena estrela no meu pé. Agora você tem a história das minhas tatuagens. Agora me mostre as suas.

A boca dele levantou em um lado e puta merda o senhor babaca estava de volta, que surpresa.

- Desculpa cara, não tenho nenhuma para mostrar. - falei pulando de volta pra cama.

- Eu não estava falando sobre suas tatuagens Sweet. - ele se inclinou para frente e colocou as mãos ao lado de cada uma das minhas pernas, quase nelas,mas não exatamente me tocando diretamente. Mesmo que ele não tivesse me tocado, minha pele formigava como se ele estivesse.

- O que Baekhyun? Você está me pedindo para eu mostrar minhas partes de príncipe?

- Dizer que eu estou pedindo é pouco. - ele falou com a voz mansa.

A vontade de ir pra frente e fazer meu corpo se encontrar com o dele era tão forte que eu tive que me segurar no lençol. Porra Sehun! Se controla.

- Você só está me provocando. - falei ofegante como se eu tivesse corrido uma maratona. - Você disse que não transa com pessoas que gosta.

- Ah, Sweet, se você soubesse. - ele falou e então se inclinou mais para frente deixando seu rosto bem perto do meu. Podia sentir sua respiração quente bater contra minha pele. Fechei meus olhos esperando por algo,mas então o senti se afastar de mim. Abri meu olhos rapidamente e o vi andar até a porta e saindo do qual.

My Best Mistake (sebaek)Where stories live. Discover now