Capítulo 8

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Ponto de vista de Margot Johnson

No caminho da escola até a minha casa foi um silencio total dentro do carro, meu pai não falava uma palavra. Eu não conseguia tirar Madison da minha cabeça, das coisas que ela me acusava, do porque ela queria me fazer mal, eu jamais fiz nada a ela, sempre a amei. Acho que eu deveria agradecer ao Evan por ele ter entrado lá.
Agora eu já estou tão confusa que eu não sei se realmente são alucinações e eu estou ficando completamente louca, ou se são reais e eu estou vendo mortos, acho que a segunda opção é a mais absurda.

– Chegamos. - escutei meu pai falar já saindo do carro.

Eu estava tão distraída que não notei que já estávamos em casa. Sai do carro e meu pai me esperava do lado de fora, ele passou o braço por minha cintura e adentramos o local juntos.

– O que aconteceu, filha? - papai perguntou me ajudando a sentar e sentando também ao meu lado no sofá da sala.

– Cansaço, papai, fiquei com um pouco de falta de ar. - respondi a verdade, omitindo alguns detalhes.

– Vou ligar para sua mãe vir para casa ficar com você, eu tenho que voltar para o trabalho. - ele falou levantando de onde acabará de sentar e ficando de pé em minha frente.

– Não precisa, papai, eu me viro sozinha, tudo bem, eu vou para o meu quarto. – falei, ele deu um beijo em minha testa.

– Tudo bem, qualquer coisa me liga, ta? - ele falou e eu o respondi com um sorriso.

Subi direto ao meu quarto assim que meu pai passou pela porta. Escutei seu carro saindo, olhei pela janela para vê-lo ir. Passei os olhos pela rua deserta e vi, uma pessoa totalmente de branco, sentada na porta da casa em frente a minha, comecei a encarar, e a mesma pessoa me olhava, era uma mulher, ou melhor, uma senhora.

– Você precisa descansar um pouco. - escutei uma voz atrás de mim, me virei encontrando Evan sentado em minha cama.

– Obrigada. - foi a única coisa que eu pude dizer.

Evan deu um sorriso divertido, era estranho ter aquele garoto me seguindo o tempo todo, mas acho que eu não vou conseguir me livrar dele tão fácil.


Ponto de vista de Peter Cook.

Entrei naquela grandiosa construção e pude ouvir o eco dos meus passos quando o meu sapato entrava em contato com o chão. Não tinha ninguém orando naquele momento. Benzi-me e procurei o padre Jason responsável pela igreja. Encontrei-o no seu escritório escrevendo o sermão da missa de domingo e pedi para que ele fosse comigo e me deixasse confessar. Ele aceitou e fomos.

Entrei naquele cubículo, que era o confessionário e, esperei o padre dizer que eu podia começar. Eu estava tão nervoso, eu sempre ficava assim ao lembrar desse assunto.

– Padre, o senhor conheceu a Madison, sim? - perguntei.

– Uma das gêmeas Johnson? A que morreu? - ele perguntou.

– Sim, essa mesma. - respondi.

– Conhecia sim, ela vinha algumas vezes para a missa.

– Ela e eu namorávamos até pouco antes daquilo acontecer... Foi tudo culpa minha. Eu disse à ela que amava a irmã dela e que queria terminar nosso namoro. Depois que eu disse isso ela colocou uma corda no pescoço e fez o que fez. Foi por isso que ela se matou, foi tudo culpa minha.

– Filho, como pode ter tanta certeza que foi por isso que ela se suicidou? Ela disse algo para você?

– Não, mas não havia outro motivo para ela fazer aquilo.

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