Capítulo 1

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Ponto de vista de Madison Johnson.

Sozinha em casa, eu observava a janela a cada cinco minutos. Eu estava ansiosa, isso qualquer um poderia perceber. Peter, meu namorado, tinha prometido que viria me ver e eu o estava esperando. Eu tinha mentido para os meus pais fingindo que estava doente para não ir à escola somente para ficar em casa e ter esse encontro com ele. Peter, há alguns dias, estava distante e me tratando de um modo diferente. Mesmo ao meu lado, sua mente parecia estar a quilômetros de distância.

Diferente de mim, Peter não era mais virgem. Também, eu não era o seu primeiro amor. Mesmo com uma pequena diferença de idade, uma diferença de meses, Bernardo era bem mais experiente que eu, e isso me deixava insegura. E se ele cansasse de mim por eu ainda ser tão inexperiente? E se ele estivesse estranho justamente por esse motivo? Se ele tivesse cansado do namorado de mãos dadas e alguns beijinhos? Por isso, decidi que irei me entregar a ele hoje.

Fui despertada dos meus devaneios com o barulho do motor de uma moto. Corri até a janela novamente e confirmei que era ele. Peter desligou a moto, desceu da mesma e passou a mão por entre seus fios negros e brilhantes de cabelo. Peter caminhou até a porta principal da minha casa em passos lentos. Ele atritava as suas mãos em sua calça jeans como se estivesse tentando aquecé-las, o que não fazia sentido porque não estava frio. Seria um sinal de nervosismo? Ele estaria nervoso por me ver? Que bonitinho!

Fui até a porta e a abri quando ele já estava perto de chegar até ela. Enquanto ele vinha, permiti-me analisá-lo mais um pouco. Peter não era do tipo fortão, ele era magro, mas não um magro magricela. Ele era um magro que tinha os músculos definidos. Seus braços, pernas e abdômen eram de causar inveja a muito musculoso por aí. Seus olhos negros eram profundos e impossíveis de não encarar.

Quando Peter chegou finalmente a minha frente, eu envolvi seu pescoço entre os meus braços e levantei um pouco os meus pés do chão para beijá-lo. Peter era mais alto que eu, então era preciso. Porém, diferente do que eu imagava, ele desviou o rosto de mim e meus lábios apenas encontraram as suas bochechas. Soltei meus braços dele e deixei que ele entrasse na minha casa.

– Entra, Peter. – falei sorrindo e olhando para ele.

Depois que ele entrou, eu fechei a porta e me virei para encará-lo.

  – O que está acontecendo, Peter? Por que desviou do meu beijo? O que você tem? Espero que você esteja resfriado e tenha desviou do meu beijo para não me passar a sua doença! – falei um pouco mais nervosa do que eu pretendia.

              Peter respirou fundo e depois colocou as suas mãos no bolso da sua calça jeans.

  – Madison, não dá mais. Eu tentei, eu juro que eu tentei muito amar você...

  Eu o interrompi já com os meus olhos marejados. Agarrei seu rosto entre as minhas mãos e o olhei fixamente mesmo com a minha visão embaçada pelas minhas lágrimas. Ele não podia estar falando sério, ele não podia me deixar.

– Não fala mais nada, não fala, por favor. Peter, eu te amo, você é minha vida, eu prefiro morrer a viver sem você. – falei tudo que estava dentro do meu coração.

Peter colocou suas mãos sobre as minhas e as tirou de seu rosto. Ainda segurando as minhas mãos, ele me encarou e disse:

– Madison, não faz assim... Para com isso, logo você vai arranjar outro cara, e esse cara ainda será bem melhor do que eu. Você é linda, inteligente, educada, engraçada...

– Por que você está fazendo isso comigo? Por quê, Peter? Por quê? – gritei com raiva o interrompendo. Ele não podia me deixar, não podia. – Quem é a garota? Fale! Quem é a vagabunda por quem você está me deixando?

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