Capítulo 3

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Como vocês estão? Espero que bem! 

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LEOMORD

Nunca uma noite passou tão lentamente quanto aquela bendita noite na qual eu estava no inferno. Só por estar lá, já era bastante pressão que eu estava sentindo... quando na vida eu imaginava estar na casa de um dos Deuses existentes? É... eu nunca imaginaria isso. Porém isso era o de mínima importância para mim naqueles momentos, pois assim que eu fui apresentado aos dois namorados que estavam ali na sala, foi como se o ar de dentro da sala estivesse ficado mais pesado para todos que ali estavam.

O resto da noite foi com quatro olhos me encarando a todo o tempo. A cada movimento meu, a cada fala minha, quando eu sorria e era uma coisa que estava me fazendo perder a paciência a cada vez mais. Sabe quando você fica em um lugar e mesmo não gostando de ser o centro das atenções, a única pessoa que realmente chama atenção é você? Isso é o que aconteceu com minha pessoa. Meus amigos me deixaram quase a noite inteira sozinho e ao lado dos dois que eu cito anteriormente, que são os donos dos quatro olhos... minha vontade de mata-los estava cada vez maior e eu quero só uma faca e um martelo para quando não tiver força de quebrar os ossos dos mesmos!

O ápice da noite para mim foi quando eu tive de ir ao banheiro e quando cheguei do lado de fora do mesmo, depois de terminar minhas necessidades, encontrei os dois ditos cujos parados e olhando para a porta como se a mesma fosse uma coisa preciosa. Assim que meus dois pés foram colocados para fora, a porta perdeu, de repente, o interesse e os olhos dos dois subiram em direção a mim, me olhando como se estivessem com muita fome e eu fosse um pedaço de carne suculento e muito bem temperado. Eles deveriam ter um pouquinho mais de educação e não olharem as pessoas daquela forma, porque era muito nojenta!

Após esse mesmo acontecimento eu pedi para meus amigos para que fossemos embora e mesmo que os mesmos não estivessem entendendo o que estava acontecendo, não se fizeram de rogados e muito menos fizeram perguntas desnecessárias para mim quanto a minha decisão de não querer ficar mais ali. Depois que nos despedimos de todo o pessoal que estava ali junto, viemos embora sem muitas perguntas e com muito sono, da minha parte.

Nos outros dias que se seguiram, não teve nada demais. Meus irmãos não vieram mais me perturbar com aquelas coisas chatas de dizer que eu não era da família e nem nunca seria porque era apenas um bastardinho – foque que eles colocaram no diminutivo, acho que para dar mais ênfase no que diziam - ; as pessoas da cantina, desde que comecei a sentar com meus amigos, nunca mais tiveram a coragem para vir dizer algo comigo... é, eles só nos respeitam quando a gente faz algo que eles fiquem com medo, ou quando arrumamos alguém que nos "defenda", mesmo que inconscientemente.

Hoje já era sábado e eu iria para a minha casa visitar minha mãe. Estava com tantas saudades dela que eu não conseguia mais me segurar um minuto e já queria ir para o ponto de ônibus, mesmo que o dito cujo ainda demoraria mais de meia-hora para passar e me levar até em casa. Eu nunca fui acostumado a passar tanto tempo assim longe dela e o mais importante é que nós não podemos nos contatar por inúmeras razões! Se lá onde eu moro tivesse ao menos um telefone público...

- Vem, Leo! A gente vai te dar uma carona. – Saio de meus pensamentos vendo uma Amélia muito animada e pulando em minha frente, como uma criança ou até mesmo como uma cachorrinha, quando ganha um brinquedo.

- Mas o caminho da minha casa não fica no caminho da de vocês e eu não quero que se atrasem por minha culpa. – Falo vendo a mesma retorcer seu rosto em uma careta de negação e olhar para mim com uma cara estranha...

- Se você falar assim de novo, eu te dou um soco e faço você sentir o tamanho do poder da minha magia. – Ela fala e suas mãos começam a brilhar em um tom roxo bem clarinho, quase uma rosa. Levanto meus braços como se dissesse que tinha me rendido e, de quebra, ainda fiz a minha carinha mais fofa que eu consegui... ainda bem que isso parece tê-la acalmado! – Ótimo! Agora, se você já está pronto, é melhor levantar essa sua bunda maravilhosa dessa cama e sentar ela na minha cara... digo, no banco do carro.

Enigma (Romance Gay)On viuen les histories. Descobreix ara