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Louis estava diante de Harry, mas seu olhar era distante, vago. As incertezas, os medos, enfim, a confusão se refletia nele. Estavam os dois sentados à mesa após o jantar. A proposta feita por Harry pairando entre eles. A resposta veio horas depois.

Styles estava deitado ao lado do menor. Nenhum dos dois conseguiu dormir. Em sua recente experiência, Harry sabia que não era bom deixar a mente daquela criatura trabalhar sossegada, mas a Harry só restava esperar o veredito.

— Quer mesmo provar que eu sou importante para você?

O sequestrador rompeu de súbito o silêncio do quarto.

— O quê?

— Você me perguntou o que precisa fazer para que acreditasse em sua proposta. Ainda quer saber?

Uma ponta de receio fez o homem hesitar em responder. Aquela pessoa frágil escondia uma grande mente muito eficaz, inclusive quando trabalhava para o mal. O que poderia passar por aquela cabecinha?

— Harold?

O problema é que Harry adorava quando Louis era malvado.

— Sim.

Louis sorriu enigmaticamente.

Deveria se preocupar?

— Sabe o Liam?

— O cara de quem você foi noivo.

Falou com certa raiva, nunca gostou do vizinho de seu pai. O sorriso do menor se ampliou e Harry sentiu ciúmes da lembrança que suscitou aquele sorriso.

— Nós tínhamos um jogo. Quando ele fazia alguma bobagem, nós jogávamos esse jogo.

Quis argumentar que ele não havia feito besteira alguma, mas estava curioso com o desfecho da conversa.

— E que jogo era esse?

— Chamávamos "Só para o seu prazer".

A expressão neutra do moreno não enganou o refém.

— Vamos direto as regras Tomlinson. Sei que são com elas que devo me preocupar.

Louis sorriu.

— Durante um tempo determinado ele tinha que me dar muito prazer, mas ele só poderia ter prazer com minha permissão. Era o jeito de me mostrar que eu era importante pra ele.

Viu no olhar dele o desafio. Imaginava que Harry não iria aceitar aquela proposta.

— Eu faço. — respondeu sem hesitar.

— Você não entendeu. É como ser um escravo sexual. Só a minha vontade contará.

— Ser escravo sexual? Não parece um desafio.

Louis o encarou:

— Eu posso ser bem malvado...

— Não espero menos de você, mas por algum motivo tenho a impressão que você quer me fazer desistir. Muita ameaça e pouca ação.

Louis sorriu.

O dia amanheceu calmo. Ironicamente, Louis estava animado. Foi a primeira vez que não precisou tomar chá para acordar e não ameaçou os passarinhos da região "por sua cantoria infernal".

Harry esperava sexo selvagem matinal, mas Louis queria ver TV. Desenho animado com pipoca. À tarde, após o almoço Harry ainda tentou se insinuar, mas Louis exaltou a beleza do dia e quis fazer uma caminhada. A perspectiva de sexo ao ar livre quase fez Harry soltar de alegria. Mas Louis queria se deleitar com a flora e fauna local, principalmente os animais selvagens fofinhos.

Thirty Days With LouisWaar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu