Violent storm

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Notas iniciais: 

Tradução em baixo!

O cheiro de terra molhada e o barulho dos trovões era a característica típica da tempestade do lado de fora, Viktor estava no escritório assinando alguns papéis enquanto a pequena Rosalie lia alguns livros próxima a lareira. Tinha alguns papéis rabiscados ao redor dela, tentativas falhas de algum desenho que o anfitrião tentava compreender desde então, e que agora... administrava o tempo lendo alguns livros que escolheu da estante.

- Senhor Bartholy? - A voz serena de Rosalie o faz voltar dos pensamentos.

- Sim... -Falou rapidamente tirando os olhos dos papéis, para observa-la abraçada a um livro.

- Tem algum livro de híbridos na sua estante? – Ela sentou-se na cadeira a frente, largando o livro na bancada. Viktor tentou não se mostrar surpreso com sua pergunta, mais se levantou dando a volta na mesa travando o maxilar.

- Por que você se interessaria por um título como esse? – Cruzou os braços curioso.

- O senhor Osborne castigou minha mãe... por minha causa. - Rosalie abraçou as pernas encolhendo-se no assento, fitando a janela do lado de fora, lembrando-se do ocorrido de hoje.

- E? – Viktor tentou motiva-la... para fazê-la continuar, mais pode perceber o quão estava sendo difícil.

-O s.r. Osborne disse que sou hibrida... -Rosalie enche os olhos de lágrimas ao terminar. -Eles condenaram a mamãe por minha causa. Viktor fechou os olhos cedendo ao peso das pálpebras, ele odiava vê-la chorar. Pensou em seu conhecimento adquirido com o passar dos anos e nas errôneas possibilidades de um hibrido, era impossível... mais detestava o fato de mentiras serem a causa das lágrimas da pequena.

-Talvez seja só um mal entendido... A comunidade aqui é bastante rígida, não vai ser nada grave. – Ele enfiou a mão no bolso do palitó, estendo um lencinho a ela... que no mesmo instante enxugou as lágrimas úmidas.

- A lendo mais.... Híbridos não existem, foi um mal-entendido. - Repetiu convicto.

-Mas... - Ela argumenta querendo continuar, mais o Bartholy a repreendeu arqueando uma das sobrancelhas, querendo finalizar logo aquela conversa. Alguns segundos se passaram e um trovão ecoou do lado de fora, a pequena dá um pulinho na cadeira deixando escapar um gritinho fino.

- Afraid. –Viktor sorriu de lado ao presenciar a cena, bagunçando o cabelo castanho da garota.

-Everyone is afraid of something, do not you? -Ela faz um biquinho zangada, cruzando os braços. Seria melhor se ela não considerasse as ideias idiotas de Viktor, mas ao vê-la assim, o rapaz reparou o quão a garotinha se mostrou frágil e fofa. Não poderia compará-la a nada.

-In time you learn to fear nothing, others start to fear you. – Respondeu Viktor. A criança estava duvidosa, e lá no fundo, parecia pensativa.

Viktor não quis explicar seus motivos, tão pouco quis sentar-se e explicar suas histórias... Ela era uma criança e não merecia ouvir seus métodos de tortura. Ele voltara a seu lugar do outro lado da mesa, observando a tempestade violenta castigar o lado de fora... o sol não brilhava como antes, o fim do dia tinha chegado, era questão de tempo até a lua aparecer para banha-los com sua luz prateada.

- O senhor acha que minha mamãe está bem? - Ela fala quebrando o silêncio.

- Como eu disse, não é nada grave.... Não se preocupe. – Viktor tentara amenizar sua aflição. -Vão solta-la logo, até lá... fique comigo, vou mantê-la segura. -Sorriu de lado voltando a folhear os papéis. Rosalie adormeceu ali mesmo, deitada no sofá. A chuva tinha parado e os insetos eram os únicos com barulho irritantes e persistentes na calada da noite, Viktor organizou os papeis e os jogou sem jeito na gaveta próximo de si.

Respirou fundo apertando o medalhão que carregava, o retirando por debaixo da camisa lendo a escritura em francês do outro lado, "Mon amour pour toi sera réciproque et éternel." Um calafrio lhe percorreu quando passou os dedos na videira entalhada, envolta do círculo externo abrindo o mesmo, vendo no canto direito uma foto pequena meio amarelada... gasta pelo tempo, um retrato perfeito de uma mulher. Que demostrara em seus traços, bondade, gentileza e compaixão algo que viktor jurou nunca ter e que agora, depois de séculos, acreditava que a pequena criança era seu último fio de esperança, talvez... a salvação de sua alma sombria.

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Notas da autora:

Oie gente, o que acharam desse capitulo?

Quem será a moça do medalhão? Comentem suas teorias kkkkkk

Notas finais:

(Tempestade violenta)->Violent storm
Medrosa->afraid.
Todos tem medo de algo, você não tem?->Everyone is afraid of something, do not you?
Com o tempo você aprende a não temer nada, os outros começam a te temer.->In time you learn to fear nothing, others start to fear you.

(Viktor Bartholy) -Promessas sangrentas.Where stories live. Discover now