The Turning Point

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Notas da autora: Escultem uma musica lendo,  sinceramente... eu faço isso. Esse cantor tem belas musicas, espero que gostem.

Nova Orleans, 12 de julho de 1798.

Fui ao parque com minha mãe essa manhã, ela e meu pai brigaram noite passada... ouvi meu nome sendo dito em meio a discussão, mas o único som que ouvira e prestara atenção era o choro com soluços vindo da mamãe.

- Mamãe? -Ajeito a postura observando a pequena flor branca na mão.

- Sim querida. - Minha voz suave e infantil a faz voltar dos pensamentos.

- O papai está com raiva, por minha causa? - Meus olhos verdes pousam nos dela, mesmo com sete anos... era capaz de entender o motivo da briga de ontem. Se passou alguns segundos, ela com certeza pensava em um argumento convincente para que eu não me preocupasse, mais a essa altura estava farta de mentiras. Ainda mais vindo dela.

- Não minha pequena... O papai e eu, só estamos passando por um momento difícil. Não se preocupe está bem. - Ela força um sorriso ao terminar.

Não quis perguntar novamente... ela se saíra muito bem em mentir, mais eu teria que arrancar algo do meu pai se quisesse provar minhas teorias. Estávamos sentada em um banco na praça, observava atenciosamente a senhoritas dando tudo de si no quesito flertar... era simplesmente irritante. O fato de que, querendo ou não, estarei fazendo algo parecido quando alcançar a maturidade.

- Mamãe? - Perguntei novamente. Ela me olhou de lado.

-Because they behave this way? -Observei um grupo de jovens com seus vestidos coloridos, acompanhadas de cavalheiros que as faziam rir com alguma piada péssima.

- Querida... isso é normal nessa idade, irás crescer e se tornar uma mulher corajosa e bela. Independente e forte... e ao contrário de mim, misericordiosa. -Milha mãe esfria o olhar ao me encarar, a flor em minha mão se curvou e escureceu no exato momento em que ele terminará de falar.

A pequena flor branca virará pó quando abri minhas mãos e deixei a poeira cinzenta cair sobre meu vestidinho branco. Minha família sempre foi muito unida, ligada muito as tradições da comunidade onde nasci. As bruxas sempre faziam de tudo para proteger seu território, alimentavam a magia com uma oferenda vindo das famílias... e esse ano, a família Morgan ficou encarregada dos preparativos da colheita para as próximas gerações.

Minha mãe disse que não poderei fazer parte... minha irmã mais nova Melanie, vai dá as honras quando o grande dia chegar, e está próximo. Quando a lua de sangue surgir os preparativos e a oferenda para os ancestrais estarão prontos. Minha mãe segurou minha mão e caminhamos juntas lado a lado por alguns instantes, até que o senhor Osborne nos para, com seu sorriso gentil de sempre.

- Que bela manhã, não acha Sra. Morgan?

- I fully agree. - Minha mãe me puxa para trás, escondendo-me do líder da comunidade.

-Pequena Rosalie... cresceu bastante, desde a última vez que nos encontramos. - Ele se ajoelha para ficar a minha altura, apenas o observo escondida por trás da mamãe, apresentando um sorriso inocente.

-Olá Sr. Osborne. -Falo timidamente.

- O que quer? -Minha mãe fica seria o vendo se erguer. Naquele momento o sorriso radiante dele desapareceu, igual a chama de uma vela apagada que enfeitava um candelabro.

-Vamos conversar... - Ele faz um simples gesto com a mão, no intuito de saírem da praça para argumentar em um lugar mais apropriado.

-Irei deixar Rosalie em casa. -Minha mãe se vira, decidida a tomar outro rumo.

(Viktor Bartholy) -Promessas sangrentas.Where stories live. Discover now