Old friends

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Todos já haviam saído da sala, Rosalie avistara o brutamontes saindo por último ao fechar as portas na sala de treinamento.

-Se ele voltar a olhar-me daquela forma, arrancarei os olhos dele. –Falava Rosalie, respirando asperamente.

-Não acho que a necessidade disso, Ross é o chefe de segurança da mansão... –Viktor ocupa uma das cadeiras próxima a janela. –Seus serviços no momento são viáveis, não perca a paciência toda vez que alguém lhe olhar torto.

A discussão fez Rosalie revirar os olhos.

-Muito obrigada por intervir a meu favor. –Respondeu ela, servindo-se uma dose de Whisky da única mesinha da sala.

-Você não precisa que eu a salve... –Viktor responde após engolir a bebida oferecida, fazendo uma careta ao sentir o álcool descer garganta a baixo. –Pode lutar as próprias batalhas, já me provou isso.

-Eu sei, mais teria sido legal a sua parte. –Ela força um sorriso, cruzando os braços.

-Escolha uma. –Viktor apontou para a estante. –Vamos ver se é tão habilidosa quanto fala. Os olhos dele brilharam diante do desafio, enquanto a garota desamarrava o manto branco o atirando-o para trás.

Rosalie calaria a grande boca de Ross se alguma hora lhe faltasse com respeito, em um túmulo sem lápide por toda a eternidade. Mais não agora, essa era a hora de fazer Viktor engolir as próprias palavras.

Todas as armas tinham um acabamento de altíssima qualidade, e o metal de que eram feitas cintilava a luz do sol. Rosalie as eliminava uma a uma, avaliando cada arma de acordo com o dano que causariam. Com o coração acelerado, seus dedos corriam lentamente pelas lâminas e manoplas. Uma espada assobiou quando foi puxada do suporte e parou em riste na mão da jovem. Era uma excelente arma: Leve, suave, firme.

Viktor atirou a capa sobre a de Rosalie, flexionou os músculos por trás da malha branca da camisa e sacou a espada depois de posicionar-se no meio do salão.

-Em Guarda.

-Que tipo de gente diz "Em guarda"? –Rosalie atirou os sapatos para longe. –Não vai me passar nem o básico? –Perguntou ela, segurando a espada com displicência.

-Faz tempo que não seguro em uma arma, entende. Poderia muito bem ter esquecido. –Os dedos de Rosalie percorreram o cabo da espada e contraíram-se na superfície fria.

-É a melhor que conheço, duvido muito que tenha esquecido. –Respondeu ele.

-Antes de viajar, passei um bom tempo aprendendo bordados e costura. –Disse ela, alargando um sorriso selvagem lentamente. –Se considerar essa coisa sem graça equivalente a esgrima... –Rosalie levou a mão livre ao peito e fechou os olhos, enfatizando a mensagem.

O patriarca avançou rosnando. Como já esperava, os olhos de Rosalie se abriram quando as botas dele roçaram no chão. Com um giro de braço, ela posicionou a espada para bloquear o ataque e preparou as pernas para o impacto quando as lâminas se chacoalhassem. O ruído era estranho, mais Rosalie nem pensou nisso quando Viktor investiu pela segunda vez e ela bloqueou a arma com facilidade.

-Vou pegar leve com você. –Comentou ele, deixando escapar um sorriso de lado.

Viktor era bom, mais do que bom na verdade. Não que Rosalie fosse dizer isso em voz alta, é claro.

As duas espadas encontraram-se outra vez, com um tinido e os dois forçaram as lâminas uma contra a outra. Ele era mais forte, mais a jovem gemeu com o esforço necessário para segurar a espada contra a do adversário. Por mais que fosse um vampiro, não era tão rápido o bastante.

(Viktor Bartholy) -Promessas sangrentas.Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang