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Depois de alguns segundos de choros acompanhados de soluços, limpei meu rosto com a manga do vestido e me levantei do chão úmido. Me encostei na parede e observei o sangue escorrendo pelo joelho, pintando de vermelho a meia clara delicada.
- Maravilha... - Tiro um lencinho do bolso enfaixando o joelho ralado, cerrei os dentes com o desconforto da dor. Andei a passos lentos mancando, dobrei a próxima esquina e sai do beco.
Ao me virar dobrando a esquina, vi meu pai e um pequeno grupo de longe, sumindo ao entrar em uma rua. Me escondo atrás de uma carruagem, a fim de esconde qualquer traço meu em meio as poucas pessoas que passavam na calçada.
- Essa foi por pouco... - Suspiro ajeitando minha postura quando eles passaram.
- Posso ajudá-la pequena? Está perdida? - Ouço a voz de um homem atrás de mim, congelei na hora, não me virei para ver seu rosto... abaixei a cabeça temendo ser alguém que poderia denunciar minha posição a qualquer membro da comunidade.
- Você está bem? - Sinto sua mão pousar em meu ombro e automaticamente me viro. Ele era alto, seus cabelos batiam na altura do ombro, usava roupas escuras... e carregava uma bengala na mão direita.
- Estou bem senhor. - Falo depois de avaliá-lo uma segunda vez.
- Não parece... - Ele se ajoelha e observando meu ferimento enrolando pelo lenço sujo de sangue.
-Venha... vamos limpar isso. -Ele se levanta e me guia a um simples e elegante restaurante do outro lado da rua.
- You should be more careful. -O rapaz que aparentava ter vinte e cinco anos, observa a garçonete encher a mesa de doces.
-I'm good, sir. -Falo novamente. Me encolhi na cadeira, e uma vez ou outra... olhava para a janela ao lado, com medo de encontrar meu pai a qualquer momento do lado de fora.
Depois que a garçonete limpou a ferida e colou um curativo improvisado, o rapaz deu uma gorjeta considerável a moça pela atenção extra.
- Não tem fome? -Ele volta a perguntar e eu abaixo a cabeça.
- Não agora senhor. -Observo a pequena mesa de madeira farta de doces.
- Me chame de Viktor pequena... Viktor Bartholy. -Ele sorri de lado fazendo uma simples reverência com a cabeça.
- Sou Rosalie Morgan, é um prazer conhecê-lo senhor. -Sorriu timidamente, e em seguida seguro a rosquinha coberta de açúcar, me apressando a dar uma pequena mordida.
- Obrigada Sr. Bartholy. - Começo a devorar o doce sem pensar duas vezes. Olhei para o local ao redor, éramos os únicos lá, o que achei estranho... pois esse restaurante costuma está sempre lotado. Ouso o típico som do sininho quando a porta se abriu, um aviso para os empregados se manterem alertas aos fregueses que entravam no lugar.
-Rosalie... -Olho para o S.r. Bartholy ao ouvir meu pai pronunciar meu nome, me levanto da cadeira e Viktor faz o mesmo.
- Dad ... what are you doing here? -Me viro encontrando meu pai acompanhado de mais dois membros do conselho. Eles se mantinham a uma distância razoável, mais meu corpo se estremeceu quando ele deu um passo à frente.
-Vamos para casa, todos estão lhe esperando. - Ele estendeu a mão para que eu o seguisse, mas eu sabia muito bem para onde ele iria. E não era para casa.
-Onde está a mamãe? Só vou contigo se me disser onde ela está. -Tento não vacilar a voz, mais pude perceber que ele estava a ponto de perder a paciência.
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(Viktor Bartholy) -Promessas sangrentas.
Vampire"O inferno está vazio e todos os demônios estão aqui." Da famosa peça (A Tempestade), quando Shakespeare disse isso ele certamente não sabia o que eu sei sobre demônios. Afinal, sei que vivo rodeada de seres sobrenaturais com integridade, honra e ve...