Será Que....? (JB)

4° Temporada 16° Capítulo

   — Deixe ele descansar, nós pensamos em tudo depois. Descansa também. — Jinyoung colocou a mão em meu ombro tirando minha atenção do que provavelmente tinha acontecido.  Concondei com a cabeça sem me mexer.

—  Vamos noona, Você precisa se desligar disso por algumas horas. — Yugyeom me puxou delicadamente. — Vamos para seu dormitório, amanhã você pensa nisso.

— Yugyeom. — Chamei ignorando seu sermão mas continuando a seguir seus passos.

— Hum?

— O que você acha que aconteceu?

  Eu tinha meus palpites e especulações mas eu precisava ouvir outra pessoa para ter certeza que não era coisa da minha cabeça.

— Bom, eu não tenho certeza... — Ele esfregou a nuca, e desconfortável.

— Me fala... — Disse sentido o nó se formar na minha garganta.

— Bom, além de nós, só duas pessoas o conhecem aqui então é mais provável que... — Sua voz falhou então ele forçou um sorriso. — Quero dizer, não acho que a mãe dele faria isso.

  Respirei fundo me esforçando para conter as lágrimas.

— Foi o que eu pensei também. — Falei evitando o olhar dele.

AUTORA P.O.V

  — Você tem certeza disso? Não acha que vai trazer muita confusão para ela?

   A mulher brincava com os próprios dedos apreensiva, a ideia de sua irmã era incerta e a deixava nervosa só de pensar.

— Eu já disse, eu preciso muito desse dinheiro. E vai ser só mais um boato, a verdade ia vir a tona de qualquer maneira.

  A morena falava friamente sem se importar nas consequências que isso traria para outros envolvidos.

— Isso vai acabar com a carreira dela... E a empresa pode sofrer muito também. Estamos prestes a debutar um novo grupo!

—  Eu sei, eu sei... Mas eu não tenho outra maneira de ganhar esse dinheiro é urgente, você sabe! Eu te dei a chance e você está tentando a mais de três meses, se você não está cansada dessa vida eu estou! — Ela esbravejou antes de sumir pelos corredores.

  A mais nova não sabia o que fazer, ela não concordava nada com a irmã, mas não sabia o que fazer para impedi-la.

MIN MISOO P.O.V

   Assim que acordei sentei na cama olhando para nenhum ponto específico pensando no que eu ia fazer, tudo que eu queria era jogar tudo para o alto e me aconchegar nas cobertas mas tinha muita coisa a ser resolvida, muita coisa para se preocupar...
   Falar com minha família sobre a gravidez, algo que eu estou adiando cada vez mais, marcar exames e o topo na lista de prioridades: Conversar com Lucas, tomar alguma medida perante a situação. Bom, antes eu pretendo entender a situação.
   Suspirei pronta para encarar a realidade.

— Céus... — Levei a mão até meu coração tentando me recuperar do susto. — Você tem que parar de ficar me observando sem eu saber.

— Eu estava preocupado, e não quis atrapalhar seus pensamentos. — Ele falou com o tom sereno de costume. Ele me observava calmamente como sempre transmitindo aquela enorme paz.

— Jaebum eu estou bem, não precisa se preocupar.

— Eu sei que você está tentando se convencer disso mas é muita coisa para lidar, eu queria poder tirar todo esse peso dos seus ombros. De verdade. — Ele acariciou meus ombros me olhando no fundo dos olhos.

— Você tem suas próprias preocupações para carregar. — Sorri para ele.

  Bati na porta do dormitório não conseguindo manter meu nervosismo dentro de mim.

— Bom dia. — Jinyoung deu um sorrisinho dando espaço para eu entrar.

— Ele ainda está dormindo. — Youngjae disse assim que entrei, concordei cruzando os braços.

— Vocês estão bem?— Perguntei por conta da situação toda.

— Estamos sim. — ele respondeu.

  Eu realmente agradecia por poder conhecer pessoas com o coração tão bom.

— Obrigada meninos.

(...)

  Lucas saiu do quarto se apoiando pelos cantos com dificuldades, levantei do sofá e fui até ele.

— Dormiu bem? — Perguntei pelo fato de parecer mais disposto e descançando. Ele sorriu concordando.

— Vem, come alguma coisa. — Bambam disse o ajudando a chegar até a mesa.

— Obrigado. — disse.

  Assim que ele parou de comer ele soltou um longo suspiro se virando para nossa direção.

— Eu acho que vocês merecem uma explicação. —

— Não precisa, se você não estiver confortável....

— Não, tudo bem. Eu acho que vocês já conseguiram imaginar o que aconteceu.

— Então.... — Comecei sem coragem para acabar a frase.

— Sim, foi nosso pai. Você sabe que ele não gosta muito do dever de criar seus filhos. — Ele deu um sorriso torto.

— Eu sei... — Comigo foi bem melhor é claro, já que ele se ocupava só com o trabalho e sua amante, não restava muito para fazer nessa questão.

— Não é a primeira vez que acontece. Minha mãe sempre me defende e ameaça ir embora mas ele nunca muda. O álcool deixa ele ainda mais agressivo.

— Por que vocês não vão embora? — Perguntei.

— Com o trabalho de professora no curso de idiomas minha mãe acha que não vai conseguir "me dar uma vida boa".

— Lucas isso é horrível.

— Eu não queria preocupar mais você, noona. Sua vida já é difícil demais para eu chegar aqui com tudo isso...

— Lucas, você realmente veio aqui para me conhecer ou para fugir de seu pai?