3° Temporada- 11° Cap

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— Eu dormi como uma pedra hoje, a primeira vez em dias...

  Joon se alongava no meio da sala enquanto fazia caretas, por fim relaxou os ombros e foi fazer seu precioso café que ele não deixava faltar nenhuma manhã.
  Sorri para ele, ainda sonolenta, e me sentei no sofá logo me levantando pelo toque do interfone.

— Senhorita Min? Uma mulher está aqui na portaria devo deixá-la subir?

  A mulher da recepção me perguntava através do aparelho.

— Qual é o nome da mulher?

Kim Yoon Hee.

  A voz suave e feminina da minha cunhadinha que eu mal conhecia saiu baixa no aparelho. Arregalei os olhos paralisada com o dedo ainda pressionando o botão do interfone.

— Seu nome é Kim Yoon Hee, devo deixá-la subir?... Alô? Senhorita?

— Só... Um momento.

  Tirei o dedo do botão com meus olhos querendo sair de suas órbitas.

— Se. Esconde.

  Encarei meu irmão fixamente que virou confuso.

— Entra no meu guarda-roupas, foge para Nárnia ou sei lá, tem essa opção mas você pode fazer o que eu tô falando desde o começo e encarar sua esposa.

— A Kim...?

— Isso mesmo, vou mandar ela subir. Têm alguns instantes para decidir o que fazer.

  Fui até o interfone e pedi para que a  deixassem subir. Eu acabei de voltar de um hospital nos Estados Unidos e tenho que lidar com mais essa!? Sinceramente... Joon andava de um lado para o outro com as mãos juntas encostada nos lábios. Leves batidas na porta o fizeram parar estaticamente. Até para bater na porta Yoon Hee era Delicada.
 
  Me virei para o mais velho e perguntei sussurando e pegando na maçaneta da porta para abri-la.

— Você está aqui ou não?

  Ele mostrou o polegar afirmando que eu poderia abrir sem o esconder.

— Ah... Olá Unnie.

  A cumprimento com uma breve curvatura. Ela sorriu e repetiu meu ato.
 
  Não consegui evitar a olhar de cima a baixo. Cabelos soltos e brilhantes estilo comercial de shampoo, sonho de toda mulher, saia justa branca com um blazer da mesma cor que cobria uma blusa amarela, colares e brincos em par com pedras caras e reluzentes, uma bolsa de alguma marca de sucesso e para completar saltos que provavelmente eram mais caros que minha antiga casa.

  Ela estava digna de alguma herdeira mesquinha de novela coreana, me esforcei para não deixar transparecer minha estranheza com tudo aquilo.

— Eu não sei se você sabe mas — Ela parou e respirou fundo. — O Joon... Ele meio que fugiu de casa.

  Ela riu como se o que tivesse falando fosse ridículo.

— Faz alguns meses que não sei onde ele está. Já viajei o Brasil inteiro, fui para a Veneza, Hong Kong e Tóquio e essa é minha última esperança...

  Ela parecia que iria chorar a qualquer momento, aquela figura de mulher elegante era só uma embalagem para uma pessoa frágil e que procurava desesperadamente por notícias do seu marido.

Será Que....? (JB)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora