Capítulo I

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Olá, desconhecidos! Bem vindos a essa jornada meio doida que vos apresentarei nesse livro. Espero que curtam e se divirtam bastante!

Esse capítulo eu dediquei para falar do começo de tudo. Tudinho mesmo. Sabe aquela explosão no espaço? Big Bang que fala, né? Esquece. Aqui você tem que mergulhar mais na imaginação.

Bom, existiam dois mundos. Niflheim, o mundo da névoa e da neblina, e Musphellheim, reino da chama que nunca se apaga (poético, não?), onde morava o gigante Lorde Surt e sua espada enorme, capaz de destruir mundos inteirinhos. Bem amigável. Ah, além deles, havia o Ginnungagap, mais conhecido como o grande vazio, um abismo infinito. Todos os citados percenciam ao famigerado Caos, "eterno" nadica de nada.

Daí, o cosmos decidiu que uniria esses dois mundos. Foi tipo a invenção da batata frita: vamos ver no que dá. E deu num troço chamado Ymir, um gigante tão grande que botaria os dinossauros do Jurassic Park no chinelo. Pensando bem, não foi uma comparação boa. E olha, ele não era bobo não, viu? Dormiu por eras e eras aquele danadinho.

Depois dessa loucura de fusão dragonballística, claro que não pararia por aí. Pensa no fogo do inferno. Melhor, pensa no calor do Brasil. Esse calor, vindo de Musphellheim, fez o gigante suar; desse suor, vieram os primeiros seres vivos do universo. De seu fedorento sovaco, foi escrito que vieram os primeiros anões. Coitadinhos. De suas pernas, vieram os primeiros gigantes do tamanho que são conhecidos: criaturas que seriam capazes de andar pelos mundos, e não esmagá-los (caso Ymir continuasse a viver).

 De suas pernas, vieram os primeiros gigantes do tamanho que são conhecidos: criaturas que seriam capazes de andar pelos mundos, e não esmagá-los (caso Ymir continuasse a viver)

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Do derretimento das calotas polares de Niflheim, surgiu a grande vaca primordial, Audhumla (sou só eu quem acho isso engraçado?), e de suas tetas, jorrava a papinha de Ymir. Eu sinceramente não consigo me imaginar tomando só leite puro por mais de 1 dia, quem dirá por eras e eras de existência. Mas eu dou o prêmio de sobrevivência pra essa vaca maravilhosa que, além de ter que alimentar um gigante maior que nosso mundo, ela se alimentava somente do gelinho salgado. O mais legal é que desse degelo gerado pelas lambidas dela que surgiu o primeiro deus, que se autodenominou Buri. E adivinha o que ele fez primeiro? Combater as ameaças terríveis que eram os gigantes. Tipo, você não nasce e chora, ou dá um espirro, ou faz uma careta. Você começa uma guerra.

Pulando pra próxima etapa da história, aparece essa figura icônica chamada Bor, filho do guerreiro incontrolável, que se casou com a giganta Bestla e teve três importantes deusinhos: Vili, Ve, e o famigerado Wotan, mais conhecido por Odin (aka. pior "Pai de Todos"). Assim que tiveram a primeira reunião de família, a cambada toda se juntou pra matar de vez o gigante primordial Ymir. Essa foi a gota d'água para estabelecer de vez a inimizade entre as raças.

Depois de derrotarem o gigante, Odin e sua patotinha usaram o cadáver para moldarem e construírem Midgard, ou para nós meros mortais, Terra. De sua carne, foi feita a terra; de seus ossos e dentes, as pedras e montanhas; e de seu sangue, os rios e mares. Detalhe: seu crânio teve um lugarzinho especial, tornando-se o céu do mundo, e seu cérebro se tornou nuvens. Deu a tarefa mais chata do universo para quatro anões sortudos, e fez com que eles segurassem o crânio, cada um posicionado em um ponto cardeal, para que este se mantivesse suspenso.

Daquele mundo das chamas eternas, que até agora estava esquecido no cantinho da vergonha, jorraram faíscas para o céu, criando assim o sol, a lua e as estrelas.

Depois da obra prima estar completa, o trio de irmãos remexeu as entranhas do gigante morto, e ali encontraram criaturas horrorosas e muito mal cheirosas. Eles os denominaram elfos negros, mas aqui os conhecemos como goblins, graças ao nosso deus Tolkien. E o que era de se esperar, aconteceu: deu um pé na bunda dos sujeitos e os fizeram morar no submundo. Os outros seres que surgiram dos restos do cadáver, parecendo criaturas mais amigáveis e adoráveis, foram chamadas de elfos da luz, e mandados para regiões mais amenas.

Um belo dia, Odin e seu trio da alegria, saltitando pelas orlas da Terra para observarem sua mais nova criação, eles encontraram dois troncos de árvores, e tiveram uma ideia: criariam os primeiros seres que habitariam aquele mundo tão lindinho. Infelizmente, eu achei os nomes deles um pouco nada criativos. Odin chamou a mulher de Embla (Olmo), e o homem de As (Freixo). O deus lhes deu a vida e o alento; Vili, a inteligência e os sentimentos; e Ve, os sentidos da visão e da audição.

Depois de olhar para Midgard e pensar "Aí sim! Muito melhor.", o deus percebeu que precisava de uma casa própria pra ele e sua família morarem. Daí veio a ideia de construir um dos mundos mais conhecidos quando se fala em mitologia nórdica, a eterna Asgard. Taí um lugarsinho bão pra se recostar.

𝐌𝐢𝐭𝐨𝐥𝐨𝐠𝐢𝐚 𝐍𝐨́𝐫𝐝𝐢𝐜𝐚 - contos e curiosidadesWhere stories live. Discover now