Capítulo 2

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- Então você vai mesmo deixar nossos ratos pelo grande quarto do senhor metaleiro ein? - Levy estava processa, ela odiava o grande Gajeel tanto quanto eu odiava o humano que havia me matado.

A referência aos ratos é pelo lugar do castelo que os junior reais moravam, era no subsolo, tinha ratos e qualquer tipo de bicho ali, as vezes nós tínhamos de limpar os musgos e enfins, a minha vantagem era que eu tinha facilidade com animais, isso era uma conquista já que todo e qualquer animal do castelo odiava os mestiços, Thanos era o cachorro dos cavaleiros, ele era menos que o Cerberus e tinha uma cabeça só, ainda sim era muito forte, ele amava ratos e bichos de esgoto, comia todos quando levávamos ele lá para baixo.

- Não! Não me lembra - ela enfiou a calça na sacola e fechou a coitadinha, até eu fiquei com dó do pedaço grande de pano.

- Outch, ele é mó bonito, com todos aqueles piercings e tatuagens - ela revirou os olhos.

- Você vai ver, vou estar sempre aqui, vou estar tão aqui que nem vão saber que me casei com ele - ela fez uma cara motivada e eu ri.

Estávamos quase dormindo quando bateram na porta, era Romeu, o filho do mensageiro.

- Primeiro, Levy, vou levar suas coisas aos aposentos reais e Lucy, está sendo convocada até a sala do Natsu-san - assenti.

Em um piscar de olhos eu estava na porta dele que abriu sozinha, entrei e ela se fechou, ele estava mexendo em alguns papéis, apontou para a cadeira. Vai achando que porque é demônio tudo é discórdia, os sangues puros que não colocam ordem para ver se os demônios de um nível muito abaixo de nós não inicia uma guerra entre os céus e o inferno, eles são criaturas nojentas e feias, alguns chegam ser assustadores, morrem fácil, mas ainda sim são pragas que o pecado humano alimenta. Eu me sentei e enfim ele olhou para mim.

- Me evitou por cinco anos morando no mesmo castelo que eu, sabe disso, não é? - assenti - Eu poderia te castigar agora mesmo - em segundos ele estava apertando meu pescoço, próximo como nunca de mim.

- Poderia, mas não vai, porque está com pressa - falei assim que ele desapertou meu pescoço e eu suspirei aliviada.

- Uma hora, Lucy, uma hora você não vai mais poder correr e vai se arrepender tanto por isso - ele pegou uma folha e me entregou, nela logo apareceu o rosto de um homem velho.

- Ele fez um pacto há 10 anos atrás, hoje termina seu contrato, traga ele da pior forma possível - olhei para ele de forma sugestiva - Matou a mulher e filho quando eles tentaram fugir dele - arregalei os olhos, crianças eram como anjos, eles não tinham pecado, cabia há nós fazer justiça já que os anjos não matam.

Quando você queimava o papel isso te levava até o lugar em que seu trabalho estava, Natsu o fez antes que eu saísse de perto, isso me levaria ali assim que acabasse e deixasse a alma no cemitério, lá era a pior parte do inferno, era onde sua alma realmente queimava e você apodrecia, era onde as criaturas invernais nojentas asquerosas viviam.

Eu estava em uma cidadezinha no interior da Itália, ele estava preso, o pacto era pra que ele nunca fosse preso, não avisaram ele que 10 anos mais tarde isso acabaria, ele foi descoberto e agora estava na delegacia, pronto para ser levado. O corredor era extenso e tinha várias pessoas ali, todos os sexos juntos e misturados, muita falta de ética, eu passei a minha unha grande por grande até chegar na cela dele, onde o mesmo olhava assustado para mim.

- Quem é você? - ele perguntou e eu sorri - Oque está fazendo aqui? Não podem entrar aqui sem autorização! - um preso que dormia ao seu lado tacou um travesseiro nele e mandou logo calar a boca - Mas tem uma mulher aqui! Ela está, eu estou vendo ela! - gritou.

Um piscar de olhos e eu estava dentro de sua cela, ele arregalou os olhos.

- Eu estou drogado? Estou vendo coisas? - neguei - Então quem é você!? - ele me olhava assustado, os presos começavam acordar e olhar para ele com raiva.

- Você matou sua mulher e filho? - ele negou - Não mesmo? - perguntei novamente e apertei meus dedos contra sua cabeça.

Ele começou gritar, as memórias fluiam dentro de mim, também ficavam mais fortes dentro dele, se você se arrepende, já não é mais trabalho de um demônio, antes que ele se arrependesse eu apertei seu pescoço, sua mão foi levada até a minha e minhas unhas sendo enfiadas cada vez mais fundo fez parecer que ele estava enfiando os próprios dedos dentro de seu próprio pescoço. Junto com a minha mão eu puxei sua alma, ela era fria e não tinha nenhum requisito de luta, soube por um soldado que está sempre fazendo esse tipo de trabalhos, o nome dele é Jellal, que algumas almas relutam de forma intensa, isso fazia delas quentes.

Após passar os grandes portões do inferno com ela, deixei a mesma cair sobre uma agulha e logo as criaturas vieram para pegá-lo, eu fique lá de cima olhando tudo, a forma como ele gritava, isso me assustava um pouco, mas eu deveria me acostumar.

- Você não se acostuma - olhei assustada para trás e os gêmeos carregavam duas almas cada um, quem havia falado comigo era o moreno, Rogue.

- Como sabia o que eu pensava? - perguntei e ele sorriu.

- Você está fazendo o mesmo passo dos iniciantes, ficar olhando para a alma sendo devorada - Sting comentou e eu sorri de forma amigável - Eu fiquei do mesmo jeito, sabia? Rogue não, ele simplesmente tacou a primeira alma dele e deu as costas - deu de ombro - Não é atoa que ele e o Natsu viviam disputando o número de almas - comentou e passou o braço pelo meu ombro me fazendo virar e olhar para o moreno que nos encarava como se fosse matar o loiro.

- Não é, Natsu? - olhei para eles que acenaram e antes que eu pudesse fazer algo já estava frente há frente com o rosado que me olhava bravo.

- Eu te mando para uma missão e você fica batendo papinho com os gêmeos? - perguntou bravo, outch, homem louco.

- Foi o que pareceu - antes que ele falasse algo eu dei as costas e caminhei para meu ninho.

Entre a terra e o infernoحيث تعيش القصص. اكتشف الآن