V

500 37 4
                                    

   Abri meus olhos e imediatamente fechei tem uma luz muito brilhante nesta sala. Espere, onde diabos eu estava? Voltei a pensar no que me lembrava de ter acontecido. Fechando a lanchonete, caminhando para casa, tiros e -Oh sim, eu fui baleado. Bem, merda, devo estar no hospital. Mas como eu cheguei aqui? 

   Eu tentei reabrir meus olhos lentamente e permiti que se adaptasem a luz quarto. Senti uma dor de cabeça se aproximando e meu ombro doía como um inferno. Levar um tiro não é brincadeira, foi por isso que me esforcei tanto para ficar longe das tretas das gangs. Nunca fui baleado antes, e com certeza não quero ser baleado de novo. 

   Eu estava puta. Estava a pensar na minha vida, literalmente não tinha razão nenhuma para levar um tiro. Foi sem sentido, eu nem acho que aqueles idiotas tinham uma razão para atirar, mas eles fizeram. Eu sabia que não podia fazer nada, mas ainda estava furiosa.

  - Dr. Jones, ela está acordada.-  Ouvi alguém dizer.

   Olhei ao redor da sala para a pessoa que fala, e franzi a testa quando meus olhos pousaram  em uma senhora.

  - Como eu cheguei aqui? - Perguntei com voz rouca.

  - Você chegou  ontem à noite. Um pouco depois da meia-noite. - Ela me informou.

   Eu olhei para o teto, eu queria saber quem me encontrou. Eu estava escondido em um beco, afinal de contas.

  - A minha mãe está aqui? -  Perguntei quando uma outra mulher entrou na sala, seguido pelo que eu presumi que era o médico. Esta outra garota estava vestida de forma diferente, porém, em vez do casaco branco de costume, ela estava usando um terno de poder. Hmm. Se ela estava aqui para obter informações sobre o tiroteio, eu não poderia ajudar muito. Tudo que sei é que eles estavam dirigindo um SUV preto e atirando sem nenhuma razão. 

  - Eu estou aqui para falar com você.- A senhora declarou enquanto se aproximava de mim. Levantei uma sobrancelha e inclinei a cabeça para ela. 

   Eu a encarei enquanto esperava que ela começasse a explicar. Ela limpou a garganta e estendeu a mão para mim.

  - Antes de continuarmos,eu quero me apresentar eu sou a detetive Wilson da União de detetives. Tenho trabalhado no seu caso nos últimos dez anos.

  -  Meu o quê? - De que diabos ela estava falando? 

   Percebendo que eu não ia apertar a mão dela, a detetive Wilson a  abaixou e me olhou cautelosamente. Bem, merda, isso não me fez sentir melhor.

  - Senhorita Beckham...

  - Uh, meu sobrenome é johnson - Eu  rapidamente a corrigi. Quem diabos é a Srta. Beckham? 

   Detetive Wilson me olhou estranho.

  - O-Kay - ela suspirou e tomou um assento na cadeira ao lado da minha cama. Eu Franzi a testa. Por que ela tinha que chegar tão perto? Não a conheço assim.

- Querida, com quem você tem vivido nos últimos Dez anos? -  Ela perguntou. Que tipo de pergunta era essa?

  - Com meus pais mas somente com minha mãe nos últimos messes  -  Eu disse como se fosse óbvio. Quero dizer, com quem mais eu estaria morando?

   Detetive Wilson parecia um pouco surpreso, mas no entanto acenou com a cabeça e puxou um bloco de notas.

  - E qual é o nome de sua mãe e do seu pai ?

  - O que você está escrevendo? - Eu não vou  responder as perguntas dela até que alguém me diga oque esta acontecendo. 

  - Qual é o nome da sua mãe? -  Detetive Wilson repetiu, olhando para mim com expectativa. 

  - O que você está escrevendo? - Eu retaliei. Sim, eu estava desafiando-a. Eu não respondia as perguntas dela até ela responder a minha. 

   A detective Wilson pôs-lhe o bloco de notas no colo e olhou para mim. Eu podia dizer que ela estava frustrada, mas eu não me importava. Eu também estava frustrado.

  - Eu vou explicar uma coisa para você,senhorita Johnson, e eu preciso de você para ouvir atentamente. Você-

  - Você pode apenas me chamar de Morrigan? -   Eu perguntei. Srta. Johnson parecia tão formal, ninguém me chamava assim. Era como  as pessoas chamavam à minha mãe. 

  - Isso a deixaria mais confortável? - Eu concordei. - OK. Morrigan, eu vou explicar uma coisa para você, e eu preciso que você me ouça atentamente antes de interromper.

  - Hum, ok.

   Detetive Wilson acenou com a cabeça.

  - Eu suponho que sua mãe é a Senhora Johnson? -  Ela perguntou. 

  - Sim.

   Ela acenou com a cabeça novamente.

  - Quando você foi trazido, eles tiveram que olhar  seus arquivos para verificar o seu tipo sanguíneo. Você precisava de uma transfusão de sangue, devido à quantidade que perdeu do ferimento de bala.- Eu concordei - O problema era que você não tinha arquivos.

  - O que está havendo? -  Pedi desesperadamente a detective Wilson. Ela estava falando de arquivos antes de eu interromper, então precisávamos voltar a isso. 

  - A Sra. Johnson não é sua mãe. - Detetive Wilson  declarou sem rodeios. Meus olhos quase caíram da minha cabeça.

  - Oque você está falando? - Quase gritei.

    Esta mulher não pode simplesmente entrar aqui e dizer-me quem é a minha mãe ou não.

  - Ela não é sua mãe verdadeira. - Detetive Wilson repetiu. -  Deixe-me explicar-  disse ela rapidamente antes que eu pudesse estalar para ela novamente.

  - Onze anos atrás eu fui colocado em um caso depois de receber um relatório confidencial de pessoas desaparecidas. Uma menina de três anos de idade foi tomada de uma festa de aniversário que estáva sendo realizada no Central Park, em Nova York. O relatório chegou às quatro horas, exatamente vinte minutos depois de perceber que a menina tinha ido embora. Não havia filmagens, nem testemunhas, nem nada. Foi provavelmente o caso mais difícil que eu já estive. Já se passaram dez anos quase onze, mas os pais nunca perderam a esperança. Estamos trabalhando ativamente por todo esse tempo para encontrar aquela garotinha, e até agora, eu tinha certeza que ela estava morta.

  - E você está me dizendo isso porque...?

   Detetive Wilson suspirou e descansou a mão no meu braço. Eu olhei para ele, mas ela não se mexeu. Ela está a segurá-la

  - Então é que...querida você é a garotinha.

Finding CarterWhere stories live. Discover now