21

1.3K 116 48
                                    

bom dia, pocs.

eu queria segurar esse capítulo até sexta-feira, mas não aguentei.

estamos com 4k. e eu agradeço de mais vcs, bebês  👉💗

boa leitura.

....

Pedi a Alejandro que assinasse o bilhete para que autorize a minha ida à viajem. Ele o fez rapidamente, e incrivelmente me deu uma grana. Quase não aceitei mas precisava para comprar comida e não ficar com fome nesses dois dias de passeio.

Depois de jantar eu subi para o meu quarto me livrando das roupas e correndo para um banho longo e relaxante. Depois de colocar meu pijama eu me deitei na cama macia, pela primeira vez do dia eu peguei meu celular. Levei um pequeno susto ao notar milhares de ligações perdidas e mensagens também.

A maioria de Sinuhe, revirei os olhos, quem vê pensaria até que ela se preocupava comigo. E por minha grande surpresa as outras eram de Michelle. Resolvi olhar as mensagens, algumas de Hailee e por último que me fez ficar ansiosa, Michelle havia mandado também. Sem nem pensar cliquei para abrir, porém antes mesmo de ler o celular toca.

"Quem?"

"Não acredito que apagou meu contato." a voz rouca soou chateada. Queria pular de felicidade por ela ter ligado.

"Sua boba, é claro que não. Eu, uh... atendi sem nem mesmo ver quem era."

"Sei.." ficamos na linha por alguns minutos sem dizer nenhuma palavra. Resolvi acabar com o silêncio, mas parece que ela também resolveu, só que ao mesmo tempo.

"Estou com saudades." nós dissemos juntas, mesmo acanhada por dizer eu sorri quando soube que ela sentia o mesmo.

"Esta com tanta saudades que nem mesmo foi me ver hoje, pois saiba que eu fiquei chateada."

"Me perdoe, tive que resolver uns problemas."

"Tudo bem, não se preocupe."

"Você esta bem?"

"Agora estou melhor." soltei uma risadinha.

"Besta." mas ela também riu.

"Esta sabendo sobre a viagem?"

"Sim, parece ser um programa legal. Nos disseram hoje, todos os professores ficaram surpresos, soube que isso não é de se ocorrer, não é?"

"Sim, essa viagem foi bem inusitada. Nesse colégio jamais aconteceu, deve ser por isso a surpresa."

"Você irá?"

"Sim, acho que pode ser legal ir..."

"Que ótimo, Camz! Espero que eu possa ir também, só poderão ir alguns professores."

"Que pena, se você conseguir ir seria melhor."

"É? Por que, hmn?" disse sugestiva. Sorri.

"O que?" me fingi de desentendida.

"Você disse que com a minha companhia seria melhor."

"Eu? Não me lembro de dizer isso."

"Talvez eu esteja ficando louca. Mas já que não se importa, acredito que minha presença lá não seria importante, nem estou no clima também." ela disse desleixada.

"Nem pense nisso, eu posso te fazer se sentir importante em um só minuto." fiquei surpresa pelas minhas palavras, mas não menti.

"Hmm." estava imaginando o seu sorriso agora.

"Esta tarde, preciso dormir, Michelleee!" eu disse bocejando. Eu queria falar mais com ela porém eu poderia dormir e lhe deixar falando sozinha.

"Ok, vou te deixar em paz."

"Sua boba."

"Sua boba." ela me imitou.

Sorri quando ela desligou, quando foi que ela ficou tão besta? 

...

A viagem seria daqui a uma semana. Logo depois seria o fim das aulas. Não pude ficar mais aliviada, bem.. um pouco triste pois não poderia usar a sala de pinturas. Porém ainda tinha o meu cavalete e algumas telas no meu quarto. Me reconfortava. Logo seria o meu ultimo ano, e num piscar de olhos tudo passaria.

Os dias foram passando rápidos, para o meu contentamento, estava ansiosa para a viagem. Michelle depois daquele dia não deixou de ir me encontrar enquanto eu pintava, chegava sorrateiramente, sentava-se e começava ler o seu livro. Sempre descobria a sua presença quando seu perfume chegava até mim. 

Depois que de finalizar eu me sentava a seu lado, minha parte favorita do dia e lhe fitava, seu rosto concentrado na leitura. Sempre com o cenho franzido, suas reações à leitura eram adoráveis.

Eu não era de me expressar muito com as palavras com Michelle. Mas eu espero que no fundo ela reconheça todos os meus sinais, esses que eu não faço a mínima idéia do que seja. Se fosse tão fácil como nos livros... eles esqueceram de me ensinar exatamente a definição de cada sentimento que explode e corre por minhas veias.

Mas graças a eles eu consigo captar. Eu sei que pequenos atos que isso significa algo a mais. Mas com palavras tudo parece demasiadamente difícil. 

E diálogos são necessariamente importantes. 

Por ora tento não me preocupar com eles. 

Eu converso algumas noites sobre ela com a lua, o quanto me sinto insegura as vezes mas também sobre como os seus olhos são tão brilhantes, expressivos que me fazem ansiar para mergulhar neles; no quanto o seu sorriso me aquece e me faz sorrir com os seus dentinhos fofos. Eu pedi à lua que por favor me dissesse caso ela fale coisas para ela também.

Sorri com esse pensamento bobo. 

Desejo que eu também seja os últimos pensamentos que ela têm quando fecha os olhos. Porém quero expulsar isso, não quero ter expectativas.

Deus, por que eu fui me meter nisso. E o que necessariamente seria "nisso"?

Não estava mais suportando meus pensamentos, até vim diretamente para casa quando as aulas acabaram. Depois de dias que eu logo ia pintar. Agora me encontrava a ponto de explodir. Resolvi sair pelas ruas, ainda era cedo de mais, nem perto dos meus pais chegarem.

Usava várias blusas de frio, uma calça bem grossa e botas pretas, uma toca. Acho que exagerei, eu devo estar parecendo uma bolinha de pêlos.

"Ui." eu disse só para ver a fumaça saindo dos meus lábios. 

Vamos Karla Camila!

Eu sou realmente doida.

Moro aqui desde sempre, uma cidade pequena e se eu disser que depois de anos indo e vindo da biblioteca só descobri há alguns meses uma cafeteria que praticamente fica de frente com ela seria surpreendente. Então o que mais tem aqui de encantador para ser descoberto? Eu só saberia explorando.

Esfreguei  minhas mãos umas nas outras para me aquecer nem que seja um pouco. Depois de finalmente me distanciar da minha casa eu escolhi qualquer rua aleatória para caminhar. Esta eu nunca havia passado.

Haviam casas muito bonitas, sempre com jardins bem cuidados. Sem muita gente na rua agora, certamente preferiam ficar nos aconchegos de suas camas a ficar na rua.

Depois de caminhar por algumas horas olhando atentamente cada detalhes de tudo que no dia a dia parece tão insignificante... vejo que ficaram tão apreciáveis. Foi quando eu percebi que me encontrava na parte extrema da cidade, por ali realmente eu nem havia chegado perto, não deixa de ser bonito as ruas repletas de grandes árvores e tudo tão silencioso, apenas com os sons dos pássaros. Bem... se não fosse apenas por o som um pouco distante de uma certa batida, uma música americana. Me levei mais perto de onde vinha. Quem faz uma festa as cinco da tarde?

Era o que eu penso em descobrir.

...

o que acham desses capítulos pequenos???

bye

agora eu apareço só ano que vem



Reasons to StayWhere stories live. Discover now