Capítulo 33

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Tom e eu nos despedimos brevemente de Halima e Labib com um aceno antes que as portas do nosso vagão fechassem e eles prosseguissem viagem. De repente eramos só nós dois naquela estação e, pela primeira vez, nós não nos preocupávamos em nos escondermos em Londres. Saímos pela rua nos permitindo andar com as mãos dadas e essa sensação por si só já era libertadora. A última vez que havíamos sentido sensação parecida foi quando saímos juntos de madrugada em Paris, e aquela noite ainda figura como uma das mais felizes da minha vida. E a sensação de agora... bem... era estranha. Boa, porém estranha. Quer dizer, eu saí de casa essa noite depois de uma conversa com a minha melhor amiga sobre seguir a vida bem depois de um coração partido e eu estava voltando para casa de mãos dadas com o homem que eu amo. E sem medo de dizer isso. E sem medo de andar ao lado dele. E sem medo de ter alguém no nosso caminho. Porque o nosso caminho finalmente estava livre... Era como se houvesse sido tirado um peso de nossas costas, era como se nós finalmente estivéssemos prontos um para o outro. E eu não conseguia parar de sorrir enquanto caminhava pela rua do nosso prédio, de mãos dadas com Tom e no mais confortável silêncio que tive em tempos.

Ainda de mãos dadas e assim que chegamos no hall de entrada do nosso prédio, instintivamente sigo em direção à escada que levaria ao meu apartamento e Tom segue em frente em direção ao seu. Quando nossos braços não tinham como se esticarem mais, nos demos conta, depois de algumas risadas, que teríamos que decidir para onde iríamos.

- Lá em casa é mais silencioso... - sussurrei, intercalando minhas palavras com selinhos suaves e carinhosos nos lábios de Tom.

- Mas a minha casa é logo aqui em frente... - retrucou Tom, com a voz rouca, enquanto enrolava uma mecha do meu cabelo em seu indicador.

- Minhas roupas estão todas lá em cima! - tento argumentar, fazendo olhos pidões.

- E quem disse que você vai precisar delas? - ele pergunta, retoricamente, enquanto envolve seus braços na minha cintura e ergue meu corpo a alguns centímetros do chão, carregando-me em direção à sua porta.

Tom realmente tinha um ponto válido.

Envolvo minhas pernas em seu tronco deixo que ele me carregue adiante enquanto trato de beijar seu pescoço alternando com mordidas leves em sua orelha. Logo ouço a porta do apartamento de Tom fechar e em uma fração de segundos depois minhas costas eram pressionadas contra ela. Enquanto nos beijávamos ávidamente, deixo escorregar pelos meus ombros a minha bolsa até que ela caísse no chão e ouço o tilintar das chaves de Tom sendo arremessadas em direção ao aparador próximo à sua porta. Suas mãos desciam desde o meu pescoço, passeando pelas minhas costas, escorregando pelos meus quadris até que ambas parassem na minha bunda, segurando-a e arrebitando-a com firmeza, me fazendo suspirar.

Ainda de olhos fechados, anseio por redescobrir cada centímetro do corpo de Tom e, com as pontas dos meus dedos, percorro seu abdômen, suas costelas, seu peitoral e, finalmente, suas costas por baixo de sua camiseta, até que conseguisse altura o suficiente para levantá-la e tirá-la de seu corpo. Tom repete o ritual, contornando com seus dedos minha barriga, minha cintura e minhas costas por baixo da minha blusa até que conseguisse tirá-la, selando com beijos e mordidas do meu pescoço à minha clavícula. Nossos troncos finalmente se encontraram sem que houvesse mais nenhum tecido entre nós, exceto pelo meu sutiã.

Sentir a pele quente de Tom em contato com a minha parecia gerar faíscas que não apenas nos faziam suar como também me trouxeram a urgência de querer mais e mais de seu corpo. Assim, achei por bem guiá-lo em direção ao seu quarto sem que tirasse meus lábios dos seus, puxando-o pela sua nuca com uma das minhas mãos e com a outra tateava ao meu redor, enquanto andava de costas.

- Mhmm... p-peraí Cecília! - Tom tentava soltar seus lábios dos meus e se desvencilhar dos meus braços, sem muito sucesso.

O ardor era tamanho que antes mesmo que eu pudesse chegar a qualquer lugar, eu sequer me preocupei em checar o ambiente à minha volta e isso cobrou o seu preço: sem qualquer aviso, sinto minhas costas baterem contra uma torre de caixas maior do que a minha própria altura, de modo que não apenas tropecei e caí com tudo no chão, como também algumas caixas caíram sobre mim. A sorte era que todas pareciam bem leves. E ali estava eu, largada no chão, confusa, frustrada e com fogo no rabo. Eu podia ver Tom tentando a todo custo não rir.

Waiting at your doorstep | Tom HollandWhere stories live. Discover now