Uma Rota Para Felicidade

Capítulo Dezesseis ♡

Tainá

Não estava acreditando no que ele estava me perguntando, mas não podia ficar calada, porque quem cala consente.

T A I N Á

— O Alexandre. -parei na frente dele.

M A R C E L O

— Aquele fraldinha? Me poupe Tainá, aquele ali é muito gay, tem nem capacidade de engravidar ninguém não! -disse ele rindo.

T A I N Á

— E você tem né machão? Não me faça rir.

M A R C E L O

— Tenho tanto que não precisamos ir para cama muitas vezes para você engravidar! -disse rindo

Senti minhas bochechas ficarem vermelhas de vergonha, tenho certeza que estava vermelha. Comecei a pegar minhas roupas do quarto, não queria dormir ali nem morta.

M A R C E L O

— Onde você vai? -disse ele sem me olhar.

T A I N Á

— Para bem longe de você.

Ele começou a retirar a blusa.

T A I N Á

— Ou pode ir parando por aí, eu ainda estou aqui. -disse num tom um pouco alterado.

M A R C E L O

— Para de drama, não é a primeira vez que você me vê assim sem blusa, se quiser trocar de roupa eu viro de costas, apesar que não vai fazer muita diferença!

T A I N Á

— Oi? -disse sem entender.

M A R C E L O

— Tainá eu lembro de cada curvatura sua, lembro de tudo, e provavelmente você se lembra das minhas também.

Fiquei totalmente corada, é uma merda o poder que o Marcelo ainda tem sobre mim. Tentei ignorar o fato de ter ele sem camisa perto de mim, continuei pegando minhas coisas e me retirei do quarto, indo em direção ao quarto ao lado.

A noite se passou e eu não consegui dormir, observei a Vitória a noite praticamente inteira, me levantei bem cedo, não tinha razão de ficar deitada se não ia dormir mesmo, fui ao banheiro, tomei um banho, coloquei uma roupa bem simples e confortável, fiz um coque no topo da cabeça e não passei nada no rosto.
Peguei a Vitória e coloquei ela na cadeirinha de alimentação, comecei a dar comida para ela, que mais brincava do que comia.

Marcelo

Me levantei com a cara toda amassada, fui na cozinha beber água, eu sei que é estranho acordar cedo e sentir sede mas fazer o que. Passei na porta da cozinha e me deparo com uma cena muito linda, a Tainá de vestido bem frouxo, com um coque na cabeça, com o rosto natural e brincando enquanto alimentava nossa filha.

Aquela cena fez eu me arrepender amargamente sobre o que eu fiz, realmente não me importaria de acordar todos os dias e ver isso. Me sentei a mesa e fui completamente ignorado, logo depois a dona Tânia sentou junto conosco.

T A I N Á

— Bença vó.

T Â N I A

— Deus te abençoe.

M A R C E L O

— Bença.

T Â I N A