Capítulo Quinze ♡

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Marcelo (depois do shopping)

Tinha procurado um advogado para saber o que fazer, foi aconselhado que procurasse fazer o teste, mas para isso eu teria que ter a autorização da Tainá, que não estava nem aí, iria fazer o teste por bem ou por mal. Cheguei na casa dela mas ela havia sumido, a porta estava aberta mas não havia ninguém ali, olhei para os quadros da parede e tinha o ensaio fotográfico dela durante a gravidez, é impressionante que até grávida a maldita fica bonita, olhei para cima da estante e me deparo com um bilhete.

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Mãe não sei se vou conseguir entrar em contato com a senhora mas saiba que eu estou bem, vou passar essa semana na casa dos meu avós, preciso de um tempo para esfriar a cabeça.
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Sem pensar muito volto para casa, pego umas mudas de roupas, enfio no carro e pego a estrada, já tinha frequentado a casa dos avós dela muitas vezes então sabia muito bem o caminho. Depois de muito tempo chego e estaciono meu carro um pouco longe da casa, vou em direção ao casarão, me deparo com uma certa conversa.

T Â N I A

— Tá me escutando Tainá? Cadê o seu marido Marcelo?

T A I N Á

Então vó... É o seguinte... Eu e o Marcelo...

M A R C E L O

Bença vó, oi meu amor, espero não ter demorado muito.

T Â N I A

Deus te abençoe meu filho, senta aqui com a gente.

Tainá

Não estava acreditando no que estava acontecendo, no começo fiquei muito assustada, mas tive que entrar no personagem, porque aliás minha avó era das antigas não iria gostar nem um pouco de saber a verdade. Olhei seriamente para o Marcelo que me encarava sorrindo.

T Â N I A

Marcelo sua filha é sua cara.

Bati a mão na testa em sinal de ter dado merda.

M A R C E L O

MINHA FILHA é realmente minha cara.

Fiquei tão nervosa que não conseguia me manifestar.

T Â N I A

Não sei se perceberam mas já são uma da manhã, vou arrumar um quarto para vocês.

M A R C E L O

Tudo bem, deixa eu te ajudar meu amor, me dá a nossa filha. -olhei para ele com uma cara nada boa, e não entreguei minha filha.

Quem me conhece bem saberia que eu queria voar na cara dele e dar tanto tapa, mas tive que me conter, pelo menos por enquanto, segui minha vó enquanto segurava a Vitória dormindo nos meus braços, ela nos deixou em um quarto de casal. Coloquei a Vitória na cama do quarto ao lado.

M A R C E L O

Você achou que iria me esconder isso por muito tempo?

T A I N Á

Ela não é sua filha.

M A R C E L O

A até parece que acredito.

T A I N Á

Você acha que só eu que era corna?

M A R C E L O

Você não seria capaz! -olhei para ele com cara de deboche.
Seria?

T A I N Á

Talvez você não tenha sido homem para mim, as vezes temos que procurar na rua o que não recebemos em casa né. -disse na maior naturalidade.

M A R C E L O

Tem como você parar de ser criança?

T A I N Á

É a mesma coisa de pedir para você de ser moleque!

M A R C E L O

— Engraçado que era do moleque aqui que você gostava, então não cuspa no prato que você adorou comer, tanto que queria até se casar. -dei uma gargalhada em resposta ao seu comentário.

T A I N Á

Você realmente acha que eu gostava de você? Nunca fui mulher pra você. -disse no meu tom de deboche.

Rapidamente ele me direcionou a parede e segurou minhas mãos no alto da minha cabeça.

M A R C E L O

Você tem certeza disso Tainá? Tem certeza que não me deseja assim como eu. -disse num tom rouco perto do meu ouvido.

T A I N Á

Absoluta! -disse tentando parecer ter certeza.

Ele roçou nossas bocas com muita delicadeza, que até senti um certo carinho nos lábios, rapidamente virei a cabeça para o lado em resposta do seu ato.

M A R C E L O

Beleza então Tainá, quero saber sobre minha filha. -disse me soltando.

T A I N Á

ELA NÃO É TUA FILHA. -disse já sem paciência.

M A R C E L O

Fala baixo doida, quer que a sua vó escute. Sobre a menina só vou me convencer quando tiver o teste de DNA nas minhas mãos.

T A I N Á

Deus me dá paciência, eu te imploro, faz essa anta cair na real que a filha não é dele, ele acha que eu sou uma santa e não me deitei com outro homem além dele, homem é um bicho burro mesmo.

M A R C E L O

Como a menina não é minha filha, ela se parece demais comigo!

T A I N Á

Ela se parece comigo seu idiota.

M A R C E L O

Tem como você parar de usar esses insultos em mim? Você não usava esses palavreados.

T A I N Á

Vai pro inferno...

M A R C E L O

Olha as palavras, sua filha tá no quarto ao lado.

T A I N Á

Bem lembrado, MINHA FILHA!

Ele se sentou na cama, e abaixou a cabeça, fiquei totalmente sem reação, estava muito nervosa com tal situação, não imaginava que isso aconteceria, na minha cabeça eu iria viver minha vida numa boa, e ninguém iria saber da Vitória.

M A R C E L O

Qual é o nome da MINHA FILHA? -já fiquei nervosa.

T A I N Á

Sua filha não tem nome, porque aliás ela nem existe!

M A R C E L O

Para de testar minha paciência.

T A I N Á

Você não é o pai dela, que inferno, vai viver sua vida, e me deixa em paz.

M A R C E L O

Então quem o pai dela se não sou eu Tainá? Fala logo pô, minha paciência contigo já foi embora a muito tempo...

Uma Rota Para Felicidade Where stories live. Discover now