Capítulo Quatro ♡

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Tainá (3 meses depois)

Para quem acha que o mundo se baseia em contos de fadas, sinto muito em te decepcionar, durante esse pouco tempo percebi que tudo é passageiro e nada é para sempre, infelizmente tive que aprender dá pior forma possível que nada é como a gente sonha, que o mundo é cruel e se não levantarmos todos vão passar por cima de você sem dó, eu não tenho mais o que chorar, em pouco tempo aprendi o que eu nunca tinha aprendido em 19 anos. As meninas que diziam ser minhas amigas sumiram, só me restaram algumas, me propus há seguir minha vida sem olhar para trás, mas eu sei muito bem que não vai ser algo fácil.

Desde então tenho vivido procurando o que é melhor para mim e minha filha. O tempo tem me ensinado crescer e saber encarar situações, nesse exato momento me identifico com a escritora Cecília Meireles que cita a seguinte frase.

"Aprendi com as primaveras a deixa-me cortar e voltar sempre inteira."

Marcelo

O tempo tem se passado, e ultimamente não estou tendo tempo para quase nada, tenho que trabalhar para pagar as contas de água, energia, aluguel e faculdade, tenho arcado com uma responsabilidade enorme, não quero depender do meu pai para um centavo.

Tenho conseguido estabelecer um contato maior com a minha família, meu pai continua do mesmo jeito, ele até fala comigo mas com seu jeito bruto de ser, ainda estou com a Fabíola apesar de não nos comunicarmos muito, tenho descobrido coisas sobre ela que não tem me agradado muito...

(6 meses depois)

Tainá

Estava dormindo até sentir um líquido quente vazar por debaixo das minhas pernas.

T A I N Á

— Puta que pariu, minha bolsa!

Liguei para a Luana tentando manter a minha calma.

Ligação

L U A N A

— Isso é hora de ligar rapariga? São duas da madrugada.

T A I N Á

— Olha aqui sua quenga, EU TÔ QUASE PARINDO, e você tá preocupada com a hora ? -disse procurando uma roupa no guarda roupa.

L U A N A

— CALMA TAINÁ, tô saindo de casa, já chego aí.

T A I N Á

— Aproveita e já avisa para minha mãe.

Sai às pressas para tomar um banho, vai que essa menina não espera e escapole, vesti uma roupa, peguei a mala de maternidade e desci do prédio, Luana já me esperava na portaria.

L U A N A

— Já avisei para nossa mãe, ela está a caminho.

Entrei no carro e fomos em direção a maternidade, chegando lá fomos a recepção.

T A I N Á

— Moça eu tô em trabalho de parto!

E N F E R M E I R A

— Temos que fazer sua fixa, por favor sua identidade.

T A I N Á

— Moça minha filha vai nascer. -disse já nervosa

E N F E R M E I R A

— Calma senhorita, não é bem assim, tem mulheres que ficam 10 hrs em trabalho de parto, sua filha não vai nascer agora.

Olhei para ela com um olhar de desespero.

Moça como assim? Eu tô morrendo de dores e contrações e vc vem me falar que eu não vou ter meu bebê ainda. -meu subconsciente falando.

Fiz assim como ela me pediu, logo fui encaminhada para sala de parto.

T A I N Á

— Luana cadê a minha mãe? Eu quero ela aqui comigo!

L U A N A

— Ela disse que tá chegando, segura essa menina.

T A I N Á

— Aham, vou fazer isso, vai que ela me obedece.

Minha mãe chegou as pressas, depois de alguns minutos comecei a dilatar e sentir as dores do parto, a minha princesa veio ao mundo exatamente as 02:53 da manhã.

Minha mãe chegou as pressas, depois de alguns minutos comecei a dilatar e sentir as dores do parto, a minha princesa veio ao mundo exatamente as 02:53 da manhã

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A enfermeira levou ela para o banho e logo a trouxe de volta para mim,me ensinou a amamentar e depois eu fiquei dengando ela, na manhã seguinte recebemos alta...

Marcelo

Já tinha 9 meses e eu não sabia se ela estava pelo menos viva, entrava em contato com todos mas ninguém tinha mais contato com ela, não entendo porque eu quero tanto saber dela, não entendo se esse sentimento é culpa ou compaixão. Minha vida continua a mesma, trabalho e estudo, sem tempo para vida pessoal...

Luana

Nem pude acreditar quando eu vi aquela pequenina nos braços da Tainá, peguei ela tentando ser o mais cuidadosa possível, apesar de saber que fui toda desajeitada, olhando para seu rostinho eu só conseguia ver traços da Tainá e do Marcelo, não quis comentar nada a respeito, sei que ainda é meio complicado esse assunto.

L U A N A

— Preocupa não minha linda, você tem uma mãe careta mas tem uma tia que vai te levar para o mal caminho! -disse provocando a Tainá.

T A I N Á

— Deixa eu melhorar que eu vou te mostrar quem é careta, arrombada.

L U A N A

— Arrombada eu? Foi você que botou uma filha para fora! -disse rindo

T A I N Á

— Idiota. -me mostrou língua.

L U A N A

— O papo tá bom, mas eu tenho que ir para casa, amanhã eu tenho que estar na clínica veterinária as 9 da manhã, mas no final do dia eu venho te ver.

Me despedi da minha mãe que não parava de mimar a neném, sai às pressas já era 4 da madrugada, daqui algumas horas eu já teria que estar no meu trabalho.

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