📷Capítulo 24📷

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"Jisoo está com um tumor." 

Essas palavras ficam se repetindo na minha cabeça por longos e angustiantes minutos. As possibilidades do que pode acontecer assombram minha mente.

Quando Kai disse essa frase pelo telefone, um silêncio tomou conta de nos quatro, e as lágrimas foram chegando aos poucos nos olhos de Rosé, Lisa e Jennie, eu simples mente encarava o chão, sem conseguir acreditar.

— O que? — Rosé grita, desesperada. — Isso é mentira não é? Diga que é mentira seu desgraçado!

— Ei, calma. Não vou explicar nada por telefone. Ela não queria que ninguém da escola soubesse, nem vocês.

— Que horas é a cirurgia?

— Vai ser as 01:00. Tentem chegar aqui o mais rápido possível. Sei que ela muito provavelmente vai querer me matar por ter contado, mas ela precisa das amigas aqui. E daquele tal de Jin também, sei que ela sente a falta dele.

— Tudo bem, vamos tentar sair sem sermos vistas. Ligo quando estiver chegando.

Rosé desliga o telefone e nos quatro nos encaramos.

— Não acredito que ela escondeu isso da gente! — Lisa diz, com raiva, mas está chorando também. — Será que ela não confia em nos? Será que pensou que deixaríamos ela sozinha?

— Não sei, são muitas perguntas. Vamos deixar os questionamentos para depois, agora precisamos arrumar um jeito de ir até lá. Já está quase na hora dos portões fecharem, não vão nos deixar sair mais.

— Eu conheço uma passagem. — digo.

— Então vamos!

— Calma, precisamos tomar cuidado para não sermos vistos.

— Está frio, vamos por casacos para sair.

Da varanda do dormitório feminino observamos a movimentação no portão de saída. Precisamos atravessar os jardins e a quadra de esportes sem sermos vistos pelos seguranças, tarefa quase impossível.

— Não tem como, o quadra é um espaço muito aberto, certamente vão nos ver passando. — Jennie diz.

— Não vão! As 23:30 os guardas trocam de turno e o caminho fica livre por tempo suficiente pra gente sair correndo.

— Se nos pegarem estamos ferrados!

— Isso não vai acontecer!

— Espero mesmo que não.

Esperamos pacientemente. No horário que eu disse os guardas saem para a troca de turno. Antes do outro guarda vir ele bate o ponto, o que nos da alguns segundos de vantagem.

Corremos, passando pelo jardim e dando a volta na quadra.

— Por aqui. — eu disse, fazendo sinal pra piscina. — Por trás dos banheiros, vamos pular o muro por lá, é mais baixo.

— Você ficou maluco? — Jennie diz.

— Você tem uma ideia melhor?

Ela de ombros e nos vamos por onde eu falei. Chegando lá nos conseguimos pular, com um pouco de dificuldade por causa do escuro.

Depois que todos passamos, Rosé diz:

— Me lembrem de nunca mais fazer isso.

— Digo o mesmo.

Caminhamos apressadamente até a pista próxima para pegar um táxi.

— Espera, alguém trouxe carteira?

Ponho as mãos nos bolsos e nada, só meu celular.

— Vamos ter que ir andando!

— Mas é perigoso a essa hora da noite.

— Não temos outra opção.

Pedimos informações a algumas pessoas nas ruas e depois do que pareceram horas, nos achamos a rua em que o hospital fica.

— Alô, Kai? Estamos quase chegando, nos espere na entrada.

Rosé avisa a Kai que estamos perto de chegar. Não vou muito com a cara dele mas no momento não posso me dar o luxo de negar a ajuda de ninguém. Preciso ver a Jisoo. Preciso encontrar com ela e dizer que sinto muito por essa confusão toda, e que eu a amo, e ela não precisa passar por isso tudo sozinha. Estou ao lado dela, sempre vou estar. Nunca mais quero que pense que não me importo com ela. Espero ter uma chance de recuperar o tempo perdido.

Finalmente chegamos a esse bendito hospital. Nunca corri tanto na minha vida.

— Finalmente, achei que não viriam mais! — o tal do Kai fala.

— Olha, nos tivemos um trabalhão pra conseguir sair da escola.

— Vamos entrar.

Entramos e sentamos na sala de espera, depois que todos se acalmam um pouco, eu me encontro impaciente querendo vê-la o mais rápido possível.

— Onde ela está? — pergunto a ele.

— Está no quarto, sedada. Os médicos vão começar a cirurgia agora.

— Chegamos atrasados, ela deveria saber que estamos aqui, que estamos ao lado dela. — Rosé diz, chorando e Lisa a abraça.

— Sabe se ela corre risco de vida? — Jennie pergunta a Kai.

— Os médicos dizem que pelo tumor, não. Mas uma cirurgia na cabeça é uma operação que sempre traz algum risco, eles precisam remover tudo pra evitar que se espalhe. Ela vai precisar ficar alguns dias em observação aqui no hospital após a cirurgia.

— E os pais dela? — Lisa pergunta.

— Eles vão chegar em algumas horas.

Me sento no sofá, completamente derrotado. O barulho do relógio na parede só aumenta minha ansiedade, e faz parecer que os minutos estão passando devagar de mais. Os pais de Jisoo chegam, eu os cumprimento. A mãe dela vem conversar comigo.

— Você deve ser o Jin. — Ela diz. — Sou a senhora Kim, mas pode me chamar só de Edeline mesmo. Minha filha me falou sobre você. Ela gosta muito de você, rapaz. Da pra perceber nos olhos dela.

— Jura?

— Sim, conheço minha filha e ela nunca falou de nenhum rapaz da forma que falou sobre ti. A pergunta é: Você sente o mesmo?

— Sim, eu amo sua filha.

Ela se surpreende com a minha resposta, e eu também. Não exitei em falar o que sentia por ela, achei que sentiria vergonha de expor meus sentimentos dessa forma.

— Então deixe-a saber disso. — Ela aperta minha mão e se retira, indo sentar no sofá perto do marido.

Me sinto pesado, meus ombros doem e sinto uma culpa misturada a uma angustia que nunca senti antes na minha vida. Preciso que ela fique bem. Preciso de Jisoo ao meu lado. Eu a amo, droga! Eu a amo demais. Por que tive que correr o risco de perdê-la pra perceber isso?

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Oi gente, me perdoem pela demora pra att, pra compensar postei dois capítulos. Me avisem se tiver qualquer erro. Espero que estejam gostando da história, estamos na reta final. Votem e comentem, beijos.❤

(Rosé no gif)

(Rosé no gif)

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