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— Como conseguiu essas runas?

Eu quase gritei de susto ao notar um homem na varanda do meu quarto. Peguei a toalha e me cobri novamente.

— Como entrou aqui? — pergunto

— Pela porta — ele responde dando de ombros.

Eu já tinha visto ele antes. Ainda usava o terno preto chique, mas sem os óculos escuros dessa vez. Era o homem do velório. Mas eu havia visto ele antes do velório... em um quadro na casa da deusa Hel.

— Loki — digo, finalmente reconhecendo.

— O primeiro e único. — ele tinha um sorriso debochado e sensual.

— Você não devia estar aqui.

— Estava louco para conhecer a rainha que me libertou. Fiquei curioso sobre qual pessoa em sã consciência libertaria alguém com tão má fama

— Não acho que você seja tão ruim como sua fama sugeri

— Então acha que sou mal julgado?

— Acho que vou descobrir

— Você é interessante. Mas o que te faz pensar que eu não vou fugir na primeira oportunidade?

— Sei que não vai porque eu pedi que a Danúbia te envenenasse. E só eu tenho o antidoto.

— Eu não confio em você

— Muito menos eu em você

— Acho que seremos bons parceiros então — ele comenta com um sorriso malicioso nos lábios.

Antes que eu pudesse continuar aquela conversa, ele se transformou em um falcão e voou para longe.

Eu não tinha tempo de conversar com o Loki agora, não tinha tempo de dizer minhas condições, apertarmos as mãos e fechar um acordo. Eu precisava me trocar e descer para o jantar.

Meus irmãos iam passar a noite no castelo, então quando cheguei na sala de jantar todos já estavam lá.

— Boa noite! — cumprimento e me dirijo ao meu lugar.

— Como você esta? — Tâmara pergunta

— Vou ficar bem — Tâmara apenas assente que sim e começamos a comer.

O jantar se seguiu tranquilo, sem muitas provocações entre mim e a Hécla. E não foi tão horrível ouvir as historias dos meus irmãos, e até mesmo eu me peguei compartilhando historias de algumas missões.

Aquilo parecia um passado tão distante agora, mas um que jamais será esquecido.

Então aproveito o clima de amizade com meus irmãos e faço uma proposta.

— E como vocês sabem estamos no meio de uma briga com um inimigo desconhecido. Um inimigo que matou nosso irmão. Eu não vou pedir ajuda de vocês de novo, mas quero deixar aberta a opção de que se vocês quiserem ficar comigo, lutar comigo e vingar nosso irmão. Vocês serão bem vindos. — ergo a taça de vinho em um cumprimento, bebo e me dirijo ao meu quarto.

Eu precisava deixa-los pensar e mais do que isso, precisava dormir.

Herdeira do Submundo 2 - Coroa InfernalOnde as histórias ganham vida. Descobre agora