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TÂMARA

Um segundo e Raphael já estava com espada na mão. Eu peguei apenas o punhal.

Raphael sinalizou para sairmos e moveu seus lábios dizendo:

"juntos."

Assenti em confirmação e pulamos pra fora da barraca ao mesmo tempo.

Eu esperava qualquer coisa, menos um anão gritando de medo.

Ele começa correr quando nós vê

— Espera, não vamos te machucar. — anuncio.

Mas eu nem precisava ter dito nada. O anão não estava fugindo. Estava correndo em círculos, mãos pro alto em rendição e pedindo misericórdia.

— Ele vai desmaiar se continuar assim — Raphael comenta e antes que eu possa impedir ele joga uma pedra no anão.

Lanço um olhar cortante para ele.

— Eu tinha que para-lo. — ele responde dando de ombros.

Ao menos aquilo funcionou. O anão realmente parou e ficou com as mãos na barriga, provavelmente onde a pequena pedra tinha acertado.

— Você veio de lá? — aponto o vulcão.

Ele faz que sim.

— Lugar ruim. — ele comenta em uma língua antiga.

— Como você conseguiu escapar? — pergunto na mesma língua.

— Corri antes que aplicassem aquele liquido estranho em mim. Escorreguei entre as pernas dos guardas. Ninguém consegui me pegar. — ele responde orgulhoso.

Mas aquilo era ruim, muito ruim. Pessoas poderiam estar vindo atrás dele agora.

— Temos que nos esconder. — digo ao Raphael.

— Onde?

— Vamos nos disfarçar.


Dez segundo depois havia dois novos cactos no deserto, junto com uma linda flor.

— Eu odeio ser um cacto. — Raphael reclama pela quinta vez.

— Xiu, tem alguém vindo.

Quatro guardas surgiram nas montanhas de areias.

— Deixe um pouco de diversão para mim querida. — Raphael pede.

Mas quando os guardas se aproximaram tudo aconteceu bem rápido.

Sussurrei o feitiço e dois deles morreram asfixiados.

Os outros dois nem viram quando a lamina afiada do Raphael cortou suas gargantas.

— Não podia só transformar eles em pó? — pergunto. Olhando a sujeira de sangue na areia.

— Foi mal... — ele diz timidamente.

— Vamos esconder nossos rastros. — ordenei enquanto tirava as roupas dos guardas.

Raphael não perdeu tempo, transformou o resto dos guardas em pó e com um vento misturei eles com as areias.

Abri um portal e enviei o anão ao Reino das Magias.

E Raphael e eu seguimos nossa caminhada sozinhos.

— Você não ta preocupada com o Hórus? — Raphael pergunta.

— Nenhum pouco. Acho que foi ótimo termos vindo sozinhos.

— Só espero que ele não morra. — Raphael comenta e eu sabia o porquê.

Ele queria conceder a honra ao Adriel. Aquela decisão seria dele e de mais ninguém.

Herdeira do Submundo 2 - Coroa InfernalOnde as histórias ganham vida. Descobre agora