Capítulo 7

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Era fim de semana, eu estava em um bar qualquer que era bem movimentado, provavelmente porque ficava perto de alguma faculdade.

Garotos de todas as idades vinham flertar comigo, mas eu não tinha paciência nem vontade de lidar com homens mais novos e vazios. 

O caso do jimin, não saia da minha cabeça.

Eu nunca tive a oportunidade de ver de perto múltiplas personalidades, mas agora que tenho, não sei se estou pronta para lidar com isso.

não estou duvidando da minha capacidade, mas não quero ser ruim para ele.

A cerveja desceu amarga em minha garganta. levantei a mão e pedi mais uma.

A garçonete com sorriso simpático logo me trouxe mais uma lata super gelada e um copo novo, e junto com o pedido ela me entregou um bilhete.

o número dela.

Eu levantei meu olhar para ela, que retribuiu com um sorriso.

Talvez eu ligue para ela amanhã...

 Eu levantei meu copo em um brinde comigo mesma e bebi tudo de uma vez. Eu me sentia cansada e drenada pela semana conturbada.

ao contrário do que as pessoas pensam, psicólogos tem problemas, e nem sempre nós sabemos lidar com eles, porque é sempre mais fácil lidar com o que não é seu, com o que não há pessoalidade, nem envolvimento afetivo.

O seu problema por mais parecido que seja com o meu, não me afeta porque é isso, ele não é meu problema.

Eu deixei o dinheiro em cima da mesa, peguei o número da garçonete, e sai pela porta dos fundos, o dia já tinha escurecido e eu nem tinha percebido... olhei para meu relógio,

oito horas da noite.
cedo. não vou voltar para casa agora.

olho para o outro lado da rua e vejo uma festa acontecendo, parecia estar apenas começando.

Meus olhos passam pela fila enquanto eu me dirijo até o final dela.

Eu fecho os olhos um pouco para recuperar um pouco da minha sobriedade.

"olha só quem temos aqui" alguém diz em meu ouvido.

essa voz...

"Jimin" eu disse me virando.

O jimin arrogante, com aquele sorriso de lado, e mãos passando devagar pelos cabelos que pareciam ser macios.

me peguei olhando para os lábios dele que estavam entreabertos,

"você pode tirar uma foto, vai durar mais" ele disse levantando uma das sobrancelhas.

eu engoli em seco e desviei meu olhar.

"o que você faz aqui?"

"lugar público doutora, e além do mais, meu amigo vai tocar aqui hoje a noite." ele disse apontando para a boate.

"hm, melhor eu ir para casa"

quando me virei senti sua mão segurando levemente meu braço.

"fica" ele me soltou, "vai ser divertido"

"alguma coisa no seu sorriso me diz que eu vou me arrepender com esse divertido"

"deixa pra se arrepender depois que fizer" ele respondeu e continuou me encarando com olhos famintos.

eu mordi o canto interno da minha boca, segurando o sorriso.

"Não posso, tenho trabalho amanhã" eu disse e me virei para sair.

Ele sabia do que eu estava falando, a sessão de terapia dele.

DUALITY|Jimin|+18Onde as histórias ganham vida. Descobre agora