Capítulo 21

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Marina

Gustavo está parece irritado, mas não pelos motivos que Miguel está pensando, posso ver o alívio em seus olhos em saber que ela está viva, a fúria está lá para as mentiras e a dor que ele suportou ao pensar que ela está morta.

— É isso mesmo que estou te dizendo, algum problema? — Miguel pergunta com seus olhos semicerrados.

— Algum problema? Você só pode estar brincando comigo, como vocês puderam me fazer sofrer acreditando que ela estava morta? — Gustavo grita. — Essa mulher é tudo pra mim e vocês esconderam ela de mim!

— Não é como você está pensando, Dalilah foi atacada e está muito mal, Shane é a pessoa que está cuidando dela e ela corre mesmo risco de não sobreviver, a gente só fez tudo aquilo pra manter ela segura. — Explico, me metendo na conversa e tendo os dois homens me encarando. — O que foi? Vocês acham que vou ficar aqui vendo vocês dois se matarem em vez de explicarem de uma vez o motivo dessa discussão?

— Suspeitou de mim, não é? — Gustavo pede, olhando para Miguel.

— Eu suspeito de todos a minha volta. — Miguel dá de ombros. — Não é uma novidade que você esteja na minha lista de suspeitos.

— Quem mais? — Pergunta Gustavo, olhando para mim.

— Até agora só você, é como se a pessoa que está por trás de tudo não existisse. — Miguel explica.

— Mais uma questão para ficar de olho em todos, talvez seja alguém que esteja por perto. — Gustavo olha pra mim, e o meu sangue ferve. — Talvez seja alguém que prejudicaria Dalilah por ciúmes.

— Se você vai ficar insinuando que sou eu, seja homem e fale na minha cara. Não seja um bosta e fique jogando indiretas. E só pra você saber, eu não tenho ciúmes da relação da Dalilah com o Miguel, nós duas somos amigas e se o Miguel em algum momento demonstrar que quer seguir em frente ou me trair, eu serei a única a deixar ele pra trás, alguém que não me respeita não me merece. — Falo no meio da minha fúria. — E se você fosse um marido tão bom como pensa que é, não teria deixado ela sozinha apenas com seguranças, você estaria com ela!

Com isso dito eu saio do carro e ando até Shane que está na porta do escritório me encarando com a sobrancelha levantada.

— O que foi? — Pergunta.

— Estou farta de pessoas idiotas.

— Bem-vinda ao clube. — Ele diz com um sorriso.

— Como a Dalilah está? — Digo, esperando os dois idiotas saírem de dentro do carro.

— Ela deu uma melhorada, ainda vai mais alguns dias para ela acordar e vamos esperar que ela consiga se lembrar de quem feriu ela. — Diz. — Pegar esse bastardo está na minha lista.

— Achei que você fosse só o médico. — Provoco.

— Docinho, ninguém é só uma coisa nesse mundo. — Responde. — As vezes a gente começa como vilão e as coisas mudam, acabamos virando vítimas daquilo que acreditamos.

— Eu entendo. — Admito.

— Tenho certeza que entende. — Pisca pra mim e sorri.

— Como está o Kalel? — Pergunto.

— Bem, ele está no quarto ao lado da Dalilah, mas vive ao lado da cama dela. — Diz. — Ele é um bom homem, e merece respeito por tudo o que tem passado.

Não sei estou interpretando as coisas de um jeito certo, mas algo me diz que tem alguma coisa que estou perdendo e talvez seja algo muito bom e além do conhecimento dos novos familiares do Kalel.

Miguel Petrov - Máfia vermelha 6Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ