27. Pai Cai Bem Melhor Que Padrasto

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Fazia mais de 10 minutos, desde que Tony tinha praticamente intimado Wade para dentro do seu escritório.
E Peter andava de um lado para o outro na sala, querendo invadir o escritório e dizer a Tony que ele não tinha esse direito.
Mas depois de tanta coisa percorrida, depois de dia a após ele dormir chorando sobre o colo de Tony, ele já tinha a perfeita representação de pai que ele não tivera a vida inteira.
Ele não queria que Wade se sentisse daquela forma, acuado em relações interpessoais.
Mas ele se sentia seguro e acolhido de saber que existiam pessoas que realmente se preocupavam com ele, e que realmente o amavam e queriam protege-lo.
Fez sua melhor expressão infantil e olhou para Steve no sofá, tranquilamente aconchegado no canto, fazendo cafuné em Harry, enquanto o garoto jogava um jogo no celular deitado no seu colo.

- Stee.

Steve era um soldado aposentado, ele sabia desde o primeiro momento o que Peter queria, e mais do que isso, deveria ser capaz de dizer não.
Mas Steve já se sentia tão ligado, e preocupado ao garoto, que ele simplesmente não sabia aonde as letras N A O tinham se enfiado no seu vocabulário. Em desistência clara, e irritado consigo mesmo, ele afastou a cabeça de Harry carinhosamente do seu colo ficando de pé.

- Peter, eu não sei nem por onde começar, o quanto você vai me dever depois dessa.

Peter sorriu enorme, e Steve se endireitou em direção ao escritório, ele estava completamente ferrado com aqueles garotos na sua vida.
Inteiramente feliz em estar ferrado.

Antes que ele alcançasse o corredor, do fundo do peito, Peter sentiu a necessidade de deixar claro exatamente como ele se sentia por aquele gesto de Steve.

- Stee.

Steve parou olhando pra ele, esperando o que mais ele iria querer além de fazer Steve entrar no escritório do marido intercedendo pelo namorado do filho, e comprando uma briga gigantesca com o próprio marido. Filho? Ele tinha usado essa palavra na sua cabeça mesmo?
Peter percebeu a confusão nos olhos de Steve quando algo o atingiu sem Peter entender o que era.

- Steve, pai, cai bem melhor que padrasto.

As pernas do ex-soldado ficaram bambas, e ele sentiu como se uma bomba tivesse caído sobre ele. E de bombas ele entendia.
Uma lágrima escorreu sobre as bochechas. E tudo aquilo reforçando o que ele acabara de pensar. Peter o tirou do devaneio, visivelmente envergonhado.

- Se tiver tudo bem pra você, claro.

Steve engoliu o choro.

- Está ótimo querido, agora eu vou lá, antes que seu pai voe no pescoço do cara.

Tony passou alguns minutos encarando Wade de cima a abaixo na sala, escaneando o que um homem quase da sua idade poderia querer com seu garotinho.
Seu olhar estreitava quase se fechando sobre o cara.
Wade continuava sentado impassível nenhuma palavra saia da sua boca.

- Como conheceu Peter?

Tony se repreendeu no mesmo milissegundo que as palavras saíram da sua boca, ele sabia a resposta da pergunta, e não pensou adequadamente antes de fazê-la, vendo o outro se mexer desconfortável na cadeira.
Tony era excelente com palavras, fazia milhões de discursos, liderava grandes projetos, dava entrevistas para os canais de tv, mas ali, naquele momento, ele era só mais um pai aflito.
Alguém bateu levemente na porta, e antes mesmo dela abrir e o ex soldado entrar no recinto, só pela forma como o barulho soou, Tony soltou um pequeno xingo já sabendo quem era.

- Tudo bem por aqui? Tony, Wade como estão as coisas?

Tony fez uma carranca.

- o que faz aqui Steve?

Quando Faltam as PalavrasTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon