Capítulo 34: 'Greve'

2.8K 235 78
                                    

/ Jungkook /

Confuso, recuei quando Lalisa se aproximou e bateu a porta atrás de si. Seus olhos estavam na altura dos meus e sua expressão impassível, sem reação alguma.

Quando me sentei à beira da cama, esperando-a dizer algo, seus lábios tornaram-se uma linha fina antes que ela soltasse uma respiração pesada.

- Jungkook, naquela noite em que você saiu e voltou machucado, o que realmente aconteceu?

Minha reação por si só já entregaria, minha mandíbula ficou tensa e meus ombros eretos. Se havia algo que eu havia desaprendido a fazer, era mentir para Lalisa.

- Eu já disse. Acabei batendo o rosto quando entrei no carro. - Minha voz quase falhou, mas me mantive firme.

Lalisa mais uma vez apertou ou lábios, em seguida mordendo-os nervosamente.

- Por que mente para mim?

Sua breve frase fez meu coração pular uma série de batidas. Ela deu uma passo, ficando entre minhas pernas entreabertas.

- Eu...

- Não minta para mim, Jungkook. - Sua voz sai esganiçada, acabando comigo.

Levantei-me, tentando tocá-la, mas o esforço foi em vão, pois logo Lalisa se afastou para fora do meu alcance.

- Não coloque as mãos em mim antes de me dizer a verdade.

Merda.

Odeio isso. Odeio quando ela me impede de tocá-la.

- Eu encontrei Jackson. - Tento ser breve, mas Lalisa me pede para continuar quando cruza os braços. - Ele estava bêbado, queria me provocar porque sabe que você e eu estamos juntos. Ele me atingiu, e eu apenas devolvi.

- E acha isso certo?

- O que você queria que eu fizesse? - Estouro. - Ele insiste em dizer que você é dele, e isso me deixa louco de raiva! Você é minha!

- Eu não sou de ninguém! - Lalisa grita sobre minha voz, me interrompendo. - Eu ser sua namorada não me reduz a uma posse que deve ser disputada!

Meus olhos desviam-se para baixo e eu me encolho, engolindo em seco.

- Eu juro, Jungkook, que seu eu souber que você se meteu em encrenca por minha causa mais uma vez, eu mesma o deixo!

Perco o ar enquanto uma sensação de horror se instala em meu peito, olho para expressão exausta e séria de Lalisa, quase caindo aos seus pés quando meus passos falham.

- Por favor, não. - Eu peço, com a voz trêmula. - Eu sinto muito, Lalisa, mas por favor, não me deixa.

- Eu não vou deixá-lo. - Responde, fria. - Não vou deixá-lo porque amo você, e quero realmente acreditar que as coisas vão mudar.

- Eu prometo! - Digo, antes mesmo que ela termine de falar.

Sua sobrancelha se arqueia de leve, como se ela registrasse cada uma das minhas reações.

- Tudo bem. - Balança a cabeça de leve, dando a volta e indo para o banheiro. - Eu vou me banhar.

(...)

Pego uma taça de vinho e encho-a até a boca. Acendo a lareira e pego um livro qualquer deixado em cima do sofá, sentando-me em uma poltrona e tentando parecer casual enquanto espero Lalisa para jantar.

A comida foi por minha conta, e apesar do esforço, acredito que valerá a pena.

Minutos depois, Lalisa passa pela entrada da sala de jantar com um roupão pesado e branco envolvendo o corpo pequeno e frágil.

Deixo a taça de vinho pela metade, largando o livro para receber Lalisa, que me olha com desconfiança depois de analisar a mesa.

- Foi você quem fez?

- Sim. - Me adianto, puxando a cadeira para que ela se sente.

Ela aceita a gentileza, e eu me sento no lado oposto da mesa, para vê-la melhor. O jantar está razoavelmente bom, o clima entretanto, é silencioso e quase palpável.

Eu tomo mais vinho, tentando relaxar.

Quando termino de comer, Lalisa está em suas últimas garfadas, e quando a mesma se levanta, ainda em silêncio, anseio por qualquer reação de sua parte.

Ela mal olha na minha direção antes de dar a volta na mesa, parando diante de mim. Suas mãos param no cinto do roupão, sinalizando-o.

- Tire-o para mim. - Diz, calma, olhando no fundo dos meus olhos.

Meus dedos geralmente decididos e firmes estão trêmulos quando começo a desfazer o nó do cinto. Lalisa flexiona os braços para trás e empurra o roupão, fazendo a peça cair no chão num ruído silencioso.

Meus olhos deslizam pelo corpo seminu de Lalisa, que se aproxima do meu toque ao montar em meus quadris.

Suas mãos param em meu rosto, e seus lábios se inclinam até alcançarem os meus, puxando-os com mordidinhas e lambendo-os com sensualidade. Perco os eixos quando ela inicia seu ataque após me provar, apertando meus cabelos e gemendo na minha boca.

Minhas mãos ganham vida própria e vão parar em seus quadris. Lisa não se desfaz do toque, movimentando-se e fazendo pressão com seus quadris contra minha virilha.

- Lali... - Eu ofego, tendo minha fala engolida pelo ataque persuasivo de Lalisa.

Quando ela perde o próprio fôlego, seus lábios deslizam do meu queixo para o meu pescoço, sem hesitar. Minha cabeça pende para trás e meus olhos se apertam, na tentativa de me manter estável.

Dentro das calças moletom, a pressão que Lalisa faz com seus próprios quadris é o suficiente para que meu pau se contorça em agonia. Meu queixo treme e eu deixo um suspiro escapar.

Meus dedos se enroscam nas laterais de sua calcinha, na tentativa de puxá-la para baixo, mas Lisa me impede, sorrindo sacana e encostando os lábios suavemente contra os meus.

- Greve.

Seu corpo se afasta do meu alcance, me deixando estatístico. Lalisa pega o roupão, no chão, vestindo-o outra vez.

- O quê? - Sopro, desacreditado.

- Greve. - Ela repete. - Não vai tocar em mim, pelo menos não do jeito que quer, por tempo indeterminado. - Seu sorriso se amplia ao ver minha expressão de choque.

- Lalisa... - Eu me levanto, tentando esconder minha evidente ereção. - Não pode fazer isso comigo.

- Mas estou fazendo, não estou? - Seu sorriso é digno de uma verdadeira malévola. - É apenas uma garantia, babe. Espero que você não esconda nada de mim outra vez. - Seu indicador levanta meu queixo, e seus lábios pousam sobre os meus ligeiramente. - Boa noite, amor.

Afastando-se, Lalisa me deixa parado e sozinho na sala de jantar.

Capítulo alterado☑️
























𝐓𝐡𝐞 𝐘𝐞𝐥𝐥𝐨𝐰 𝐁𝐨𝐨𝐤 𝐆𝐢𝐫𝐥 | 𝐋𝐨𝐧𝐠 𝐅𝐢𝐜Onde histórias criam vida. Descubra agora