𝐓𝐡𝐞 𝐘𝐞𝐥𝐥𝐨𝐰 𝐁𝐨𝐨𝐤 𝐆𝐢𝐫𝐥 | 𝐋𝐨𝐧𝐠 𝐅𝐢𝐜

Capítulo 16: 'Minha'

/Jungkook/

Paramos em uma praça para que Lalisa terminasse do tomar seu sorvete, coisa que fazia como se fosse uma criança. Eu não queria admitir, mas achava aquilo adorável.

- Gosta tanto de sorvete assim? - Perguntei divertido, na intenção de provocá-la.

- ...ish, me deixa em paz. - Resmunga, me dando uma cotovelada. - Mas sim, eu gosto. Me lembro da minha mãe. - Sorriu. - Ela costumava me levar na sorveteria quando eu era pequena...

Depois disso Lalisa começou a contar uma história sobre sorveteria, gatos e cães e um joelho ralado. Me senti mal por não conseguir prestar totalmente atenção no que ela dizia, pois ela parecia tão animada e adorável enquanto falava, o que me fez sorrir mesmo sem entender, porque mesmo assim não conseguia desviar a atenção do seu sorriso ou do movimento de seus lábios rosados.

- A torta dela era tão doce quanto...

Selei nossos lábios repentinamente, fazendo-a se calar. Lisa logo cedeu, colocando a mão sobre meu rosto e me beijando com certa ternura. Me separei segundos depois, apenas para ver seus olhos e suas bochechas rosadas.

- É doce mesmo. - Constatei, fazendo Lalisa rir.

O som de um trovão irrompe suas risadas e me faz olhar para o céu cinza. Precisávamos ir logo, ou do contrário pegaríamos uma chuva. 

- É melhor a gente ir. - Falo ao me levantar.

Saímos andando em direção a biblioteca, mas a chuva acaba nos pegando no caminho. A chuva se iniciou fraca, mas logo as gotas se tornaram mais rápidas e pesadas, formando poças, as quais Lisa desviava com pulinhos.

Tudo que ela fazia era adorável.

Eu apenas tentava acompanhar seu ritmo, e quando finalmente chegamos a biblioteca Lalisa fechou as portas.

- Eu vou pegar algumas toalhas e cobertores. - Anunciou antes de se afastar e ir em direção aos fundos.

Me sento no sofá de couro e a espero. Quando ela reaparece joga uma toalha em meu rosto com um sorriso brincalhão.

- Se seque, não quero ver o chão molhado. - Ordena rindo, andando até sua mesa.

- Lalisa. - Chamo antes que ela pudesse se sentar. Nossos olhares se perdem um no outro e por um momento esqueço completamente o que ia dizer. - Vem aqui. - Peço, sentindo borboletas em meu estômago a medida que ela se aproxima.

Por que estou sentindo isso?

- Sim? - Ela pergunta antes que eu a puxe para o sofá e a mantenha por cima. Suas bochechas adquirem vários tons de vermelho e sua boca se curva em lindo sorriso. Não quero que ela saia daqui.

- No que está pensando? - Ela pergunta, tirando os cabelos úmidos da minha testa enquanto seus olhos brilham.

- Em nada... - Sorrio fino, afastando os fios de cabelo que caem sobre seus olhos da mesma forma.

- Você parece cansado. Eu vou deixar você dormir. Leve isso como um tratamento especial. - Ela tenta se afastar, mas protesto, a puxando de volta.