𝐓𝐡𝐞 𝐘𝐞𝐥𝐥𝐨𝐰 𝐁𝐨𝐨𝐤 𝐆𝐢𝐫𝐥 | 𝐋𝐨𝐧𝐠 𝐅𝐢𝐜

Capítulo 18: 'Ciúmes'

/Lisa/

Já fazia um mês.

Um mês desde a última vez que vi seu rosto ou ouvi sua voz.

Eu liguei e mandei mensagens diversas vezes, mas ele não me respondeu nenhuma vez sequer, e eu não o culpava.

Estou me sentindo tão idiota de ter acreditado naquela mulherzinha.

Por que fui tão tola?

Eu já tinha em mente que não conseguiria falar com Jungkook pelo celular, ele é orgulhoso demais.

Perguntei para Rosé o que ele tem feito, ela disse que ele anda saindo com uma garota, que pela sua descrição era obviamente SeungAh.

Como eu não pude perceber que sua única intenção era me afastar de Jungkook?

Passei a manhã inteira sendo consumida pela ansiedade, e ao meio dia sai da biblioteca o mais rápido que podia, apenas para ter tempo suficiente para encontrá-lo e falar com ele.

Só não contava em enfrentar uma multidão de alunos correndo por todos os lados e dificultando minha procura.

- Lisa? - Uma voz conhecida, mas não a dele.

Jackson estava atrás de mim, confuso.

- Ah, oi. - Sorri, ainda procurando Jungkook com o olhar.

- Está procurando sua amiga? - Perguntou se aproximando e olhando para os lados, provavelmente analisando se eu estava sozinha. - Quer almoçar comigo? Claro, depois de encontrarmos sua amiga. - Ele sorriu de lado, e eu ri de nervoso.

- Na verdade eu...

- Ela está comigo. - Senti uma mão me puxar para longe dali e mal tive tempo pra prostestar.

Jungkook.

Olhei para ele, sentindo meu coração disparar depois de tanto tempo.

Jackson não conseguiu responder, pois Jungkook foi mais rápido em me agarrar pela cintura e me guiar em meio a multidão para dentro do Colégio.

Tentei recuar quando percebi olhares atentos sobre nós dois, mas Jungkook não me soltou, guiando-me para dentro de uma sala, aparentemente um laboratório, fechando a porta atrás de si.

- Por que me trouxe aqui? - Olhei para os lados, apenas para ter a certeza de que estávamos sozinhos.

Com o rosto impassível, Jungkook se aproximou. Sentou-se sobre uma das bancadas do laboratório e com os olhos misteriosos, respondeu:

- Temos assuntos a resolver, imagino que esse seja o motivo de você estar aqui.

Não me conti, provocando-o:

- Você é tão convencido, não é?

Ele sorriu.

- Tive que considerar seu jeito insistente, suas ligações e mensagens eram bastante constantes. - Zombou, me fazendo arquear as sobrancelhas.

- E por que não me respondia? - Minha irritação já começava a florescer.

- Queria saber até quando você resistiria. - Sorriu presunçoso.