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Luke’s POV

-Luke, isto não está certo.- disse-me olhando para os seus pés.

-Isto?- perguntei confuso.

-Sim, isto, nós.- respondeu-me tentando afastar-se do meu toque o que eu não permiti levando assim as minhas mãos ao seu rabo, apertando-a contra mim, para que não me “fugisse”.

-E desde quando é que tu fazes o que está certo?- perguntei enquanto a encarava.

-Desde que te conheci.- respondeu e a minha primeira reacção foi beijá-la. Beijá-la como se ela fosse uma boneca de porcelana, beijá-la como se fosse o nosso primeiro beijo mas como se fosse o último. Beijá-la como se a minha vida dependesse daquele momento.

 Posso jurar-vos que naquele momento o mundo parou que com aquelas simples palavras ela encheu a minha alma de alegria e conseguiu aquecer-me o coração.

Sim, aquecer-me o coração, porque eu não sou assim tão ‘bonzinho’ como aparento ser. Eu também escondo coisas, afinal todos o fazemos, todos temos segredos, todos temos algo a esconder e algo a temer, e eu não sou excepção. E sei que não é justo pedir-lhe que confie em mim o suficiente para me dizer o que a atormenta quando na realidade eu lhe escondo algo, mas se ela soubesse o meu segredo provavelmente nunca mais me quereria ver.

Os meus pensamentos foram interrompidos por falta de ar. Oh boa Luke, estavas a beijá-la e estavas tão distraído que te esqueceste de respirar! Isso, envergonha-te aí!

-Luke, então? Eu não sou o teu oxigénio, ainda precisas de respirar, um beijo meu só não chega.- gozou.

-Eu podia sobreviver apenas com beijos teus.- disse-lhe olhando-a profundamente.

-Que lamechas Senhor Hemmings!- riu-se.

-“Que lamechas Senhor Hemmings!”- imitei a sua voz.

-Cala-te apan….- começou  mas eu interrompi-a com um beijo. E depois dei-lhe outro beijo, e ela beijou-me, e eu voltei a beijá-la e ela voltou a beijar-me, e de seguida eu dei-lhe outro beijo, e mais outro. E ia para lhe dar outro quando ela se afasta. Eu olho-a confuso.

-Isto nunca deveria ter acontecido Luke. Ambos sabemos que és bom de mais para mim. Eu nunca ideal para ti, eu sou a escuridão e tu a luz, somos distintos. Nunca ninguém me tirou da escuridão, e sinceramente acho que já não me importo afinal já me habituei.

-Pára Em, fogo! Não te afastes de mim! Eu quero ajudar-te. Eu sou capaz, eu sei que sim.

-Desculpa….- foi tudo o que me disse antes de sair do carro e dirigir-se para o seu apartamento.

Não vou mentir, fiquei bastante intrigado com a atitude dela, porém não fiquei espantado já calculava que ela se fosse afastar.

Afinal ela é fria e distante uns dias depois já esta melhor e horas depois volta a ser fria. Mas o facto de ela dizer que desde que me conheceu que tenta fazer o que é certo faz-me sorrir que nem um totó. Um totó apaixonado.

Pensei em sair e ir atrás dela mas ela precisa de um tempo para ela e eu preciso de resolver um assunto, depois eu ligo-lhe. Espera? Como é que eu lhe ligo se não tenho o número dela?

Agarrei no meu telemóvel e vi as horas. 16:20. Ainda tenho 10 minutos para chegar àquele café. Liguei o carro e dirigi-me para lá. Embora faltassem 5 minutos para a hora combinada a pessoa já se encontrava lá à minha espera.

-Não estava à espera que já cá estivesse. Como está?- perguntei estendendo-lhe a mão.

-Deixa-te disso Luke e vai direto ao assunto, não me faças perder o meu tempo.

DarknessWhere stories live. Discover now