Capítulo Dez.

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"Good things come to those who wait up"

- Sky Walker, Miguel

Eu estava voltando para o internato. Ainda com aquela conversa na minha cabeça, Willa não comentou nada comigo e quando estávamos descendo, o elevador parou no andar de Nate. Seu pai, Dylan e o mesmo entraram.

E então, tudo ficou tenso.

Henry e Eleanor se encararam, talvez se reconhecendo. Dylan beijou minha testa e abraçou Willa enquanto Nate ainda continuava encarando a pequena tela onde os números iam diminuindo.

- Eleanor. - ele perguntou, um pequeno sorriso brotando em seus lábios

Minha mãe abriu um sorriso, duro e educado, o tipo de sorriso que ela dedicava exclusivamente para os clientes que não gostava, mas tinha que aturar.

- Henry. - ela cruzou os braços, não esperando pelo abraço que ele deu, seguido do beijo em sua testa, encarei-a com uma sobrancelha arqueada - Quanto tempo.

- Definitivamente. - ele se afastou, avaliando-a com cuidado

Pigarreei e Henry me encarou.

- Alexa. É um prazer lhe rever. - disse, mandando-me o mesmo olhar destinado a minha mãe - Vai para Durham?

Assenti com um meio sorriso.

- Muito cedo, não?

- É, tenho que arrumar algumas coisas lá. Adiantar dezenas de projetos, essas coisas. - dei de ombros

- Nate também está indo. Você vai, Dylan?

- Ah, não, decidimos que vamos alugar um filme, não é, Willa?

- Isso, se você não forçar a barra com aqueles filmes de terror.

- Olha, vocês vão juntos...

- Pai, eu não vou para Durham e você sabe disso. - Nate resmungou, com os braços cruzados, evitando me olhar

Henry o encarou, irritado.

- Sem problemas. - dei de ombros - Estou acostumada com a bipolaridade ou... Mal humor matinal, diurno e noturno de Ewings.

Eleanor encarou Nate, seu olhar era bem pior do que o dirigido ontem.

- Você deveria espanca-lo, querida. - seus olhos ainda estavam focados em Nate que estava com o rosto tão vermelho que mal podia levantar os olhos para ela

- Sua calma continua me admirando, Eleanor.

- E seu jeito calmo continua me irritando, Henry.

Ambos sorriram com as provocações, não o tipo de sorriso amoroso, era mais o tipo de sorriso competitivo. Eu fiz uma careta de nojo.

Durham, por sorte, era muito longe de onde eu morava. E, por sorte, eu estava ao lado do motorista, então não era obrigada a ver Dylan e Willa rindo toda hora, como um casal clichê e apaixonados que eram. O carro de Henry nos seguia, quando paramos na locadora perto da Durham onde o casal ficaria, ele também nos esperou e então, nos seguiu até a escola.

- Lembre-se da consulta do psiquiatra.

- Onde ele vai estar?

- Ele vai te mandar uma mensagem. - lembrou-me - Não falte, por favor, Alexa.

Revirei os olhos.

- Ok, mãe. Não ache que ele vai me curar... Disso. - apontei para minha testa - Mal sei o que está acontecendo comigo.

HisteriaWhere stories live. Discover now