Capítulo Cinco.

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"Yeah, maybe I'm crazy but don't try to save me, 'cause I've never felt so alive"

-Stand Up, The Cab

Depois de uma bateria de aulas, eu finalmente me sentia em uma escola normal.

Os projetos se acumulavam em meus cadernos: História Avançada, Biologia, testes de Química e possivelmente, um enorme projeto de Literatura Inglesa.

Eu só queria me matar quando completasse tudo.

Agarrei minha bandeja com espaguete, arrastando-me entre as mesas até avistar a mesa das líderes de torcida – mesa da qual, eu já estava acostumada de participar.

O assunto do momento era a fogueira.

Consegui um lugar entre Willa e Katie, observando Dylan a frente dela, o intruso. De perto, ele não parecia tão estranho, seu cabelo – que precisava de um corte – se acumulava perto de suas orelhas, vez ou outra, ele tinha que afastar a quantidade de fios que insistiam em cair pelo seu rosto, talvez ele até conseguisse fazer um rabo de cavalo com aquilo.

- Oi. – balancei a mão – Por favor, não digam nada sobre a fogueira.

- Alexa, certo? – Dylan apontou para mim

- Fora de seu radar, amigo. – pisquei, brincalhona

Ele sorriu, calmo e pude ver o mesmo sorriso refletido em minha prima.

Ah, não.

- Dylan faz parte do time de futebol. – Willa disse

- Nossa. Que... Legal?

- É. – ela assentiu, quase saltitante

- Quais são as novidades, Windsor? Podemos esperar por caras maravilhosos? – enfiei uma garfada do macarrão em minha boca, esperando por sua resposta

- A escola toda sabe que você só está de olho em um cara.

Arregalei os olhos, meio surpresa e indignada, Willa deu um sorriso, mais forçado do que qualquer outra coisa. Bebi alguns goles longos do meu suco, tentando manter meu melhor sorriso.

- É bom que saibam que Cohen tem uma concorrência, não é? E devo dizer, querido, ela não chega aos meus pés.

- Sua autoconfiança é surpreendente, Alexa.

- Não podemos menosprezar o que é bom, não é?

Minha prima segurou uma gargalhada.

- Bem, eu disse. Ela é perfeita.

- Ainda sim, - ele balançou a cabeça – Cohen e Nate são loucos um pelo outro.

- Vem cá. – inclinei-me sobre a mesa, brincando com minha faca – Você é amigo dele, não é?

- Desde infância.

- Nem começa, Lexi. – Willa resmungou

Balancei a cabeça, indiferente para ela.

- O que eu faço para... Conseguir a atenção dele, tipo definitivamente?

- Não beije ele na frente da escola. – piscou

- Bem, eu acho que percebi isso, não é?

- Você não cansa disso? – minha prima resmungou – Esquece Nate, você tem um amplo cardápio para escolher e continua na mesma refeição.

HisteriaWhere stories live. Discover now