51º Capítulo

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#Pov Zayn On#

Foram uns terriveis meses aqueles que passei naquele maldito hospital. Nos primeiros dias ia dando num louco ainda maior só de pensar onde a Suellen estava e com quem estava. Todos os dias tinham várias terapias....

Ora eram as de grupo, ora eram as individuais...

Ao inicio eu não me abria muito com ninguém mas depois da primeira visita de Suellen, uma semana após me ter cá deixado, foi o que comecei a fazer. Ela disse-me que só assim poderiamos ficar juntos e naquele momento era tudo o que eu mais queria.

Comecei a responder a todas as questões, a fazer tudo o que me pediam, a escrever num pequeno caderno como me tinham dito para fazer e um mês depois tive de ler as partes que achasse mais relevantes para um grupo de pessoas.

Apenas depois de alguns comentários de pessoas obsessivas como eu é que percebi naquilo que realmente me tinha tornado. Só nesse momento é que tomei consciência de tudo aquilo que tinha feito e da gravidade da situação!

Na semana seguinte, quando a Sue entrou por aquela porta para me vir visitar eu abracei-a e comecei a chorar enquanto lhe pedia desculpa por tudo o que a tinha feito passar. Agradeci-lhe por mesmo assim me ter continuado a visitar e por não ter apresentado uma queixa contra mim, na policia.

Não faço a menor ideia de quanto toda esta minha obsessão em relação a ela começou, mas percebi quando parou!

Eu não podia simplesmente exigir tanta coisa dela. Se ela não me queria da forma que eu a queria a ela, só tinha de aceitar. Demonstrar-lhe o meu amor não é de todo obrigá-la a ter sexo comigo, mas sim fazer-lhe coisas românticas e carinhosas, como um pequeno jantar à luz das velas.

Talvez tenha sido todo o ódio que sentia pelo Liam, no inicio, que me fez ficar naquele estado quando vi que, mais uma vez, ele estava a ficar com a rapariga de quem eu gostava. Liam sabia aquilo que eu sentia por Suellen, porque eu lhe tinha confessado, mas não importou isso para ele.

Após tanto tempo aqui fechado, finalmente, eu consegui superar tudo isto. Mas não foi tudo por mérito próprio, se não fosse ela eu nunca teria conseguido...

Por vezes, quem está do lado de fora não percebe, ou se percebe não é totalmente, e é por isso, que acho que a Ella foi quem me ajudou mais. Neste hospital há vários tipos de doentes, alguns como eu que são obcecados por um amor, outros por objetos, e por ai adiante.

Uma ou duas semanas depois de eu aqui ter entrado, numa das sessões de grupo, Ella teve de se apresentar por ser a nova paciente. Ela recusava-se a aceitar que estava ali e dizia em todas as frases que não era obcecada por ninguém, o que é normal ao inicio.

Mas bem, ela não era! Ella não era obcecada por uma pessoa como tinham alegado quando a deixaram lá, ela era obcecada por algo... Sexo!

Exatamente, depois desse dia, na mesma semana, eu estava na cantina a almoçar quando ela se aproximou de mim e se sentou ao meu lado, na mesa antes ocupada apenas por mim. Eu olhei para ela de relance e simplesmente voltei a concentrar-me na minha comida, sem lhe ligar nenhuma.

A rapariga de cabelos loiros simplesmente ficou a comer ao meu lado e estávamos em perfeito silêncio. Eu não queria falar, muito menos com ela, e simplesmente queria forçar a comida pela garganta abaixo, toda de uma vez, para poder voltar ao meu dormitório.

Ela também parecia não ser muito dada a conversas e não pronunciou uma única palavra, o que despertou, de certa forma, o meu interesse nela. Eu queria ter perguntado o porquê de ela vir para o meu lado quando haviam tantos lugares disponiveis.

Fighter 3 ➵ L.POnde as histórias ganham vida. Descobre agora