11º Capítulo

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Leiam o desafio que vos deixei no final, please

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Eu sinto que estou a correr sabendo que nunca conseguirei chegar à meta desejada. É como se por mais que eu me esforçasse essa meta fosse sendo afastada por alguém cruel e que me quer ver sofrer...

Eu tento lutar para lhe dar um sinal, qualquer que ele seja, mas simplesmente não consigo encontrar uma forma para conseguir. Desde as palavras de Liam que eu me empenhei ainda mais para tentar encontrar o final deste túnel onde estou presa.

Sempre me disseram que se lutarmos por aquilo que realmente queremos, sem nunca desistirmos, que um dia acabamos por alcançar. Então a esperança será a última coisa que eu deixarei morrer no meu corpo...

Sinto-me preza numa máquina do tempo que me leva ao início do percurso sempre que estou perto de chegar ao fim. É como um íman que atrai os objetos, neste caso eu sou o objeto e ainda não descobri o que é o meu íman mas não desistirei de tentar, não enquanto houver esperança para mim...

#Pov Liam On#

Eu não conseguia controlar as lágrimas e de certa forma isso estava a transtornar os pequenos que começaram também a chorar.

Desisti de caminhar quando cheguei ao parque de estacionamento e não me lembrei de nenhum sitio para onde pudesse ir. Eu estava esgotado psicologicamente e mesmo que quisesse não sabia o que fazer no momento.

Sentei-me no passeio com os pequenos ao meu lado e apoiei a minha cabeça nas mãos enquanto tinha as pernas cruzadas...

Eu sei que eu deveria ser a única pessoa que apesar de tudo nunca desistiria dela, mas não dá simplesmente. Não dá para manter uma esperança que mais cedo ou mais tarde vai ser deitada abaixo por um médico.

Estou a pensar apenas em mim e não devia...!

Estou a privar o James e a Darcy de verem a mãe e nunca se sabe quando poderá ser a última vez que a veem por isso tenho que os deixar aproveitar ao máximo todo o pouco tempo que lhes resta com ela.

Limpei as lágrimas do meu rosto e levantei-me, pegando neles os dois. A muito custo caminhei lentamente para dentro daquele hospital e como já sabia qual seria a resposta da enfermeira nem me dei ao trabalho de perguntar se podia entrar e entrei logo.

Abri a porta do quarto e vi os rapazes à volta da cama com a minha irmã. Pousei os bebés, que já não são assim tão bebés, na cama e afastei-me, ficando encostado à porta.

A qualquer momento vão desligar as máquinas e eu simplesmente não me sinto pronto para a deixar ir, não desta forma.... Se me sinto culpado? Muito! Era eu quem deveria ter ido lutar mas como grande burro que sou deixei que ela me convencesse a deixá-la ir ela.

Não é como se eu tivesse algum poder sobre ela para que me tenha de pedir permissão para algo, mas como casal que somos... Ou melhor, éramos, e por isso tomávamos as decisões em conjunto.

Dói ter de usar os verbos num dos pretéritos agora que falo sobre nós, eu prefiro usá-los muito mais no presente ou futuro porque isso significa que nenhum de nós morreu ainda e estará cá para muito mais do que isto.

Qual é o sentido de vermos a pessoa que amamos deitada numa cama de hospital sem que possamos fazer nada? Apenas magoa, mas magoa mesmo porque a qualquer momento pode ser o seu último batimento cardiaco, a sua última respiração, o seu último segundo de vida...

Fighter 3 ➵ L.POnde as histórias ganham vida. Descobre agora