- Quanto ela paga pra vocês puxarem o saco dela? - Asensio retrucou e dessa vez eu rolei os olhos.

- Não tenho culpa se sou uma pessoa incrível e até seus amigos preferem a mim.

- A modéstia passou longe, né...

Marco provocou, aproximando o corpo para iniciar um beijo demorado. No mesmo segundo, pudemos ouvir as reclamações dos rapazes, sentindo almofadas voarem em nossa direção, interrompendo nosso momento.

- Ei! Na nossa frente não, pelo amor de Deus. - Javi foi o primeiro a gritar.

- A taxa de açúcar no meu sangue acabou de subir.

- Vocês dois são irritantemente apaixonados. Não somos obrigados a presenciar essas coisas.

○○○

O jatinho pousou exatamente às três horas da tarde de segunda feira em Madrid. Acabamos atrasando do horário previsto para o voo porque Igor teve que resolver alguns problemas antes de embarcar.

Assim que coloquei os pés na cidade, fui direto para o meu apartamento, caindo em um sono profundo, acordando apenas no dia seguinte.

Como era o combinado, hoje eu e Marco iríamos passar o dia na casa dos meus pais, ao lado deles e dos meus irmãos.

Por isso aproveitei a parte da manhã para ir a academia, checar meu planejamento do blog para voltar com os posts sobre exercícios e fazer umas compras rápidas a fim de repor minha despensa que estava vazia.

Quando estava terminando de me vestir, o moreno passou para me buscar e desse jeito fizemos o caminho juntos até o lugar que ele já estava ambientado.

Não deu tempo nem Asensio estacionar direito na entrada do jardim principal da residência e eu logo vi um pequeno ser de cabelos loirinhos correndo na minha direção.

- Mi ángel, que saudades de você. - sorri ao colocar Antônio em meu colo.

Ele parecia maior que da última vez que o vi pessoalmente e isso me assustou. O tempo estava passando rápido demais e em breve Antônio deixaria de ser o meu bebêzinho.

- Também titia... - suas bochechas branquinhas estavam avermelhadas devido ao calor que fazia. - Titio Marco... - ele sorriu, estendendo os bracinhos na direção do jogador, que o pegou de bom grado, amparando o pequeno em seu colo.

- Oi rapazinho... Sentiu saudades do seu tio? Me viu jogando pela seleção? - perguntou.

- Sim, tio... Eu vi sim. - deu uma resposta curta enquanto andávamos até a grande porta de madeira.

Leona apareceu para nos recepcionar, dando-me um abraço demorado, varrendo seu olhar de cima a baixo.

- Você está maravilhosa, cunhadinha. E você também, cunhadinho. Amei poder te assistir jogando na copa. - a loira brincou, pegando para si o filho que ainda se encontrava nos braços de Marco.

- O que você anda dando pro meu sobrinho, hein? Viajei por pouco tempo e olha o tanto que ele cresceu... - fiz bico, não superando aquele fato.

- Meu menino cresceu mesmo... Não gosto nem de falar porque já começo a chorar. - riu.

- Finalmente chegaram!

A voz de dona Elsa surgiu vindo em direção da cozinha, tirando o avental que estava preso ao redor da cintura.

Como sempre, a mulher estava elegante em cima dos seus saltos, mesmo estando na presença de pessoas tão conhecidas. Seus cabelos estavam mais curtos devido a um corte jovial e ela parecia radiante ao nos ver de volta em casa, cumprimentando Marco e em seguida me dando vários beijinhos no rosto.

Maps • Marco AsensioWhere stories live. Discover now