6 - A Sombra

6 2 0
                                    


Depois que chegaram ao hospital John chegou junto a eles também. Muito assustado e com medo de perder sua esposa e seus filhos ele entra desesperado à procura do seu amigo médico Dr. Paul.

– Paul? – Corre John ao seu encontro no corredor do hospital.

– John.. – Com a voz agoniada o chama.

– Cadê Rose? – John olha para os lados procurando sua maca.

– Está na sala de cirurgia. – O Dr. Paul fala tocando em seu ombro tentando-o acalmar.

– Sa..la de cirurgia?? Por quê? O que houve? Ela precisa abortar? Ou os bebês já vão nascer? – Aos gritos John faz inúmeras perguntas.

– Calma, John, – procura os olhos de John. – Calma. Está tudo bem. Os bebês estão bem. – ainda tocando em seu ombro e o acalmando com os olhos.

John imediatamente suspira aliviado por saber que seus filhos estão bem.

– Mas cadê Rose, porque sala de cirurgia Paul? – Seu olhar se mostra cabisbaixo.

– Olha, a queda da escada quase quebrou sua coluna, mas – tocando firme em seu ombro. – Estamos reconstruindo algumas partes da coluna colocando pinos de ferro para sustentar o que quase quebrou. Ela vai ficar bem, – bate no seu ombro de leve para o acalmar.

– Por favor Paul, faça de tudo... – Eu sei meu amigo, vou salvar Rose, pode deixar.

– Dr. Paul? Dr. Paul? – A enfermeira Any o chamando. – Ele se virou, retirando a mão do ombro de John para ver quem o estava chamando. – Any, diz Paul. – Ela se aproximou... – Dr. Paul, queremos o senhor agora na sala e cirurgia.. – Diz Any se virando para John que estava abatido de tanto chorar. Com o olhar tenro para John, Any se retira.

– Tá certo, estou indo. – Volta a olhar para o John. – Vou lá John, pode ficar tranquilo, Rose está em boas mãos. – Deu a última batida no ombro de seu amigo olhando firme em seus olhos e deixou a recepção para ir ao encontro da sala de cirurgia.

##########

John com angústia de perder o amor de sua vida e seus filhos, senta de qualquer jeito no cadeira gelada da sala de espera do hospital, torto sentado olha para um ponto distante dali e fica pensando nos momentos bons que teve quando conheceu Rose.

*******************

[Casa de John]


– Ai meu pai ajuda minha nora, por favor. – Ajoelhada rezando de frente a um Cantinho de Reza, com velas acesas ao redor de sua santa. Rezando com tristeza e conflitos de sentimentos triste em seu coração, a dona Betty sente um calafrio em sua espinha e abre os olhos... De repente que era sol queimando naquela cidade pacata de interior, era um tempo totalmente nublado e friento. 

Como ela nunca pensou que veria o tempo mudar de repente, sentiu que tinha algo a observando naquele momento. Olhou para os lados, nada. Preferiu levantar e sair daquele cantinho que sabia que tinha algo de errado. Resolveu ligar para a mãe de Rose para lhe fazer companhia e esperar notícias de sua filha na casa de John. Ela aceitou e preparou coisas que só uma mãe sabe fazer para uma filha doente.

Nesse mesmo instante, depois do telefonema a mãe de Rose, olhou para a janela da sala e jurou que viu um raio caindo de frente a sua casa. 

– Não pode ser. Não acredito que isso voltou! Ai meu pai. – Posou as mãos em sua boca com lágrimas prontas a escorrer. 

Entre a janela fechada, a cortina um pouco aberta e um reflexo da claridade da sala e escuridão da rua, gelou o corpo de dona Betty quando viu uma sombra que ela sabia que não era sua, atrás de si a olhando sem ela poder enxergar seus olhos, parada perto dela sem se aproximar ou se afastar, apenas a olhando e sua reação foi nada além de, desmaiar naquele momento e ficar totalmente pálida. 

Manchas de SangueOnde as histórias ganham vida. Descobre agora