4 - Planos

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Depois do que houve ontem eu fico me sentindo mal. Senti que tinha visto algo no espelho do quarto não sai de minha cabeça.

– Rose. – John chama sua esposa.

– Oi querido. – Se aproxima dele na mesa.

– Você viu algo no quarto ontem a noite? – Pergunta.

– Não. Por quê?

– Juro que tinha visto alguém. Acho que não foi nada.

– Ai amor, falei que poderia ser pesadelo. Não tem o que achar.

– Certo. Tudo bem. Acho que não foi nada mesmo. – Termina de tomar o café e vai trabalhar.

Depois que John saiu para o trabalho, Rose termina de fazer seus deveres e sai de casa de táxi para ir ao encontro de sua mãe, deixando a mãe de John em casa.

– Todos já saíram. – Diz Dona Betty, mãe de John. – Não sei o que conversar com John, Tony. O que posso fazer pelo nosso filho? Me dar uma luz. Não posso contar a ele a verdade. Não posso dizer todas aquelas coisas que prometemos enterrar para sempre no túmulo. Sobrou apenas eu para abrir a droga da boca. Por quê ele teve dúvidas da gravidez de Rose, se é comum ter filhos gêmeos de uma família que não tem parentesco sobre. Por quê eu não disse a ele que é comum, assim ele agora não ficaria todo curioso pra saber a verdade e daqui há seis meses terei que falar tudo que prometemos um ao outro em não dizer. O que faço Tony?? Me ajuda.

Dona Betty com lágrimas escorrendo em seu rosto enquanto segura um porta retrato com a foto do seu falecido marido Tony, pai de John.

– Porquê você tinha que morrer? Me deixar aqui. Não estou bem. – Abraçada com o porta retrato, deita de lado em sua cama até adormecer.

Rose

– Mãe, cheguei! – Grita Rose na porta da casa de sua mãe Marta.

– Filha querida. Nunca mais veio visitar sua mãe, fiquei preocupada.

– Ah mãe, muita coisa pra fazer. Tenho que me preparar para os bebês que vão nascer. Tenho que cuidar do amor de minha vida, John. Tenho que cuidar de uns projetos que estou em mente com a Meg. Enfim, quero realizar meus sonhos. E então dona Marta, por que a senhora não apareceu lá em casa, hein?

– ... Deixa pra lá, tá. Não quero discutir com você, mas não me sinto bem indo lá e você sabe por que. - Marta ergue a sobrancelha e faz careta.

– Não acredito que a senhora ainda está com paranoia daquela casa? Não tem nada lá. – Rose se irrita.

– Nada, sei! Da última vez que fui lá, final do ano retrasado, juro que tinha alguma coisa fora da janela do seu quarto com John. E já era bem tarde da noite.

– Que vergonha dona Marta! Ir na casa de sua única filha final do ano passado  e dizer que tinha "coisas" na minha casa. – Rose fala dando ênfase nas aspas.

– Deixa de drama Rose. Só vou aparecer lá quando os bebês nascerem. Pois vou ajudar você e Dona Betty a cuidar deles.

– Acho bom mesmo. Estou com fominha, o que tem aí pra comer mãe? – Rose alisa a barriga e vai à cozinha.

– Faminta. – A mãe diz e as duas caem na gargalhada. 

John

– Sim Sr. Clinton, eu entendo. Não tem como mudar isso não? Preciso mesmo me mudar?

– Sim John. – Fala seu chefe Sr. Clinton da empresa de Contabilidade que John trabalha. – Você precisa urgente para New York, pois você é o funcionário mais habilitado para ser o gerente do escritório que estava montando lá. Hoje consegui o aval da empresa Business Accounting Commitment a montar meu negócio na empresa deles, pois se trata de uma empresa que tem o objetivo de se comprometer com outras pessoas ao redor do mundo. E isso vai ser ótimo para a nossa empresa aqui em Marfa, que ainda é pequena. Precisamos de você lá coordenando todo o projeto pois estaremos em breve nos juntando a empresas de lojas de roupas, alimentícias e muitas das quais sonhamos desde que lhe contei quando você casou sobre isso. Então John, por mais que você tem sua família aqui, sua casa, seus amigos desde que você nasceu; óbvio que vou entender se você não quiser fazer parte gerenciando um escritório dessa empresa que se der tudo certo ela pode ser minha em New York. Mas, claro, eu preciso colocar alguém de minha total confiança e você é o único que conhece melhor as oportunidades que nossa empresa oferece e vai saber liderar a equipe deles lá. – Sr. Clinton diz.

Manchas de SangueOnde as histórias ganham vida. Descobre agora