Não me deixe ir

Nossa última noite.

Estou sentada na cama de Sebastian mexendo em suas fotos, enquanto ele prepara sua mala, ele tinha tantas fotos, com a família, em alguns países, com Jonathan, com os Balckbirds, e em quase todas seu sorriso era visível.
Sebastian sempre gostou de viajar. Ele fez muitas viagens com amigos e família. Europa, Alemanha, Irlanda, França. Sua última viagem foi ano passado, ele conta. Ele foi para Europa, passou as férias lá. Pego as fotos e vejo cada uma delas, eram tão perfeitas, ele tinha jeito para aquilo, estavam realmente lindas. Elogio ele, e ele ri.
Pego uma foto sua sobre o pôr do sol, aquela com toda certeza era a minha favorita. Ele diz que posso ficar com ela, recuso dizendo que aquela fazia parte da coleção dele, ele ri e apenas pede para que eu guarde comigo. Guardo a foto na jaqueta e vou ajuda-lo com as roupas.

- Está ansioso?- pergunto depois que terminamos de fechar a mala.

Sebastian iria amanhã para a clínica, ele parecia tenso e inseguro. Seu semblante era sério, uma ruga aparece entre suas sobrancelhas quando ele olha para a mala fechada.

- Tá faltando algo.- ele diz colocando a mão na cintura.

- Tem sim.- digo olhando pra ele.

- O que?- ele me olha sério.

- Eu!- sorrio. Sebastian dá uma risada e eu o abraço.

Levanto para o abraçar, ele afunda seu rosto no meu pescoço e sinto sua respiração contra minha pele. Deixo seu cheiro tomar conta do meu ar e assim ficamos por algum tempo.

- Vou sentir sua falta.- ele diz entre o abraço.

- Eu sentirei mais.- digo.

Nos soltamos e nos olhamos, Sebastian sorri sem mostrar os dentes e beija minha testa. Antony bate na porta para avisar que o jantar está pronto. Queria passar cada minuto da última noite de Sebastian com ele. Sentamos na mesa e comemos espaguetes com algumas coisa que eu não sei dizer o que era, mas que era muito bom. Depois, Antony disse que iria para casa e amanhã viria buscar Sebastian, nos despedimos dele e fomos ver algo na tv. Sebastian senta no sofá apoiando as pernas na mesa de centro, ele desligou todas as luzes e apenas a tv nos clareava, ele começa a iniciar o filme, sento-me do seu lado abraçando seu corpo de lado e apoiando inha cabeça em seu peito, ele acaricia meus cabelos, mas logo para. Decidimos assistir à Amizade Colorida. Sebastian disse que já havia visto várias vezes, mas que amava aquele filme, olho pra ele de relance quando sinto-o rir. Ele era provavelmente o cara mais lindo que eu já tinha visto, mesmo vestindo uma calça moletom e uma camisa qualquer e com o cabelo todo bagunçado. Reparo um pouco mais em seu rosto e percebo que havia feito a barba, sorrio ao reparar isso. Ele então me encara quando percebe que eu o olho.

- Você fez a barba.- digo.

- É.- ele sorri de lado.- gostava dela?- ele ri um pouco.

- Prefiro assim.- digo ainda o encarando.

Ele então continua me olhando, seu sorriso ainda estava posto em seu rosto. Ele vai se aproximando devagar, primeiro nossas testas se encostam, depois nossos narizes, sinto sua mão indo até meu rosto e o acariciando, e por fim, ele junta nossos lábios, mas recua como se desistisse de fazer aquilo, ele me olha e então volta a me beijar puxando-me para seu colo. Sebastian tinha o beijo mais viciante que você pudesse conhecer, seus lábios eram tão macios, e sua língua tinha uma sincronia perfeita, deve ter treinado muito com outras garotas. Ele então tira suas mãos de meu rosto e desce para minhas costas, tento colar mais nossos corpos, como se fosse possível. Sinto ele se erguer junto à mim em seu colo, eu então firmo meus pés no chão e ele vai andando enquanto nos beijavamos, ele para me pressionando na parede, bagunço seus cabelos com meus dedos e então ele gira meu corpo me empurrados até seu quarto, mas sem afastar nossos lábios, Sebastian entra no quarto e fecha a porta atrás de si, puxando-me para junto de seu corpo, ele então pega nas minhas cinturas e da impulso para que eu pule em seu colo, entrelaço minhas pernas em seu quadril e abraço seu pescoço. Uma mão de Sebastian me segurava enquanto a outra apoiava minhas costas. Sebastian me deita na cama e eu sinto sua mão adentrar um pouco por debaixo da blusa, o afasto um pouco olhando o que iria fazer.

- Calma, eu não vou fazer nada que não queira.- ele olha em meus olhos.- me diz até onde é seu limite e eu vou respeita-lo.- ele volta a me beijar.

Hoje eu queria ultrapassar esses limites, queria que fosse nossa melhor última noite, queria senti-lo cada vez mais. Sento-me na cama e ergo a blusa de Sebastian o ajudando a tira-la, ele volta a me beijar e eu subo um pouco minha blusa dando a entender que também queria fazer aquilo.

- Não precisamos fazer isso agora, Melly.- ele diz com a testa encostada na minha e com os olhos fechados.

- Está tudo bem.- digo fechando os meus.- hoje eu não quero ter limites.- digo e sinto ele puxar minha blusa.

Tiro a blusa e então meu corpo queima quando vejo Sebastian me olhar. Estar semi-nua em sua frente não era tão confortável quanto eu imaginava, ele então me olha e percebe que estou com vergonha, ele sorri e se aproxima do meu ouvido.

- Você está linda essa noite.- sussurra em meu ouvido.

Sinto meu corpo arrepiar e me entrego completamente à ele. Sebastian troca de lugar comigo me deixando ficar por cima dele. Sento em seu quadril e beijo seu pescoço, descendo os beijos. Ouço sua respiração pesada e volto para sua boca. Quando trocamos novamente de lugar, decidimos que aquela era à hora. Sinto meu corpo estremesser e uma dor me invadir, não era uma dor ruim, nem um pouco. Sebastian apoia os cotovelos ao lado de meu rosto colando nossos corpos e aprofunda seu rosto em meu pescoço, começando a se mover com facilidade e lentamente. No começo é desconfortável, mas depois me acostumo com a situação, ele então se ergue e me olha, seus olhos brilhavam. A lua clareava uma parte de seu rosto e era visível sua pele um pouco suada e seus olhos verdes. Ele sorri e beija minha testa. Trocamos novamente de lugar e então deitei sobre ele enquanto o mesmo abraçava meu corpo. Sua mão percorre todo meu corpo e apoio as minhas em seu peito, podendo olhar em seus olhos.

- Eu amo você, Mellory Carson.- ele me encara e sorri sem mostrar muito os dentes.

Da última vez que um cara disse me amar, eu o expulsei do meu quarto e não consegui reagir à isso, era tão difícil sentir isso ou achar que alguém realmente sentia. Falar isso era quase impossível, não sei porque. Mas ali, naquele lugar, naquela hora, naquele momento, junto à Sebastian, nada mais me importava, nada parecia difícil, tudo era possível se ele estivesse junto à mim, porque ele era o que eu precisava.

- Eu amo você, Sebastian Hastings.- digo e me sinto como nunca me senti. Amada de verdade.